60% dos trabalhadores portugueses não aceitariam empregos prejudiciais ao equilíbrio com a vida pessoal
Portugueses valorizam equilíbrio entre vida pessoal e profissional e estão dispostos a rejeitar oportunidades laborais em prol disso. Possibilidade de trabalhar remotamente também é muito elogiada.
A preocupação com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional está em destaque entre os trabalhadores portugueses. Cerca de 60% confessam que não aceitariam um determinado emprego, se considerassem que este iria afetar negativamente a relação entre as esferas profissional, pessoal e familiar. O cenário é traçado esta terça-feira pela empresa de recursos humanos Randstad, num novo estudo que tem por base as respostas de 27 mil trabalhadores em 34 países de todo o mundo.
De acordo com esta análise, em média, nos 34 países estudados, 57% dos trabalhadores rejeitariam um posto de trabalho, se considerassem que poderia ameaçar o equilíbrio entre a vida pessoal e familiar.
Já em Portugal essa fatia é ainda mais expressiva (60%). Aliás, metade dos inquiridos portugueses, realça a Randstad, refere que a vida pessoal é mais importante que a vida profissional.
Ainda assim, no que diz respeito aos trabalhadores que estão abertos a demitir-se, se o emprego não permitir que aproveitem a vida, Portugal está abaixo da média global (39% contra 49%).
Tudo somado, segundo este estudo, para os portugueses os cinco fatores com mais peso quanto ao emprego atual ou futuro são o equilíbrio entre o trabalho e vida pessoal (97%, acima da média global de 93%), o salário (96%, acima da média global de 93%) e o apoio à saúde mental (94%, acima da média global de 83%).
Seguem-se a segurança no emprego (93%), a flexibilidade do horário de trabalho, assim como as oportunidades de progressão na carreira (88%).
De notar, contudo, que os portugueses sentem menos abertura por parte dos empregadores para discutir uma progressão rápida na carreira do que a generalidade dos trabalhadores (31% contra a média global de 46%).
E os portugueses estão menos dispostos a sair do emprego, se não houver oportunidades de evolução na carreira (37% contra 51%), mostra a análise da Randstad.
Já no que diz respeito à flexibilidade, é de destacar que 26% dos portugueses garantem que considerariam abandonar os seus empregos, se a empresa exigisse que passassem mais tempo no escritório, em trabalho presencial. Portugal não supera, contudo, a média global neste ponto (contra 37% da média global).
Apesar de a pandemia ter terminado, o teletrabalho continua a ser muito valorizado pelos trabalhadores nacionais e internacionais. Ainda assim, em Portugal são menos os considerem que não haver abertura para esse modelo é um “linha vermelha” do que a média global (25% contra 39%).
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