Aplicações dos pequenos investidores em fundos de investimento aumentam 9,2% em 2023

O total de ativos na carteira dos fundos de investimento aumentou para mais de 45 mil milhões de euros no final do ano passado. É o valor mais elevado em mais de duas décadas.

O ano que passou revelou-se positivo para a indústria de fundos de investimento e para os investidores que aplicaram as suas poupanças em fundos nacionais.

Segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, o valor das unidades de participação emitidas pelos fundos de investimento cresceu 3,5 mil milhões de euros, contabilizando no final de dezembro 39,5 mil milhões de euros.

“A valorização das unidades de participação foi transversal a todos os tipos de fundos, mas foi mais expressiva nos fundos imobiliários e nos fundos de ações (0,8 mil milhões e 0,6 mil milhões de euros, respetivamente)”, refere o Banco de Portugal em comunicado.

Decompondo o comportamento dos fundos em 2023, o Banco de Portugal revela que o aumento registado nas unidades de participação foi justificado, sobretudo, pelas variações de volume e preço, “mais concretamente, pela valorização das unidades de participação (2,1 mil milhões de euros) e pela conversão de sociedades não financeiras do ramo imobiliário em fundos de investimento (1,5 mil milhões de euros)”, sublinhando ainda que, “em sentido inverso, as amortizações de unidades de participação superaram as emissões em 84 milhões de euros.”

A sustentar grande parte deste crescimento está o aumento de 9,24% das aplicações em fundos de investimento por parte dos particulares, que se traduziu num incremento de 1.681 milhões de euros para 19.868 milhões de euros no final do ano passado.

Em 2022, as aplicações dos particulares em fundos de investimento registaram uma contração de 8,24%, depois de em 2021 terem disparado mais de 38%.

Além do movimento registado em 2023 se ter traduzido no valor mais alto desde junho de 2008, também levou a que, no final do ano passado, 50% do total de unidades de participação emitidas em 2023 pelos fundos nacionais tivessem sido subscritas pelos pequenos investidores, tornando-os nos principais investidores destes produtos financeiros.

Além disso, o Banco de Portugal revela também que os fundos de investimento nacionais registaram em 2023 um aumento de 12,3% do seu ativo para 45,4 mil milhões de euros. Trata-se do valor mais elevado desde dezembro de 2000 (início da série).

O Banco de Portugal refere que, numa análise às transações nos vários instrumentos, “os fundos reduziram os seus depósitos (em 0,7 mil milhões de euros) e que o valor das vendas de ativos não financeiros, nomeadamente imóveis, superou o das aquisições (em 0,6 mil milhões de euros).”

Em sentido inverso, os fundos nacionais aumentaram o investimento em títulos de dívida, em particular os emitidos por não residentes (em 0,8 mil milhões de euros), e o financiamento a outras entidades sob a forma de empréstimos (em 0,6 mil milhões de euros).

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