Lucro do Santander Totta dispara 58,4% para 294,4 milhões no primeiro trimestre

Bancos continuam a beneficiar da alta das taxas de juro. No caso do Santander Totta, disparo da margem financeira levou a uma subida de quase 60% dos lucros nos três primeiros meses do ano.

O Santander Totta registou lucros de 294,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 58,4% em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou esta terça-feira a instituição liderada por Pedro Castro e Almeida.

A subida dos resultados deveu-se em grande medida ao crescimento da margem financeira, a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos, que disparou 64,6% para 440,6 milhões de euros nos três primeiros meses do ano. Apesar do bom desempenho, o banco adianta em comunicado que “a dinâmica trimestral já refletiu, por um lado, os efeitos da subida da remuneração da base de depósitos, e, por outro, a inversão da curva de rendimentos associada às expectativas de que o BCE possa iniciar um novo ciclo monetário nos próximos trimestres”.

Já as comissões tiveram uma queda ligeira para 120,9 milhões, com o impacto da eliminação de algumas comissões por iniciativa do Parlamento, como a comissão de processamento da prestação em junho.

Contas feitas, o produto bancário avançou 39% para 567,3 milhões de euros, enquanto o banco conseguiu manter um controlo nos custos operacionais, que cresceram 1,1% para 129 milhões, num contexto de pressões inflacionistas e salariais.

O banco dá conta que saíram quase 100 trabalhadores e foram encerradas quatro agências no último ano. Desde que comprou o Banif em 2015 que saíram milhares de trabalhadores do Santander, com o processo de ajustamento a dar fruto no que diz respeito à eficiência do banco: situou-se nos 22,7% no primeiro trimestre.

Por outro lado, o incremento dos resultados atirou a rentabilidade para um patamar que há pouco tempo parecia inalcançável: o ROE subiu 7,5 pontos percentuais para 27,2% no arranque do ano.

Do lado do balanço, a carteira de crédito do Santander Totta aumentou 9,6% para 46,6 mil milhões de euros. O crédito para a compra de casa continuou, ainda assim, a contrair: -1,5% para 22,3 mil milhões. Já os empréstimos às empresas registaram um crescimento expressivo de 25% para 22,2 mil milhões.

Do lado dos recursos de clientes, que tiveram um decréscimo de 2,3% para 43,8 mil milhões de euros, os depósitos caíram 4,7% para 35,5 mil milhões, uma queda que o banco explica com a utilização de poupanças para amortizar o crédito da casa e a saída para Certificados de Aforro.

(Notícia atualizada às 9h58)

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