Ministra afasta “preconceito ideológico” com creches privadas na rede de vagas gratuitas

Ministra defende que "preconceitos ideológicos" devem ser ultrapassados e sinaliza que privado deve ser chamado para rede de creches gratuitas. Quer mais camas para estudantes universitários.

A ministra da Juventude atirou esta quarta-feira que é preciso abandonar “a cultura de fazer anúncios” que depois não têm reflexo ou demoram a tê-lo na vida das pessoas. Margarida Balseiro Lopes referia-se especificamente ao alojamento dos estudantes do ensino superior, sublinhando que, ainda que estejam a ser criadas mais 18 mil camas num horizonte de três anos, é preciso agir já e criar uma bolsa de vagas para os alunos consigam fazer os cursos que pretendem.

“Nos próximos dois ou três anos, vamos ter mais 18 mil camas para disponibilizar aos alunos, mas não podemos dizer a estes jovens para aguardarem um ano, dois anos ou três anos, que em 2026 já vamos ter mais respostas para virem estudar para o curso que querem. Temos de criar condições já. Temos de abandonar a cultura de fazer anúncios que não se materializam nas condições de vida que as pessoas sentem”, defendeu a ministra, na apresentação do estudo “Portugal, Balanço Social 2023”, que foi publicado esta manhã pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE), em parceria com o BPI e a Fundação laCaixa.

Margarida Balseiro Lopes indicou que é preciso criar “já para setembro uma bolsa de vagas para que os alunos consigam estudar e construir o seu projeto de vida com aquele que idealizaram”, não tendo avançado mais detalhes sobre a intenção do Governo.

Por outro lado, no que diz respeito às crianças, a ministra da Juventude reconheceu que há escassez nas vagas nas creches na rede gratuita e sinalizou que o setor privado deve estar mais envolvido. “É muito importante que não haja qualquer tipo de preconceito ideológico que prejudique as crianças. O Estado tem de contar com toda a capacidade instalada, incluindo o setor privado. Não podemos colocar os preconceitos ideológicos à frente dos interesses das pessoas”, sublinhou a ministra.

Enquanto partido da oposição, o PSD defendeu por várias vezes a inclusão das creches privadas na rede de vagas gratuitas, daí que esta posição não surpreenda. Desde janeiro do ano passado que as creches privadas já estão abrangidas, mas só em algumas circunstâncias, pelo que a escassez de vagas tem continuado por resolver.

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