Hoje nas notícias: Manuel Serrão, Fosun e SATA

Manuel Serrão é suspeito de ter vivido no Hotel Sheraton do Porto durante anos à custa de fundos europeus. Chineses da Fosun estiveram em Portugal a reunir com investidores, decisores políticos e supervisores. Processo de privatização da SATA Internacional foi descongelado e deverá ficar concluído em 2025.

Manuel Serrão suspeito de viver em hotel de luxo à custa dos fundos europeus

Manuel Serrão, o empresário que foi esta terça-feira alvo de buscas, é suspeito de ter vivido, durante anos, no Hotel Sheraton Porto à custa de fundos europeus destinados a promover os têxteis portugueses. A investigação conduzida esta terça-feira pela Polícia Judiciária acredita que Serrão e os restantes suspeitos utilizaram uma teia de empresas destinadas a fornecer faturas falsas para serem submetidas aos programas de financiamentos de projetos, como o Compete 2020. Segundo o inquérito do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a investigação apurou que este hotel, de cinco estrelas, recebeu mais de 372 mil euros da Associação Selectiva Moda, entre 2015 e 2023.

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Fosun reuniu com decisores políticos e supervisores

Responsáveis do maior acionista do BCP estiveram em Portugal para uma série de encontros com o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, bem como decisores políticos e investidores. Ao Jornal de Negócios, fontes do mercado descrevem estas reuniões, que decorreram na semana passada, como uma “operação de charme” para tentar transmitir tranquilidade, numa altura em que especula se a Fosun pode vender os 20% que tem do banco português, depois de ter reduzido recentemente a sua exposição. Ainda assim, ficou claro que os aspetos de liquidez do conglomerado não se vão resolver tão depressa e que a opção de venda da restante parcela do BCP não está totalmente posta de parte, escreve o mesmo jornal.

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Privatização da SATA Internacional “vai avançar” mas “não há pressão” para vender

A presidente da SATA, Teresa Gonçalves, já recebeu ordem do Governo Regional dos Açores para retomar a privatização da SATA Internacional (Azores Airlines). Em entrevista ao Público, a dirigente explica que a suspensão foi levantada este ano, o que permite à empresa reunir com advogados e ao júri emitir um relatório final sobre as propostas avançadas. Neste momento, depois da exclusão de uma proposta de um consórcio, resta apenas uma em cima da mesa. Até 2025, o processo de venda tem que ficar concluído, de acordo com a Comissão Europeia, mas Teresa Gonçalves rejeita que haja pressões para cumprir prazos. “Se houver algum atraso, estou certa que o Governo Regional falará com a Comissão Europeia e esta entenderá perfeitamente”, garante.

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Menos de 610 euros de salário par 90% das trabalhadoras domésticas

Em 2022, 90% das tra­ba­lha­do­ras domés­ti­cas em Portugal rece­biam menos de 610 euros por mês, segundo dados do Ins­ti­tuto da Segu­rança Social. De acordo com o eco­no­mista Amíl­car Ramos, que fez a carac­te­ri­za­ção eco­nó­mico-social do setor durante uma apresentação esta terça-feira, a classe trabalhadora com 65 ou mais anos repre­sen­ta­va, em 2010, 3,6% do total dos trabalhadores e, em 2022, 7,5% do total. Se se olhar para as que têm mais de 55 anos, estas representam metade dos tra­ba­lha­do­res do se­tor.

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Taxa de carbono rende 60 milhões em 2023

Em 2023, os passageiros tiveram de pagar um total de 59,3 milhões de euros de taxa de carbono, a qual foi criada para compensar as emissões do setor da aviação. De acordo com dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), o valor transferido no ano passado pelas companhias aéreas para o regulador aumentou 40,5% comparativamente a 2022. Do montante total que recebeu, o órgão entregou 57,5 milhões ao Fundo Ambiental. Desde que entrou em vigor, em julho de 2021, a taxa de carbono recolheu 112 milhões de euros junto dos passageiros.

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