PSD e PS pedem novo adiamento do prazo para apresentar candidaturas a presidente da AR. Eleição às 15h
Após três tentativas falhadas para eleger o sucessor de Santos Silva, os líderes dos dois maiores partidos tentam concertar posições. Prazo para apresentar candidaturas adiado para as 14h.
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniram-se na manhã desta quarta-feira para tentar desbloquear o impasse relacionado com a eleição do novo Presidente da Assembleia da República.
Os candidatos tinham de ser apresentados até às 11h, iniciando-se a votação uma hora depois, mas PS e PSD pediram para adiar o prazo para as 11h30. Entretanto, foi pedido um novo adiamento para as 14h. O plenário para votação vai realizar-se às 15h.
Para garantir a eleição são necessários os votos favoráveis de, pelo menos, 116 parlamentares. António Filipe, que está desde ontem a comandar os trabalhos da Assembleia, disse que o pedido para adiar o prazo para a entrega de candidaturas foi aceite por todos os partidos. O comunista confirmou já a hipótese de PS e PSD apresentarem um nome de consenso. “Presumo que sim”, respondeu aos jornalistas.
Entretanto, o Chega anunciou que vai novamente a votos, desta feita com o deputado Rui Paulo Sousa.
Este que será o primeiro encontro formal entre os dois responsáveis políticos depois das eleições legislativas de 10 de março acontece depois de um dia agitado no Parlamento em que, nem à terceira tentativa, os deputados conseguiram eleger o sucessor de Augusto Santos Silva. Na última votação para escolher a segunda figura do Estado, Francisco Assis (PS) recolheu 90 votos e José Pedro Aguiar-Branco (PSD) obteve 88 votos. Houve 52 votos em branco, o que significa que os deputados do Chega voltaram a não votar no ex-ministro da Defesa de Passos Coelho.
No final da derradeira votação, em declarações aos jornalistas, o líder do Chega, André Ventura, disse que ia pedir ao líder do PSD, Luís Montenegro, uma reunião para que haja um “entendimento à direita” até ao meio-dia desta quarta-feira, antes da nova votação. Já Joaquim Miranda Sarmento, líder da bancada parlamentar dos social-democratas, avançou que o partido estava “disponível para o diálogo com todos”.
Se desta reunião não surgir um terceiro nome consensualizado entre os dois maiores partidos, ou Pedro Nuno Santos aceita apoiar Aguiar-Branco, depois de numa primeira fase não ter sido envolvido num acordo por parte da nova maioria de direita; ou Luís Montenegro retira a candidatura do deputado eleito pela AD em Viana do Castelo – chegou mesmo a anunciá-lo após o primeiro chumbo – e concede a Assis, antigo presidente do CES e conotado com a ala mais à direita no PS, a liderança da Assembleia da República nesta legislatura.
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Nas redes sociais, o deputado do Chega, Pedro dos Santos Frazão, aludiu ao “bipartidarismo agarrado à tábua de salvação”, argumentando que o PSD e o PS estão a [tentar] que tudo fique igual às últimas décadas”.
(Notícia atualizada às 11h40 com adiamento do prazo)
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