Fosun ganha 176,6 milhões com venda de ações do BCP

Chineses acabaram de vender uma participação de 5,6% do banco português com uma mais-valia de 176,6 milhões de euros conseguida em sete anos.

A Fosun conseguiu uma mais-valia de cerca de 176,6 milhões de euros com a venda de uma participação de 5,6% do BCP BCP 0,51% , de acordo com os cálculos do ECO.

O grupo chinês entrou no capital do banco português no final de 2016, através de um aumento de capital onde garantiu 16,7% a troco de 174,6 milhões de euros.

Agora, vendeu uma posição de 5,6% por cerca de 235,2 milhões de euros, ao preço de 0,278 euros por ação, através de processo de accelerated bookbuilding que levou a cabo junto de investidores institucionais qualificados.

Há pouco mais de sete anos, os chineses pagaram 58,5 milhões de euros por essa posição de 5,6%. Pelo que, numa lógica de first in, first out (primeiro a entrar, primeiro a sair), a mais-valia com este negócio foi da ordem dos 176,6 milhões de euros, representando um retorno de 202% neste período. Isto sem incluir os dividendos que o banco distribuiu em 2019 e 2022, que renderam 12,3 milhões aos cofres do conglomerado chinês.

Estas contas vão ao encontro da justificação da Fosun, ainda que o contexto financeiro do grupo, com uma dívida de 38 mil milhões de euros, não seja indiferente a esta operação: “Considerando a forte subida no preço das ações dos bancos portugueses e do BCP num período recente, o grupo Fosun decidiu vender parte das ações do BCP após uma análise de vários fatores. Trata-se de um comportamento de investimento normal e uma operação financeira“.

“E não deve ser interpretada como um sinal de que a Fosun deixou de estar otimista em relação ao mercado português, sob quaisquer circunstâncias”, acrescentou ainda fonte oficial, que assegura que o grupo chinês vai manter uma posição superior a 20% no BCP, considerando outros investimentos, como a Fidelidade, como “componentes muito importantes”

As ações do BCP duplicaram de valor em 2023, impulsionadas pelos bons resultados. Até setembro, o banco liderado por Miguel Maya lucrou 650,7 milhões de euros, beneficiando da subida das taxas de juro. Este ano acumula uma valorização de 4%, tendo fechado a sessão desta segunda-feira nos 0,2875 euros.

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