Portugal foi o quinto país da OCDE que mais cresceu em 2023

Economia registou uma variação do PIB de 2,3% no ano passado, superando a média da UE e da Zona Euro e ficando apenas atrás da Costa Rica, México, Estados Unidos e Espanha.

Portugal foi das economias que mais cresceu em 2023 entre 27 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ficando em quinto lugar com uma variação do PIB de 2,3%, tal como o INE já tinha revelado, segundo uma análise daquela organização intergovernamental divulgada esta quarta-feira.

A economia portuguesa superou inclusivamente a média da União Europeia e da Zona Euro, ambas com uma variação do PIB de 0,5%, e da OCDE (1,6%), tendo sido apenas ultrapassada pela Costa Rica (5,1%), México (3,1%), Estados Unidos (2,5%) e Espanha (2,5%).

De salientar que, embora Portugal esteja entre os cinco países com maior crescimento do PIB, a evolução da economia arrefeceu significativamente de 6,8%, em 2022, para 2,3%, em 2023.

“As estimativas anuais iniciais indicam que o crescimento do PIB da OCDE abrandou para 1,6% em 2023, em comparação com 2,9% em 2022, num contexto de inflação subjacente mais elevada na área da OCDE”, segundo o mesmo relatório.

Entre os 27 países da OCDE para os quais existem dados disponíveis (11 estados-membros ainda não têm informação), 10 registaram uma contração do PIB em 2023, com a Estónia a registar a maior contração (-3,0%). Em 14 países, o crescimento abrandou, mas manteve-se positivo.

Apenas três economias registaram um crescimento superior em 2023 face ao ano anterior: Costa Rica (5,1%, em 2023, em comparação com 4,6% em 2022), os Estados Unidos (2,5% face a 1,9%) e o Japão (1,9% em comparação com 1%).

Portugal teve o quarto melhor desempenho no último trimestre

Analisando a evolução do PIB no quarto trimestre do ano passado, Portugal foi o quarto país, empatado com os Estados Unidos, com um impulso mais forte da economia, de 0,8%, ultrapassando, igualmente, a média da UE (0,1%) e do espaço da moeda única (0%) e da OCDE (0,4%). Acima de Portugal, ficaram apenas a Costa Rica (1,8%), a Noruega (1,5%) e a Eslovénia (1,1%).

No entanto, nos últimos quatro anos, desde o quarto trimestre de 2019 até ao período homólogo de 2023, fomos apenas o 12.º país com o melhor desempenho, ao apresentar um crescimento cumulativo do PIB de 5,5%. Portugal fica, assim, abaixo da média da OCDE (6,3%), mas ainda acima da média da UE (3,6%) e da Zona Euro (3%).

Aliás, a economia portuguesa foi a sexta melhor entre os países do espaço da moeda única. Só não suplantámos a Irlanda (25,2%), Eslovénia (8,3%), Lituânia (7,5%), Letónia (6,5%) e Países Baixos (6%), de acordo com as estatísticas divulgadas esta quarta-feira.

Numa análise global, a OCDE considera que “as taxas de crescimento trimestrais do PIB da OCDE permaneceram fracas nos últimos dois anos”. No grupo dos sete países mais industrializados (G7), “o crescimento trimestral em cadeia do PIB abrandou ligeiramente para 0,4% no quarto trimestre de 2023″, em comparação com 0,5% no período anterior, entre julho e setembro, indica a organização.

Esta evolução reflete o panorama misto entre os países do G7”. Por um lado, o PIB contraiu-se no Reino Unido (-0,3%) e no Japão (-0,1%) pelo segundo trimestre consecutivo. A Alemanha também sofreu uma contração da economia (-0,3%), após dois trimestres de estagnação, isto é, de crescimento zero.

O PIB também abrandou nos Estados Unidos para 0,8% no quarto trimestre, em comparação com 1,2% no terceiro trimestre, e França registou um crescimento nulo pelo segundo trimestre consecutivo.

Por outro lado, a economia canadiana registou uma recuperação, com um crescimento de 0,3% no quarto trimestre, após uma contração no terceiro trimestre. O crescimento em Itália acelerou ligeiramente para 0,2%.

Entre as economias do G7 que registaram um crescimento negativo no quarto trimestre do ano passado, os fatores variaram. No Reino Unido, a queda das exportações de serviços (-6,0%) foi o principal obstáculo ao crescimento. No Japão, o PIB contraiu-se principalmente devido a uma retração do investimento (-0,3%), do consumo privado (-0,2%) e do consumo público (-0,1%), que foram parcialmente compensados por um aumento de 11,3% nas exportações de serviços, sobretudo devido ao turismo. Na Alemanha, o declínio acentuado do investimento na construção e em máquinas e equipamentos empurrou o PIB para valores negativos, explica a OCDE.

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