ECO magazine

As empresas, a formação e o financiamento, ECO magazine nas bancas

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O ECO também é uma edição mensal, premium, em papel, com a assinatura “A ECOnomia nas suas mãos” e o mesmo compromisso com os leitores. A sexta edição já está nas bancas.

“Se as universidades de alta qualidade em Portugal não conseguirem financiar-se, os jovens vão ter de estudar fora do país.” A afirmação é de Daniel Traça, a partir de setembro o novo dean da Escola Superior de Administração e Direção de Empresas (ESADE), em Espanha, e o entrevistado na nova edição do ECO magazine nas bancas, especialmente dedicada à formação e qualificação.

Para o economista, há um “debate profundo” em torno do modelo de financiamento do ensino superior que o novo ministro da Educação deverá promover, de modo a garantir que as universidades irão conseguir manter ensino de qualidade, dando acesso a todos. Manter o atual status quo em torno das propinas — congeladas — é apenas promotor de desigualdade, acredita o docente.

Depois de formar jovens qualificados, a economia portuguesa tem de acelerar o passo da sua transformação ou corre o risco de ver os jovens, nos quais o país investiu em formação qualificada, saírem para nunca mais voltar. E isso passa também por uma mudança cultural nas empresas, defende o entrevistado.

Nesta nova edição do ECO magazine fomos ainda falar com empresas de vários setores de atividade que estão apostadas na formação das suas pessoas, olhando para as qualificações como uma forma de ganhar produtividade e, também, reter os colaboradores. O resultado pode ser lido em “Formar mãos para o sucesso”.

Na opinião, José Esteves (Dean da Porto Business School), Maria João Cortinhal (Dean da Iscte Business School), Rogério Colaço (Presidente do Instituto Superior Técnico), Pedro Freitas (Investigador do Centro de Economia de Educação da NOVA SBE) e João Verdelho (Head of Global Talent Attraction and Management da EDP) juntam as suas vozes à reflexão sobre os desafios que se colocam ao nível da Educação e na formação das pessoas, contribuindo para o desenvolvimento da economia portuguesa.

Uma reportagem à fábrica da Bial, na Trofa, onde a farmacêutica nacional está a produzir medicamentos para combater doenças neurológicas como o Parkinson e está focada em encontrar curas para doenças raras, condição que afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, é um dos temas que pode ler nesta nova edição já nas bancas.

Mas não só. Em “Portefólio Perfeito”, fomos analisar se há — ou não — um melhor momento para investir no mercado ou se essa tentativa de prever os altos e baixos do mercado não será um caminho arriscado para a maioria dos investidores; e ouvimos as scaleups que levantaram as maiores rondas de capital este primeiro trimestre sobre os seus planos para a nova injeção de capital e se 2024 dá indicações de verdadeira retoma de investimento VC em “Saber Fazer”. ‘Descodificamos’ ainda a descoberta de petróleo leve na bacia de Orange, na Namíbia, da Galp.

O ECO magazine traz também os contributos dos diversos meios que fazem parte do universo ECO. “Trabalhadores de saída? Não se esqueça de os entrevistar” é o tema trazido pelo Trabalho by ECO; “As maiores catástrofes naturais de sempre em Portugal. Estamos subsegurados?” é escalpelizado pelo ECO Seguros; enquanto a Advocatus analisou o tema do enriquecimento ilícito. O resultado pode ser lido em “Enriquecimento ilícito. À terceira é de vez?”.

“Concurso da rede elétrica sob tensão” é o tema desta edição que pode ler em Capital Verde sobre como os operadores olham para os contornos do futuro concurso da rede elétrica de baixa tensão; enquanto no Fundos Europeus analisamos os atrasos do PRR: “Atrasos ensombram execução do PRR”.

“De Paredes de Coura ao Porto e Lisboa, o impacto económico dos festivais” é o tema deste mês do Local Online e, no +M, como novas tecnologias podem impactar a criatividade: “Inteligência Artificial. Aliada ou inimiga da publicidade?

E depois dos negócios, ficam as sugestões de business & leisure da Time Out, parceira editorial do ECO. E nesta edição voltamos à estrada com o Auto ECO onde, todos os meses, testamos algumas das propostas do mundo automóvel.

Editorial

Um mês de (in)governação

Já passou pouco mais de um mês sobre a tomada de posse do Governo de Luís Montenegro e o que se pode dizer é que o ritmo político é, no mínimo, frenético. Depois de semanas em que foi criticado por não ter iniciativa política, a estratégia do Governo mudou, passou a apresentar propostas e planos a uma média de dois por semana e pelo calendário já conhecido, o ritmo não vai abrandar até às férias de verão (se é que este ano vamos ter mesmo férias políticas).

No primeiro mês, o primeiro-ministro e os ministros estiveram a frequentar um curso de formação profissional acelerado de governação. Quase nenhum tinha experiência governativa, desde logo o primeiro-ministro. Depois, a ausência do poder durante tantos anos também limitou muito a capacidade de formação de equipas ao nível dos ministérios, depois encontrou uma máquina do Estado dominado pelo PS. Tudo somado, as primeiras semanas foram no mínimo difíceis. Como na tropa, a recruta básica custou, agora o Governo já entrou na Especialidade.

A redução do IRS foi uma oportunidade política perdida, e agora dificilmente recuperável (vai ter de negociar com o PS uma mudança à sua proposta, veremos como ficará), mas as iniciativas que se seguiram marcaram a agenda e eclipsaram a oposição. Primeiro, o aumento do Complemento Solidário para Idosos e o aumento da comparticipação de medicamentos até 100% para os respetivos beneficiários, depois o plano da habitação (com muitas intenções e ainda a precisar de trabalho), finalmente a decisão sobre a localização do novo aeroporto, com o anúncio da construção de uma terceira travessia e da ligação de alta velocidade a Madrid. Em simultâneo, as negociações salariais com os professores, as forças de segurança e outras carreiras. Além, claro, de exonerações e nomeações (algumas ainda por fazer à data em que escrevo este editorial do ECO magazine, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa). Uffa… Vem aí o plano das migrações e depois o plano de emergência na Saúde (e mais umas quantas mudanças em institutos e empresas públicas).

O Governo também mudou na estratégia de negociação. Percebeu, finalmente, que tem de abrir espaço de negociação com o PS, quanto mais não seja para retirar espaço de vitimização a Pedro Nuno Santos. O Governo está, como era previsível, a governar a duas velocidades: A primeira, a admitir eleições antecipadas no curto prazo, uma crise política ainda este ano. E outra a pensar na legislatura. É um caminho estreito, mas perante a geometria parlamentar, existente, e dois partidos que se unem por motivos diferentes — o PS e o Chega —, não se vê outra solução de
governabilidade.

António Costa

Diretor

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