Colocações em empregos temporários diminuem. “Catering” de eventos lidera contratações

Fábricas de componentes de automóveis e empresas de fornecimento de refeições para eventos estão em destaque no trabalho temporário. Colocações estão, ainda assim, em quebra.

Há menos trabalhadores portugueses a serem colocados em empregos temporários. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, 92 mil pessoas começaram trabalhos deste tipo, nos últimos três meses de 2023, menos 11,7% do que há um ano. Ainda assim, Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH) defende que os empregos temporários continuam a ser uma “oportunidade para a entrada no mercado de trabalho” de trabalhadores mais velhos ou menos qualificados.

“A diminuição no número de colocações no quarto trimestre de 2023 face ao mesmo período do ano anterior foi de -11,7% (104.9685 em 2022 contra 92.449 em 2023). Os valores estão também 17,2% abaixo das colocações do quarto trimestre de 2019 (111.637 colocações)”, lê-se no barómetro divulgado pela APESPE-RH e pelo ISCTE.

No que diz respeito à caracterização dos trabalhadores temporários, mais de metade são homens, cerca de 27% têm idade média acima dos 40 anos e mais de metade têm o ensino básico.

Já quanto aos setores de atividades, as empresas de fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis lideraram as contratações em outubro e novembro, mas foram as empresas de “fornecimento de refeições para eventos e outras atividades de serviço de refeições” a assumir o primeiro lugar no último mês de 2023.

O barómetro divulgado esta manhã dá conta também que, no conjunto de 2023, 393.598 pessoas foram colocadas em trabalho temporário, o que representa um decréscimo de 5,5% em relação a 2022. Tal é explicado, porém, por um efeito de base.

O presidente da APESPE-RH explica: “justifica-se pelo facto de em 2022 termos assistido a uma forte recuperação do número de colocações, sobretudo porque as atividades das empresas voltaram ao habitual após a pandemia.”

Apesar deste recuo, Afonso Carvalho salienta que “o trabalho temporário é uma oportunidade para a entrada ou reentrada no mercado de trabalho para trabalhadores com baixa escolaridade e idades acima dos 40 anos”.

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