72% dos americanos defendem que Biden não se deve recandidatar

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

A sondagem indica que 49% dos eleitores acreditam que também Trump não tem saúde mental e cognitiva para servir como presidente e 54% dizem que não deve concorrer.

72% dos eleitores registados nos Estados Unidos dizem que o Presidente norte-americano, Joe Biden, não deve concorrer a um segundo mandato, segundo uma pesquisa realizada pela CBS News e YouGov, após o debate com Donald Trump.

Este resultado representa um aumento de nove pontos percentuais em comparação com a mesma pergunta feita em fevereiro. Biden, de 81 anos, viu a sua candidatura como candidato democrata às eleições de novembro enfraquecida após o debate contra o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), no qual se mostrou fisicamente desajeitado e, por vezes, hesitante, incoerente e com frases inacabadas.

Ainda assim, Joe Biden disse no dia seguinte ao debate de quinta-feira com Trump que não tencionava desistir da corrida para um segundo mandato.

80% dos inquiridos na sondagem consideram que a idade de Biden é uma razão fundamental para não se candidatar e 72% dizem que Biden não tem saúde mental e cognitiva para ser Presidente, mais sete pontos do que no início de junho.

Quando questionados mais diretamente sobre se Biden deveria afastar-se para dar a outro democrata a oportunidade de se candidatar, 64% dos eleitores responderam que sim.

A sondagem, realizada entre 28 e 29 de junho junto de 1.134 eleitores registados e com uma margem de erro de cerca de 4,2 pontos percentuais, mostra também a preocupação dos eleitores em relação a Trump, de 78 anos.

Em relação ao candidato republicano, a sondagem indica que 49% dos eleitores acreditam que ele não tem saúde mental e cognitiva para servir como presidente e 54% dizem que ele não deve concorrer.

Após o frente a frente desta semana, os meios de comunicação social e as sondagens norte-americanas apontavam Trump como o vencedor do debate entre os dois candidatos.

Uma sondagem da CNN, a estação responsável pelo primeiro debate entre os candidatos às presidenciais de novembro, indicou na quinta-feira que os eleitores registados que assistiram ao encontro “acham que Trump superou Biden”.

“A maioria diz que não tem confiança real na capacidade de Biden para liderar o país. Ao mesmo tempo, a maioria dos que assistiram ao debate dizem que este teve pouco ou nenhum efeito na sua escolha para presidente”, afirmou o canal.

Em 2020, quando ambos os candidatos estavam a lutar pela Sala Oval, a mesma sondagem observou que o público sentiu que Biden superou Trump nos seus dois debates presidenciais.

Entretanto, uma sondagem YouGov realizada ontem indicou que Trump venceu o debate por uma margem de dois para um. Quarenta e três por cento dos inquiridos consideraram que Trump ganhou o debate, em comparação com 22% que disseram que foi Biden. Os restantes 35% disseram não ter a certeza.

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Extrema-direita vence em França com 34% dos votos na 1ª volta

O bloco centrista do presidente francês Emmanuel Macron ficou em terceiro lugar, com 20,5-23%, de acordo com as projeções eleitorais.

As primeiras projeções de resultados, segundo o jornal Le Monde, apontam para uma vitória da União Nacional, de Marine Le Pen , com 34% dos votos. A coligação que reúne vários partidos de esquerda, a Nova Frente Popular, surge no segundo lugar, com 29%. Em terceiro está o partido do Presidente Emmanuel Macron, com 22%.

O jornal Figaro avança com uma projeção em que o partido representado por Jordan Bardella surge com 34,2%, a frente de esquerda encabeçada por Manuel Bompard consegue 29,1% e partido do atual primeiro-ministro Gabriel Attal consegue 21,5%.

O partido de extrema-direita francês Rassemblement National (RN), de Jordan Bardella, liderou a primeira volta das eleições legislativas com cerca de 34% dos votos, segundo as sondagens IFOP, Ipsos, OpinionWay e Elabe.

A coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em segundo lugar, com cerca de 29%, à frente do bloco centrista do presidente francês Emmanuel Macron, que ficou em terceiro lugar, com 20,5-23%.

Numa primeira reação aos resultados, o chefe de Estado francês sublinhou, em declarações à AFP, que a elevada participação neste escrutínio demonstrou uma vontade dos franceses de “esclarecer a situação política”. E pediu também uma “grande aliança claramente democrata e republicana” para a segunda volta.

“A democracia falou: os franceses demonstraram o seu desejo de virar uma página de sete anos com um poder corrosivo”. Num discurso curto logo a seguir a serem conhecidas as primeiras projeções, Marine Le Pen agradeceu a “marca de confiança” e disse que o “bloco macronista” está “praticamente apagado”. A líder do partido que venceu as eleições nesta primeira volta convidou os franceses a “renovar” o voto no próximo dia 7 de julho caso tenham votado na União Nacional e apelou a quem fez outras opções: “Se fez outra escolha, convido-o a juntar-se à coligação da segurança, liberdade e unidade.”

De acordo com uma estimativa da Elabe para a BFM TV, o RN e os seus aliados podem vir a conquistar entre 260-310 assentos no parlamento na segunda volta de votação a 7 de julho. Já a Ipsos projeta um intervalo de 230-280 lugares para o RN. São necessários 289 lugares para obter a maioria absoluta na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento francês.

A taxa de participação na primeira volta das eleições legislativas — mais de 60% — representa um recorde. De acordo com a imprensa francesa, desde a primeira volta das legislativas francesas de 1978 que não se registava um valor tão elevado, com exceção para 1986, quando foi implementado um sistema assente na representação proporcional.

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Exportadoras portuguesas começam a sentir o impacto da crise política em França

Empresários apreensivos com instabilidade política em França, o segundo melhor mercado de exportação para as empresas nacionais e que ocupa o mesmo lugar na lista de investidores estrangeiros no país.

Cerca de 80% dos sofás vendidos pela Suffa têm como destino França. Trata-se do principal mercado da fabricante de sofás premium localizada em Lordelo, no concelho de Paredes, que fechou o ano passado com uma faturação de 5,2 milhões de euros. E que já está a sentir o impacto da crise política nas vendas. “O atual contexto político e económico de França está a afetar a confiança dos consumidores“, reconhece André Fernandes, CEO da Suffa, acrescentando que o clima de incerteza política pode levar a uma retração no consumo. As preocupações do empresário nortenho são transversais às associações empresariais que representam os setores mais expostos àquele que é um dos principais parceiros económicos de Portugal e que emprega 60 mil pessoas no país.

As empresas portuguesas exportaram, no ano passado, 10,1 mil milhões de euros em bens para França, o equivalente a 13% das exportações nacionais, com o mercado francês a ocupar a segunda posição no ranking dos maiores destinos de venda de bens portugueses. Olhando para o período entre janeiro e abril deste ano, os últimos dados disponíveis, as exportações para França somam 3.421,3 milhões de euros, -4% que em igual período do ano passado, e 12,9% do total das exportações portuguesas.

Do lado das importações, França ocupa também um lugar de destaque, surgindo como o terceiro maior fornecedor de Portugal, com um peso de cerca de 7% (7,3 mil milhões de euros) nas importações nacionais, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) compilados pela AICEP para o ECO.

França tem um papel muito importante em Portugal, com grandes grupos, como a Airbus e a Renault, a investir.

Laurent Marionnet

Diretor-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa

França é ainda o segundo maior investidor direto estrangeiro em Portugal, que atingiu 17,4 mil milhões de euros no ano passado, ligeiramente acima dos 17,3 mil milhões registados em 2022, revelam os números do Banco de Portugal. “França tem um papel muito importante em Portugal, com grandes grupos, como a Airbus e a Renault, a investir”, adiantou ao ECO Laurent Marionnet, diretor-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF), à margem de um evento organizado em fevereiro.

André Fernandes, CEO da Suffa, diz que incerteza política pode ter um impacto direto no comportamento do consumidor. Suffa

Com o país à beira da indefinição política, perante a subida do partido de extrema-direita francês União Nacional nas intenções de voto, André Fernandes alerta que “a incerteza política e as repercussões das possíveis mudanças sociais e económicas, não só em França como também noutros países europeus, podem ter um impacto direto no comportamento do consumidor e um efeito de retração no momento de compra, faz com que os mercados, e sobretudo os investidores, fiquem mais cautelosos”. Uma situação que vem acentuar as dificuldades enfrentadas pelo setor, que já se debatia com a incerteza económica e os aumentos no preço da eletricidade, problemas que “deverão manter-se a curto e médio prazo”.

Quanto ao negócio da Suffa em França, o CEO da empresa de sofás reconhece que “desde o início do ano que [verifica] um abrandamento no ritmo das encomendas”. “Os últimos dados de que dispomos, e que são relativos a abril, indicam um decréscimo de 9%, sendo que em março tinha atingido o 8º mês consecutivo em queda. Há uma maior ponderação no ato de compra, que passou a ser menos impulsiva”, justifica.

França é mercado principal das exportações portuguesas de mobiliário, ao representar 32% das vendas, no valor de 710 milhões de euros. As exportações portuguesas em 2023 foram de 2,2 mil milhões de euros. Gualter Morgado, diretor executivo da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) contabiliza que no primeiro trimestre deste ano, o mercado francês quebrou 10% face ao mesmo período do ano anterior. Para a associação do mobiliário, não restam dúvidas que o setor está perante um “claro abrandamento económico”.

Questionado sobre o cenário de instabilidade com a ascensão da extrema-direita, o diretor executivo da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) responde que “qualquer governo que não promova a estabilidade social e o bem-estar da população, gera apreensão e baixa a confiança dos consumidores, levando-os a adiarem decisões de investimento, principalmente no que diz respeito a bens de consumo duradouro, como é o caso dos nossos setores de atividade”.

De janeiro a abril deste ano, as exportações de componentes automóveis para França registaram uma quebra de 26,2%.AFIA

À semelhança do mobiliário, as vendas de componentes automóveis para o mercado francês (terceiro maior mercado da indústria portuguesa) também estão a abrandar, com as exportações para França a registaram uma quebra de 26,2% entre janeiro e abril deste ano. José Couto, presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), constata que o “arrefecimento do consumo se traduz numa diminuição da procura a nível global”.

Metais, calçado e vestuário mais expostos

A Suffa é uma das 5.808 empresas que exportavam para França no final de 2022. As indústrias com maior peso para o mercado francês são as do calçado, têxtil, metalurgia e metalomecânica, e madeira. Segundo a Associação Empresarial de Portugal (AEP), em cada um destes setores, a dependência das vendas para a França é superior a 15%. “Tratando-se de setores de elevada especialização da economia portuguesa, é importante garantir que não venha a ocorrer um efeito negativo, que se arraste à economia portuguesa”, alerta o presidente do conselho de administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro.

No caso do metal, França é o segundo maior mercado do setor, com 15% das exportações, tendo sido responsável por vendas na ordem dos 3,9 mil milhões de euros em 2023. “Maioritariamente em produtos e serviços altamente especializados e de elevado valor acrescentado”, conforme explica Rafael Campos Pereira. Segundo o vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), “Portugal é um fornecedor de confiança dos grandes clusters representados na economia francesa, como o aeronáutico, automóvel ou defesa“. Nos últimos anos, as exportações têm crescido de forma contínua, tendo aumentado 7,5% entre 2022 e 2023.

Portugal é um fornecedor de confiança dos grandes clusters representados na economia francesa, como o aeronáutico, automóvel ou defesa.

Rafael Campos Pereira

Vice-presidente executivo da AIMMAP

Rafael Campos Pereira admite que, segundo as sondagens, o “mais provável” é que o Rassemblement Nacional e os seus aliados ganhem as eleições, eventualmente sem maioria para formar governo, pelo que precisarão do apoio de outros partidos. E nesse cenário “poderá haver alguma instabilidade governativa”, analisa. Ainda assim, o porta-voz do setor mais exportador da economia portuguesa refere que “é uma economia que está altamente dependente de fornecedores de qualidade e que assegurem resposta às exigências dos grandes clusters — e nesse aspeto, o Metal Portugal ocupa um lugar de pódio”.

“Temos acompanhado de perto a situação e, para já, não se sentem grandes alterações. Aliás, continua a haver um grande foco no mercado francês, alavancado pela recente estratégia europeia de aposta no setor da defesa”, explica o representante do setor. “A indústria da defesa em França é muito relevante e a AIMMAP está a acompanhar um conjunto de iniciativas muito interessantes para ajudar a posicionar as empresas nacionais como fornecedores qualificados de excelência. As empresas estão muito interessadas em explorar esta oportunidade, até porque estão preparadíssimas para responder aos desafios desse setor”, remata.

A indústria têxtil e do vestuário exporta 16% para França. “Não podemos prever os resultados políticos das eleições em França, muito menos se haverá ou não instabilidade daí resultante. No entanto, considerando a importância que a França tem para Portugal, tanto no setor têxtil e vestuário como no resto da economia — mas também no contexto do mercado único e da economia (e indústria) europeia –, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) espera que “esses resultados não causem instabilidade política que possa afetar a economia“.

“A França é um player extremamente importante no contexto europeu e internacional e esperamos que todos os agentes ajam com a responsabilidade necessária para evitar uma instabilidade política e, sobretudo, económica neste importante parceiro de negócios para o mundo e para Portugal”, acrescenta fonte oficial da ATP, em declarações ao ECO. Tal como nos metais, França é o segundo maior mercado para esta indústria, logo atrás de Espanha.

Segundo a ATP, em 2021 e 2022 França foi mesmo um dos mercados que mais cresceu. Em 2023 sofreu uma ligeira quebra, fixando-se o valor das exportações de têxteis e vestuário para este destino em 930 milhões de euros. Os dados do primeiro quadrimestre de 2024 revelam uma quebra de 8%, semelhante a outros importantes destinos das exportações portuguesas deste setor, relacionada com a tendência de quebra do consumo.

Para o calçado,França é historicamente o principal mercado”, tendo apenas sido suplantada nos últimos anos, depois da pandemia, pela Alemanha, como explica Paulo Gonçalves, porta-voz da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS). Portugal exporta, em média, 400 milhões de euros por ano em sapatos para França. Sem querer alarga-se em comentários, o responsável refere que “precisamos, no essencial, de estabilidade” naquele mercado.

“No contexto da União Europeia, França é o segundo maior mercado, a seguir à Alemanha, com mais de 15% da população e mais de 17% do PIB. Neste sentido, qualquer instabilidade e incerteza do quadro político francês terá repercussões, não só para o próprio país, mas também para a Europa e, consequentemente, para Portugal“, alerta o presidente do conselho de administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro.

Qualquer instabilidade e incerteza do quadro político francês terá repercussões, não só para o próprio país, mas também para a Europa e, consequentemente, para Portugal.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

Luís Miguel Ribeiro alerta ainda que recentemente houve “outros importantes parceiros internacionais europeus com uma instabilidade política que se prolongou durante algum tempo”, como foi o caso de Espanha, o maior cliente e fornecedor das empresas portuguesas. “Provaram serem capazes de manter a sua economia resiliente, mitigando o impacto negativo nas relações económicas com Portugal”, completa o responsável, notando, porém, que “como qualquer cenário de imprevisibilidade requer, devemos manter a prudência”

Com as exportações portuguesas muito concentradas num pequeno conjunto de países, como é o caso de França, Luís Miguel Ribeiro alerta que “a prioridade nacional deve ser a de garantir, de forma pró-ativa, uma maior diversificação das exportações portuguesas, nomeadamente para mercados fora da União Europeia, designadamente de grande dimensão e dinâmicos, mitigando futuros riscos nos nossos principais clientes”.

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Ventura defende adesão do Chega a novo grupo europeu que inclui partido de Órban

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

Os líderes de três grandes partidos nacionalistas da Hungria, Áustria e Chéquia, liderados pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, anunciaram a criação de um novo grupo de direita radical no PE.

Os líderes de três grandes partidos populistas e nacionalistas da Hungria, Áustria e República Checa, liderados pelo primeiro-ministro húngaro ultraconservador Viktor Orbán, anunciaram em Viena a criação de um novo grupo de direita radical no Parlamento Europeu. “O objetivo é que este grupo seja, em breve, o mais forte grupo de direita no Parlamento Europeu”, disse o líder húngaro, cujo país assume na segunda-feira a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.

Em conferência de imprensa em Lisboa, André Ventura mostrou-se favorável a esta adesão para unir a direita europeia e anunciou que vai promover uma reunião da Direção Nacional do Chega na terça-feira, para que seja convocado um Conselho Nacional alargado do partido para discutir a integração no grupo de Viktor Órban.

André Ventura mostrou-se confiante de que nas próximas horas ou dentro de dias novos partidos de direita populista irão associar-se a este novo grupo no Parlamento Europeu, tal como manifestou a sua convicção numa vitória da extrema-direita nas eleições legislativas francesas deste domingo.

A nova fação, que precisa ainda do apoio de pelo menos quatro outros partidos, chamar-se-á “Patriotas pela Europa” e os três grupos fundadores são o partido húngaro Fidesz, no poder, o partido liberal austríaco FPÖ, na oposição, e o partido checo da oposição “Aliança dos Cidadãos Descontentes” (ANO).

Viktor OrbánLusa

Os três partidos, que centram as suas políticas no controlo da imigração na Europa, foram os vencedores das recentes eleições europeias nos seus respetivos países.

Além de uma política migratória restritiva, os três defendem o levantamento da futura proibição europeia de automóveis com motores de combustão, bem como a revisão do chamado “novo acordo verde” para a transformação ecológica da economia europeia.

A par de Orbán, o chamado “manifesto patriótico” foi assinado pelo líder do FPÖ, Herbert Kickl, e pelo líder da ANO e antigo primeiro-ministro checo, o magnata Andrej Babis.

Os três sublinharam que o objetivo é que o seu anúncio se torne um “foguetão” para motivar outras formações europeias a aderirem à sua causa.

Os três partidos reunidos têm 24 eurodeputados, mais um do que o mínimo de 23 para criar um grupo no Parlamento Europeu, embora ainda precisem de reunir pelo menos quatro outros partidos para formalizar esta aliança parlamentar.

Kickl, que lidera as sondagens na Áustria com 27% dos votos antes das eleições gerais de 29 de setembro, sublinhou que, a partir de agora, “todas as forças políticas que desejem ser incluídas neste esforço positivo de reforma serão bem-vindas”.

“Pelo que ouvi nos últimos dias, haverá mais apoio do que alguns provavelmente imaginam neste momento”, disse o líder da extrema-direita austríaca, sem dar mais pormenores.

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Coliseu do Porto chama-se Ageas até 2027

  • ECO Seguros
  • 30 Junho 2024

A parceria iniciou-se em 2018 e deu origem ao primeiro naming de uma sala de espetáculos a norte do país.

O Grupo Ageas Portugal e a Associação Amigos do Coliseu do Porto assinaram na semana passada no Coliseu Porto Ageas um acordo de renovação e reforço da parceria entre as duas instituições até 2027.

Nelson Bessa Machado, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal, e Miguel Guedes, presidente da Associação Amigos do Coliseu do Porto, assinaram acordo para renovar a parceria.

A parceria iniciou-se em 2018 e o acordo deu origem ao primeiro naming de uma sala de espetáculos a norte do país. Ao longo dos últimos seis anos criaram o Prémio Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas que premeia, desde 2022, jovens artistas das áreas do circo e da dança, assim como o Lounge Ageas, que passou a ter valências na área das artes visuais, com residências artísticas.

Segundo a Ageas, o grupo permitiu que o Coliseu pudesse continuar, durante a pandemia, a preparação da programação que agora se apresenta.

Para Miguel Guedes, Presidente da Associação Amigos do Coliseu do Porto, “a renovação e reforço desta parceria significa o reconhecimento do trabalho, estratégia, resultados e qualidade da programação do Coliseu por parte do Grupo Ageas Portugal”. “Neste momento de Coliseu Porto Ageas e Grupo Ageas Portugal renovam parceria até 2027 projeção e transformação do Coliseu Porto Ageas, é fundamental contar com um parceiro que sempre esteve connosco, mesmo nos momentos mais difíceis. Tenho a convicção de que ambos celebramos este momento com uma afetividade que não é comum em parcerias desta natureza”, acrescenta.

Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal, salienta que “o apoio e parceria Coliseu Porto Ageas enquadra-se na nossa aposta na cultura como eixo estratégico: é um compromisso para com uma sociedade melhor, mais saudável e mais feliz, para com a sua evolução e para com a criatividade. Esta renovação, que celebra já 6 anos de uma caminhada conjunta de sucesso, reforça a nossa vontade de contribuir para a dinamização cultural da cidade e do país e na criação de um legado positivo para as gerações futuras. Estamos confiantes de que os próximos três anos serão marcados por uma colaboração ainda mais próxima, proporcionando experiências inesquecíveis ao público e contribuindo para o desenvolvimento artístico.

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ECO Quiz. Governo muda de casa, IMT para jovens e Costa no Conselho Europeu

  • Tiago Lopes
  • 30 Junho 2024

Tem a certeza que sabe o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este ECO Quiz.

Terminada mais uma semana, chegou a hora de testar o seu conhecimento sobre alguns dos temas que marcaram a atualidade. O Governo anunciou que muito em breve vai mudar-se para o edifício da Caixa Geral de Depósitos, António Costa foi confirmado como o próximo presidente do Conselho Europeu, o Governo reviu o decreto-lei que prevê a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto do Selo (IS) na compra da primeira casa por parte dos jovens até aos 35 anos, Portugal perdeu o último jogo da fase de grupos do Euro 2024, entre outras notícias que estiveram no topo da atualidade.

O ECO publica todas as semanas um quiz que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este quiz do ECO.

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Tratamento das gémeas luso-brasileiras no Santa Maria poupou milhões a seguradora brasileira

  • ECO Seguros
  • 30 Junho 2024

Daniela Martins, mãe das gémeas luso-brasileiras, negou um acordo com a seguradora para cobrir despesas em Portugal, apesar de ter mencionado essa possibilidade à CNN Portugal.

O tratamento com Zolgensma administrado no Hospital Santa Maria às gémeas luso-brasileiras poupou milhões à seguradora que até aí custeava outro medicamento administrado quadrimestralmente no Brasil, avançou a CNN Portugal.

A seguradora foi obrigada por uma decisão judicial de um tribunal de São Paulo a pagar o medicamento Spinraza para evitar a progressão da atrofia muscular espinhal e a morte das crianças se não tivessem tratamento. Facto que influenciou os médicos em Portugal a marcar a consulta visto que com esse medicamento a doença já estaria estabilizada.

De acordo com uma resposta da seguradora a um tribunal brasileiro divulgado pela CNN, esta explica que “é evidente o desequilíbrio que esse tipo de tratamento traz ao plano de saúde. Em se tratando de um contrato coletivo (…) elevará à estratosfera o valor mensal a ser pago pela coletividade dos usuários“. “Considerando o caso” [das gémeas], acrescenta a seguradora “tem-se o custo em dobro, sendo possível estipular o custo anual de 2,6 milhões de reais”, cerca de 600 mil euros tendo em conta o câmbio da época.

Daniela Martins, a mãe das gémeas, na conversa que teve com a CNN Portugal indicou que tinha chegado a um acordo com a seguradora: “Como eu estava indo para lá e ia retirar esta ‘conta’ das costas deles, porque a medicação [em Portugal] era de dose única… Então falei: eles vão economizar os 22 milhões que as minhas filhas iam custar aqui para eles… e estou indo lá e quem vai pagar é Portugal, então eles vão-me bancar o período em que eu estou lá para receber a medicação. Aí eu fui lá [para Portugal] com toda a estrutura. No avião teve de ir médico, fisioterapeuta, enfermeira. E quando eu cheguei uma fisioterapeuta morava comigo em casa” porque as crianças faziam seis sessões de fisioterapia por dia, refere.

Os 22 milhões referidos devem ser, em princípio, em real, o que equivale a 5 milhões de euros.

No entanto, quando foi questionada pela deputada Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, sobre a existência ou não de um acordo deste âmbito com a seguradora, Daniela Martins negou. E à CNN Portugal a seguradora diz não ter feito qualquer acordo com a família.

Joana Mortágua, deputada do BE, destacou o que considerou ser a estranha prontidão do diretor dos Lusíadas em apoiar a família das gémeas. A deputada destacou ainda que quem respondeu à mãe das gémeas foi José Magro, empresário com contactos em Portugal e no Brasil, sem relação aparente com o setor da saúde, mas que a deputada disse ter alguma relação com Nuno Rebelo de Sousa.

A seguradora brasileira e os Lusíadas tinham a mesma proprietária. No entanto, o hospital refutou qualquer interferência na prestação de cuidados.

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Maioria apoia seguro obrigatório para ciclistas

  • ECO Seguros
  • 30 Junho 2024

Estudo da ACP revela que 77% dos inquiridos apoiam seguro obrigatório para bicicletas. Opiniões dividem-se sobre responsabilidade por danos. Destaca-se a exigência por mais ciclovias

O estudo “Barómetro da Segurança da Bicicleta” do Observatório ACP, JN e TSF revela que a maioria dos inquiridos (77%) acredita que o seguro de responsabilidade civil para quem utiliza bicicletas e trotinetes deve ser obrigatório.

Quanto à responsabilidade sobre pagamento dos custos resultantes do acidente as respostas dividem-se entre condutor e empresa de seguro: 43% acreditam que deve ser o condutor a pagar e 36% a seguradora os estragos causados na trotinete ou bicicleta; esses valores ficam em 39% e 36% nos estragos causados no automóvel com que teve o acidente e 42% e 38% os tratamentos necessários para o condutor da bicicleta ou trotinete.

Dois em cada três inquiridos acreditam que o uso de capacete em bicicletas (66%) e trotinetes (61%) é obrigatório e 91% acredita que deveria ser obrigatório.

O estudo identifica vários desafios enfrentados pelos ciclistas em Portugal. Entre os principais estão a carência de ciclovias.

O relatório destaca que os inquiridos querem maior investimento público em infraestruturas cicloviárias (56%).

O “Barómetro da Segurança da Bicicleta” baseia-se em entrevistas realizadas a 605 pessoas (com erro amostral ± 4,07) entre os dias 13 e 21 de março de 2020. Os resultados foram analisados quantitativa e qualitativamente com recurso a entrevistas telefónicas, através do sistema CATI – Computer Assisted Telefonic Interview. O universo em estudo contempla os eleitores portugueses.

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PSD realiza primeiras jornadas parlamentares desde que é Governo dedicadas ao estado da nação

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

O PSD realiza segunda e terça-feira, em Sintra, jornadas parlamentares dedicadas ao estado da nação, com o lema “Portugal no bom caminho”, que serão encerradas pelo presidente do partido.

O PSD realiza segunda e terça-feira, em Sintra, jornadas parlamentares dedicadas ao estado da nação, com o lema “Portugal no bom caminho”, que serão encerradas pelo presidente do partido, Luís Montenegro. O debate do estado da nação, que fecha o ano parlamentar do ponto de vista político, está marcado para 17 de julho.

Nas primeiras jornadas parlamentares dos sociais-democratas desde que o Governo PSD/CDS-PP tomou posse, a 2 de abril, não há nenhum membro do executivo entre os oradores, à exceção do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Antes da abertura formal das jornadas, marcada para as 15:00, pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, os deputados vão dividir-se na segunda-feira de manhã em cinco grupos que visitarão o Centro de Bem-Estar Social de Queluz, a Associação Empresarial de Sintra, uma empresa exploradora de pedra mármore, o Centro de Educação para o Cidadão Deficiente e a Escola da Guarda, o estabelecimento de ensino da GNR, em Queluz.

Depois da abertura, o primeiro painel das jornadas será dedicado ao tema “Cuidar e Respeitar” e terá como oradores Eurico Castro Alves, médico e coordenador do Plano de Emergência da Saúde que o Governo aprovou no final de maio, e Isabel Jonet, presidente e fundadora do Banco Alimentar.

O professor universitário e comentador televisivo Nuno Rogeiro será o orador do segundo painel, sob o tema “Portugal na Europa e no Mundo”.

O jantar do primeiro dia, que coincide com a hora do jogo dos oitavos de final do campeonato europeu de futebol de Portugal contra a Eslovénia, não terá orador convidado, ao contrário do que tem sido habitual.

Na terça-feira, a discussão será sobre “Desafios e Oportunidades da Política à Economia”, com a jornalista Mafalda Anjos e o antigo secretário de Estado do Empreendedorismo Carlos Oliveira como oradores.

A sessão de encerramento está marcada para as 12:00, com nova intervenção de Hugo Soares e o discurso de Luís Montenegro.

As últimas jornadas parlamentares do PSD realizaram-se em 16 e 17 de outubro do ano passado, centradas no Orçamento do Estado, e tiveram entre os oradores o anterior presidente do Conselho Económico e Social, o socialista Francisco Assis, e o antigo ministro Mira Amaral.

Nessa ocasião, era António Costa primeiro-ministro, cargo do qual se viria a demitir menos de um mês depois, em 07 de novembro, após a Procuradoria-Geral da República ter emitido um comunicado em que o referia como estando a ser alvo de investigações no âmbito da denominada Operação Influencer – um processo judicial que investiga o processo de instalação de um ‘Data Center’ em Sines, bem como negócios com o lítio e hidrogénio.

Nessas jornadas parlamentares, o PSD anunciou o voto contra o Orçamento do Estado para 2024 – documento que ainda está a executar, uma vez que não houve qualquer Retificativo – e Luís Montenegro, então líder da oposição, acusou o Governo de maioria absoluta do PS de alcançar contas certas “à custa do sofrimento das famílias e empresas” e do crescimento da economia.

“Creio que Portugal precisa de alguém, e neste caso do principal partido da oposição que diga que, se o rei não vai nu, vai pelo menos seminu, afirmou Luís Montenegro, no encerramento dessas jornadas.

O líder do PSD admitiu então que é melhor ter estas contas certas “do que uma situação de desequilíbrio ou pré-falência” que considerou ser habitual nos executivos socialistas.

“Mas ter contas certas à custa do sofrimento das famílias, das empresas e à custa do crescimento da economia… Ter contas certas com esta estratégia não é futuro para Portugal, isto não se aguenta para sempre”, alertou.

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Taxa de participação nas legislativas francesas regista forte aumento

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

A taxa de participação nas eleições legislativas francesas registava um forte aumento às 12:00 locais na França continental (11:00 em Lisboa), atingindo 25,90%, contra 18,43% à mesma hora em 2022.

A taxa de participação nas eleições legislativas francesas registava um forte aumento às 12:00 locais na França continental (11:00 em Lisboa), atingindo 25,90%, contra 18,43% à mesma hora em 2022, revelou o Ministério do Interior.

Em 1997, aquando das últimas eleições legislativas antecipadas, era de 22,74% ao meio-dia.

O terramoto da dissolução da Assembleia Nacional, anunciado pelo Presidente francês Emmanuel Macron, a 9 de junho, e as apostas do escrutínio, que podem abrir caminho à vitória da extrema-direita ao poder, parecem mobilizar ainda mais os franceses. Entretanto, alguns dos principais candidatos às eleições legislativas em França já votaram para a primeira volta das eleições antecipadas que se realizam no domingo.

O primeiro foi Manuel Bombard, coordenador do partido de esquerda “La France Insoumise (LFI)”, que votou pouco depois das 10:00 locais em Marselha, no sul. Poucos minutos depois, o presidente da União Nacional (RN), de extrema-direita, favorito em todas as sondagens para ser o próximo primeiro-ministro, Jordan Bardella, votou eletronicamente em Garches, nos arredores de Paris.

Por volta das 11:30, votaram o atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, em Vanves, também perto de Paris, e o antigo presidente socialista Françoise Hollande, candidato a deputado no departamento de Corrèze.

Antes, o antigo primeiro-ministro e peso pesado “macronista” Édourd Philippe votou em Le Havre, cidade do norte de que é presidente da Câmara Municipal, e Éric Ciotti, líder do Partido Republicano conservador, que se aliou pessoalmente à RN contra a maioria do seu partido, e que votou em Nice, sudeste da França. Como é habitual nas eleições francesas, nenhum dos candidatos fez declarações à imprensa.

O Presidente Emmanuel Macron e a sua mulher Brigitte vão votar na pequena cidade costeira de Le Touquet, no norte, enquanto a líder do RN, Marine Le Pen, também planeia votar no seu reduto eleitoral de Henin-Beaumont, no norte, perto da fronteira belga.

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📹 As melhores companhias aéreas do mundo

  • ECO
  • 30 Junho 2024

Veja quais são as dez melhores companhias aéreas do mundo em 2024, eleitas por viajantes de todo o mundo, de acordo com a Skytrax. E em que posição está a TAP?

Com o fim da pandemia, as viagens de avião regressaram em força, com o aumento dos fluxos de turismo a nível mundial. Veja quais são as dez melhores companhias aéreas do mundo em 2024, eleitas por viajantes de todo o mundo, de acordo com a Skytrax. Em que posição estará a TAP?

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Jovens estão a adiar escrituras da casa para beneficiar de isenção de IMT e Selo

  • Lusa
  • 30 Junho 2024

A isenção de IMT e de Imposto do Selo a partir de agosto está a levar muitos jovens a adiar a escritura da compra da primeira casa, segundo representantes de entidades e profissionais do setor.

A isenção de IMT e de Imposto do Selo a partir de agosto está a levar muitos jovens a adiar a escritura da compra da primeira casa, segundo representantes de entidades e profissionais do setor contactados pela Lusa.

Esta tendência para pedir um adiamento começou a sentir-se no final de maio, assim que a isenção de IMT e do Imposto do Selo foi aprovada pelo Conselho de Ministros, disse à Lusa o bastonário da Ordem dos Notários, Jorge Batista da Silva.

O bastonário da ON admite que estes adiamentos se vão intensificar, tendo em conta que o benefício fiscal está previsto começar a ser aplicado a partir do dia 1 de agosto.

Jorge Silva, bastonário da Ordem dos Notários, em entrevista ao ECO - 16JAN24
Jorge Silva, bastonário da Ordem dos Notários, em entrevista ao ECO.Hugo Amaral/ECO

Tal como previa o programa eleitoral da coligação AD, o Governo aprovou no dia 23 de maio uma proposta de autorização legislativa (que entretanto já cumpriu todo o circuito legislativo) que concede isenção de IMT e de IS na compra da primaria habitação própria e permanente aos jovens com até 35 anos de idade na data da compra.

Para serem elegíveis, os jovens não podem ter sido considerados dependentes para efeitos de IRS no ano da compra da casa.

Esta isenção é total para casas de valor até ao 4.º escalão do IMT, ou seja, até aos 316.772 euros. Na parte que exceda este valor e até aos 633.453 euros, há lugar ao pagamento de IMT na taxa correspondente a este escalão (8%).

A medida faz com que, em termos práticos, na compra de uma casa por 300 mil euros, o jovem pague menos 13.377,58 euros em impostos (entre 10.977,58 em IMT e 2.400 euros em Imposto do Selo).

É esta a situação de João Martins (nome pelo qual quer ser identificado), 31 anos, que se prepara para comprar, juntamente com a namorada da mesma idade, a primeira casa, após três anos à procura.

A casa, localizada nos arredores de Lisboa, custa 255 mil euros e a diferença entre fazer já a escritura ou depois do dia 01 de agosto, traduz-se numa poupança de cerca de 9.000 euros, valor que levou o casal a pedir ao vendedor um adiamento da data.

O vendedor aceitou porque, neste caso, o prazo previsto no contrato de promessa de compra e venda (CPCV) para a realização da escritura é de 90 dias, o que quase a ‘encaixa’ na data fiscalmente pretendida, mas Joao admite que o processo foi “stressante”.

Ainda que refira ser expectável que mais jovens peçam para atrasar a realização da escritura, o bastonário da Ordem dos Notários aconselha prudência face ao que está contratualizado no CPCV, para que não haja incumprimentos e que um alívio fiscal não se transforme numa fatura mais pesada.

“Nem todas as pessoas conseguem adiar porque há prazos para cumprimento do contrato de promessa que podem não ser compatíveis com o adiamento, e tem de haver algum cuidado por parte de quem está a comprar casa” para não ter nenhuma “penalização por incumprimento”, refere o bastonário da ON.

Por outro lado, Jorge Batista da Silva não antecipa problemas em dar resposta a uma maior concentração de marcação de escrituras para agosto, mês em que muitos vão de férias, referindo que os notários estão habituados a adaptarem-se a ‘picos’ de procura.

A tendência para adiar foi confirmada por agentes imobiliários contactados pela Lusa, com o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Paulo Caiado, a considerar ser natural que tal aconteça.

“Obviamente que qualquer pessoa que esteja num grupo etário que se enquadra naquela medida, naturalmente vai procurar protelar a escritura para usufruir daquele benefício fiscal”, referiu Paulo Caiado.

Uma opinião partilhada por Arménio Maximino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado, que considera esta estratégia de adiamento um passo razoável, tendo em conta os valores de poupança que podem ser conseguidos entre fazer a escritura agora ou a partir de 01 de agosto. Arménio Maximino referiu, contudo, não ter ainda dados sobre o número de pedidos de adiamento das escrituras.

Já um dos consultores imobiliários ouvidos pela Lusa afirmou que “há jovens a adiar as escrituras” tendo em conta o valor que o IMT representa na compra da casa. Porém dá conta de algumas dúvidas que vão sendo manifestadas, pelo facto de o diploma não ter sido ainda publicado.

Segundo o relatório anual sobre o mercado do crédito à habitação do Idealista, cerca de 38% das escrituras para compra de habitação registadas em 2023 foram formalizadas por pessoas até aos 35 anos de idade.

Já os dados do Banco de Portugal (BdP) sobre a caracterização das pessoas que contraíram crédito para compra de habitação em 2023 indicam que os que têm até 40 anos representam mais de 50% – sendo que o intervalo de faixas considerado pelo BdP contempla os que estão nos 18-30 anos e nos 31-40 anos de idade.

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