Moção de rejeição? “Parece prova de vida do PCP”, diz Iniciativa Liberal

Líder parlamentar dos liberais considera que o PCP se "precipitou" ao decidir apresentar uma moção de rejeição ao programa da AD, por ter na mira "algo que não se conhece".

Rodrigo Saraiva considera que o PCP se “precipitou” ao decidir apresentar uma moção de rejeição ao programa da Aliança Democrática (AD). Em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira, na Assembleia da República, o líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL) considera não haver “muito a dizer sobre a moção de rejeição” anunciada por ter como alvo “algo que não se conhece”.

Parece-nos uma tentativa de prova de vida do partido que a anunciou, uma corrida de sobrevivência e de concorrência com os outros partidos próximos dele“, afirmou o liberal, esta quarta-feira.

Para o liberal, o facto de não serem conhecidas várias peças do jogo – resultados dos votos do círculo da emigração dentro e fora da Europa, indigitação de um primeiro-ministro, apresentação de um programa e um Governo “empossado” – torna difícil comentar o sentido de voto da moção de rejeição que será apresentada pelos comunistas. “Não há muito a dizer”, afirmou Rodrigo Saraiva. “Iremos aguardar”.

Esta quarta-feira, após a reunião de apresentação das conclusões do Comité Central, Paulo Raimundo admitiu que o PCP irá apresentar uma moção de rejeição ao Governo da AD.É um sinal político que queremos dar”, disse, detalhando que o partido usará “todos os meios ao seu dispor para o combate da direita”, sendo um desses a moção de rejeição”.

“Face à previsível formação do Governo pelo PSD e para lá das discordâncias de outros, o PCP reafirma, em coerência com o que sempre afirmou, que dará, desde o primeiro minuto, combate à política de direita e aos projetos reacionários que se procuram afirmar e vai fazê-lo utilizando todos os meios ao seu dispor para este combate. Não será pelo PCP que o projeto de direita será implementado no nosso país”, declarou.

No final da reunião do comité central, o líder comunista revelou ainda que aceitou o repto do Bloco e vai participar na reunião com bloquistas. Esta terça-feira, o Bloco de Esquerda pediu reuniões com o PS, PCP, Livre e PAN para analisar os resultados das eleições que “mudaram a face política do país”, no sentido de debater convergências “na oposição ao Governo da direita” e na construção de uma alternativa.

Notícia atualizada pela última vez às 17h03

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