Provas de 9.º ano vão ser realizadas “em papel” este ano

Já as provas de aferição do 2.º, 5.º e 8.º ano "continuam a ser realizadas em formato digital". Montenegro prometeu ainda iniciar "nos próximos dez dias" as negociações com professores.

Este ano letivo, as provas de 9.º ano vão realizar-se “em papel de forma excecional”, devido às “graves falhas” identificadas na disponibilização de computadores e para garantir a “igualdade de oportunidades”, anunciou o primeiro-ministro Luís Montenegro no discurso de apresentação do programa do Governo.

“Tendo sido identificadas graves falhas na disponibilização de equipamentos informáticos, na sua manutenção e na conectividade das escolas“, o Governo decidiu que as provas finais de 9.º ano vão realizar-se “em papel de forma excecional este ano letivo”, afirmou Luís Montenegro. O objetivo é “garantir a igualdade de oportunidades” entre alunos, explicou o primeiro-ministro, referindo que “13.639 alunos não receberam o kit digital” previsto.

A decisão surge depois de sindicatos, diretores e encarregados de educação se terem manifestado preocupados com a falta de condições para a realização de provas em formato digital, apelando ao regresso das provas em papel com especial enfoque para as provas de 9.º ano.

No entanto, o Governo assegura que a intenção de avançar com as provas finais de 9.º ano em formato digital — tal como previsto pelo Executivo de António Costa –– é para manter, à luz do “emprenho na transição digital”.

Já as provas de aferição do 2.º, 5º e 8º. ano “continuam a ser realizadas em formato digital” sublinha o ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), em comunicado. “Esta opção permitirá aferir o conhecimento dos alunos, assim como avaliar as condições técnicas das escolas para a realização das provas em formato digital, tal como as competências dos alunos neste domínio”, acrescenta a tutela liderada por Fernando Alexandre.

A pesar na decisão está também o facto dos “compromissos assumidos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)“, que preveem a alocação de 540 milhões de euros do PRR para a compra de computadores, melhorias no acesso à internet e para a realização das avaliações em modo digital, que “devem ser concretizados no ano de 2025″, acrescenta o ministério.

Luís Montenegro anunciou ainda que o Governo vai ” iniciar-se nos próximos 10 dias as conversações com os representantes dos professores”, tendo em vista a devolução do tempo de serviço congelado dos docentes, bem como com os representantes das forças de segurança para “tratar” do suplemento remuneratório reivindicado pela classe.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h10)

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