Polícia Judiciária realiza buscas na Câmara de Oeiras
As buscas estão a ser realizadas nos Paços do Concelho e no edifício Atrium da Câmara de Oeiras. Em causa estão "almoços de trabalho" de 140 mil euros. "São almoços necessários", diz Isaltino Morais.
A Polícia Judiciária (PJ) está a levar a cabo buscas na Câmara Municipal de Oeiras, presidida por Isaltino Morais. A informação foi avançada pela Sic Notícias As buscas estão a ser realizadas nos Paços do Concelho e no edifício Atrium da Câmara de Oeiras e são relacionadas com “almoços de trabalho”. O presidente da autarquia já reagiu, garantindo que “são almoços normais” e “necessários”, que “muitas vezes juntam 10,15, 20 pessoas” e que se trata de “uma prática comum”.
Segundo avança a CNN Portugal, na mira da justiça estão as despesas excessivas de restauração pagas com dinheiro da autarquia, quase 140 mil euros em 1.441 “almoços de trabalho” no período pós-Covid.
A autarquia, no distrito de Lisboa, referiu, numa resposta escrita, que está “a prestar todos os esclarecimentos e informações solicitadas”. “As buscas estão relacionadas com almoços de trabalho do município, como foi do conhecimento público no ano passado, e decorrem nos Paços do Concelho e no Edifício Atrium [com serviços municipais]”, indicou a Câmara de Oeiras, liderada pelo independente Isaltino Morais.
As buscas e o âmbito do processo foram também confirmados à Lusa por fonte ligada à investigação, segundo a qual o inquérito é titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. A fonte indicou que em causa estão suspeitas dos crimes de prevaricação, abuso de poder e peculato.
Entretanto o presidente da Câmara de Oeiras também já veio reagir, referindo que em causa estão “almoços de trabalho que todas as autarquias neste país realizam”. “Faz parte da atividade administrativa normal”, acrescentou Isaltino Morais, em declarações transmitidas pela RTP3, sublinhando que o montante elevado tem que ver com o facto de ser um acumulado de seis anos.
“São almoços normais. Não é muito nem pouco. São almoços necessários, que muitas vezes juntam 10,15, 20 pessoas“, desde funcionários, técnicos, pessoas da administração central, empresas públicas”, enumerou Isaltino Morais.
(Notícia atualizada às 12h56 com as declarações do presidente da Câmara de Oeiras)
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