Lufthansa e Air France-KLM avançam para corte de custos após prejuízos elevados no primeiro trimestre

Greves e cancelamento de voos penalizaram as contas da Lufthansa e da Air France - KLM nos primeiros três meses do ano. As duas companhias deixam, no entanto, boas perspetivas para o verão.

O primeiro trimestre é sempre mais difícil para as companhias aéreas, devido à menor procura de viagens, e o deste ano foi particularmente penoso para a Lufthansa e o grupo Air France – KLM, que averbaram elevados prejuízos. A ordem é para conter custos.

A transportadora aérea alemã registou um prejuízo de 734 milhões de euros entre janeiro e março, mais 57% do que no mesmo período do ano passado. Já a Air France – KLM viu o resultado líquido agravar-se de um prejuízo de 344 milhões em 2023 para 522 milhões nos primeiros três meses deste ano.

Apesar de ambas as companhias terem aumentado as receitas face ao período homólogo — 3% no caso da alemã e 5,1% no caso da franco-neerlandesa –, o resultado operacional foi substancialmente mais negativo este ano: -849 milhões na Lufthansa e -489 milhões no grupo Air France – KLM.

A transportadora alemã justifica a quebra acentuada com “greves em diferentes grupos de funcionários do Grupo Lufthansa e por funcionários de parceiros do sistema” que tiveram “um impacto particularmente negativo”, que contabiliza em 350 milhões de euros.

Já a Air France – KLM aponta encargos com o cancelamento de voos, sobretudo na KLM, e uma quebra de receita no negócio de transporte de carga, que também afetou a Lufthansa.

“O nosso resultado operacional foi impactado por custos de disrupção na operação e um negócio de carga mais lento. No entanto, continuamos confiantes na nossa capacidade de atingir a nossa perspetiva de custos unitários para 2024 e estamos concentrados na execução do nosso roteiro estratégico para cumprir os nossos compromissos de médio prazo”, afirma o CEO, Ben Smith, citado num comunicado divulgado esta terça-feira.

Os dois grupos vão avançar com uma contenção dos custos no resto do ano. O grupo Air France – KLM vai implementar novas iniciativas para acelerar a redução de encargos, congelar o recrutamento e estabilizar a operação. A Lufthansa vai avançar com uma redução dos custos operacionais, suspender novos projetos e limitar o recrutamento de staff administrativo

As duas companhias deixam, no entanto, boas perspetivas para o verão. “As reservas atuais indicam que o verão será forte. As greves estão a ter um impacto na procura apenas no curto prazo”, refere a companhia alemã na apresentação dos resultados.

A Air France – KLM também aponta uma venda “promissora de passagens para o pico do verão” e espera beneficiar da realização das Olimpíadas na capital francesa. “Estamos a preparar-nos ativamente para uma temporada de verão promissora com os tão aguardados Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em Paris”, afirma o CEO.

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