Lançado concurso para construção de dessalinizadora no Algarve

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2024

A construção de uma dessalinizadora em Albufeira, cujo preço base é de 90 milhões de euros, é uma das medidas de resposta à seca que afeta a região Sul de Portugal.

O concurso para a construção de uma dessalinizadora no Algarve, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foi lançado esta sexta-feira, com a publicação do procedimento em Diário da República, anunciou a Águas do Algarve.

A construção de uma dessalinizadora em Albufeira, cujo preço base é de 90 milhões de euros, é uma das medidas de resposta à seca que afeta a região Sul de Portugal, prevendo-se que o equipamento tenha uma capacidade inicial de conversão de água do mar em potável de 16 hectómetros cúbicos.

Em comunicado, a Águas do Algarve, que gere o sistema multimunicipal de abastecimento de água na região, a obra fica preparada para o aumento da capacidade para 24 hectómetros (milhões de metros cúbicos) por ano. A empresa responsável pelo abastecimento de água em alta na região, que tem a seu cargo a gestão de infraestruturas como barragens ou Estações de Tratamento de Águas Residuais, salientou que a conclusão da obra está prevista para o final de 2026.

O ano de 2026 é o ano estabelecido como limite para a utilização de fundos do PRR, programa de apoio criado pela União Europeia para revitalizar a economia após a pandemia de covid-19. “Este projeto estrutural para a região visa garantir a resiliência do abastecimento público à população do Algarve, designadamente em períodos de seca prolongada, através de um acréscimo das disponibilidades hídricas”, destacou a empresa.

A mesma fonte observou que a Estação de Dessalinização de Água do Mar do Algarve está incluída num “leque de investimentos que a Águas do Algarve está a executar no âmbito do Plano de Eficiência Hídrica do Algarve, ao abrigo do PRR, e que vão permitir aumentar em mais de 69 milhões de metros cúbicos por ano as disponibilidades hídricas da região.

O presidente da Águas do Algarve, citado no comunicado, realçou o trabalho executado pelos trabalhadores da empresa e que permitiu dar resposta às exigências e prazos do projeto, “num momento de elevada complexidade de processos, inerente aos desafios que a escassez hídrica tem vindo a aportar à região”.

António Eusébio disse ainda que o esforço realizado é também exemplo do “compromisso contínuo da empresa com a eficiência hídrica e a sustentabilidade ambiental”. O Algarve está a ser afetado por uma seca que causou uma escassez das reservas hídricas e o Governo tomou medidas de restrição do consumo para serem aplicadas a partir de março, como cortes de 25% à agricultura e de 15% ao setor urbano.

Além da dessalinizadora, estão também em curso investimentos municipais no combate às perdas de rede, a redução ou eliminação da rega em espaços verdes ou a utilização de água tratada para rega de campos de golfe e limpeza de ruas. Paralelamente, há planos e propostas para fazer a captação de água do rio Guadiana no Pomarão e conduzi-la até à barragem de Odeleite, no sotavento (leste) algarvio, e a construção de uma terceira barragem naquela zona do Algarve, na ribeira da Foupana.

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