Pedro Pita Barros acredita que entre o SNS e o setor privado são sempre concorrentes

  • ECO Seguros
  • 4 Março 2024

Pedro Pita Barros diz haver um paradoxo entre a despesa com os seguros de saúde (40%) e a sua despesa (3% a 5%). Nesse sentido, acredita que os seguros não vão resolver a falta de acesso à saúde.

Pedro Pita Barros, professor de Economia na Nova SBE, defende existir um paradoxo no mercado dos serviços de saúde: as apólices de seguros comerciais e subsistemas privados de saúde “representam cerca de 40% do mercado, mas apenas 3% a 5% da despesa total em saúde” – o que significa que “muitas pessoas têm seguros, mas consomem cuidados que custam pouco”. Em entrevista ao jornal Expresso (acesso pago), o docente refere que “os pagamentos diretos das famílias totalizam oito vezes mais, cerca de 34%”, destinados aos cuidados com “medicina dentária, pequenas cirurgias ou com doenças crónicas, por exemplo”, acrescenta.

Tendo em conta o paradoxo apontado, Pedro Pita Barros, afirma que os seguros não vão resolver a falta de acesso à saúde. Uma vez que, defende o professor universitário, os seguros não vão “buscar uma parte” da despesa do setor privado das famílias “por falta de condições técnicas para essas coberturas existirem ou apenas por uma razão comercial, por não terem rentabilidade”.

A saúde tem vindo a ser um tema central nas campanhas políticas. Uns partidos apresentam um discurso favorável à complementaridade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o setor privado da saúde, com parcerias público-privadas, outros um maior investimento no SNS. Para o professor na Nova SBE: “A relação entre público e privados só seria complementar se apenas uma das partes assegurasse os cuidados. Se o cidadão pode escolher entre um e outro, privados e SNS são sempre concorrentes.“. “E só será mais barato se os privados não aumentarem os preços. No entanto, o SNS pode perfeitamente ter os equipamentos de que precisa e estar em concorrência, sendo que para o utente será sempre mais barato optar pelo público.”, acrescenta. Ainda assim, Pedro Pina Barros acredita que é possível o “setor público ter alguma da atitude dos privados e já há bons exemplos, por exemplo na contratação de profissionais..

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