SNS com recorde de 613 médicos reformados no ativo em abril

  • ECO
  • 12 Junho 2024

420 dos 613 clínicos aposentados são médicos de família a trabalhar a tempo parcial que, em abril, davam resposta a mais de 87 mil utentes.

Em abril, eram 613 os médicos reformados a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), número que representa um novo recorde. Segundo o Público (acesso condicionado), que cita dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a maior parte (420) é médico de família a tempo parcial, dando resposta a mais de 87 mil utentes, enquanto os restantes exerciam funções nos hospitais públicos e 13 estavam em serviços centrais do Ministério da Saúde.

Estes profissionais são abrangidos pelo regime “excecional” criado em 2010 para fazer face à permanente carência de médicos especialistas nos centros de saúde e nos hospitais públicos. O programa tem sido prorrogado pelos vários governos desde então e, este ano, o Executivo liderado por Luís Montenegro deu ‘luz verde’ para contratar o maior número de sempre de médicos aposentados: 900, mais 313 do que em 2023.

O plano de emergência da saúde apresentado recentemente pela tutela prevê que, ao longo de três anos, os médicos reformados que continuem a trabalhar no SNS acumulem a pensão com 100% do vencimento-base, em vez de 75%, como acontece atualmente, propondo ainda que aqueles em funções numa unidade de saúde familiar (USF) modelo B sejam também elegíveis para 50% dos incentivos indexados ao índice de desempenho.

Num ano em que mais uma vez se bateram recordes no número de médicos aposentados, muitos clínicos optaram, assim, por continuar em funções, não agravando ainda mais o número de utentes que sem médico de família — que, de acordo com a Entidade Reguladora da Saúde, era de 1.565.880 pessoas em abril. Lisboa e Vale do Tejo é a região de Portugal continental com mais utentes sem acesso a um especialista de medicina geral e familiar, com perto de um quarto (24,6%) dos utentes sem médico de família atribuído.

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Lay-off clássico é “bastante burocrático”. Está a precisar de uma nova versão?

Sofia Silva e Sousa, da Abreu Advogados, e Sofia Contente, da Randstad Portugal, discutiram lay-off, compensações pós despedimento e normas polémicas da Agenda do Trabalho Digno na Advocatus Summit.

Apontado como uma das principais razões para o desemprego não ter disparado durante a pandemia, o lay-off simplificado já não está disponível. Em alternativa, as empresas em crise têm à disposição o lay-off clássico, mas este é “bastante burocrático e moroso”.

Uma nova roupagem seria bem-vinda”, defendeu, por isso, Sofia Silva e Sousa, sócia contratada da área de Direito do Trabalho da Abreu Advogados, no painel da Advocatus Summit dedicado às reestruturações. Também Sofia Contente, legal director da Randstad Portugal, deixou críticas ao modelo clássico, propondo que a versão simplificada seja aditada à lei do trabalho, isto é, os dois regimes estariam disponíveis, em paralelo.

As advogados discutiram ainda duas das mexidas à lei laboral mais polémicas do último ano – a proibição do recurso ao outsourcing após despedimentos coletivos ou despedimentos por extinção do posto de trabalho, bem como o fim da remissão abdicativa, o que determina que a renúncia a créditos laborais só é válida se for feita no contexto de uma transação judicial –, deixando claro que o Governo deveria aprovar a revisitação do Código do Trabalho já anunciada para retirar estas normas.

No caso da proibição do recurso ao outsourcing, entretanto, a Provedora de Justiça enviou a norma para o Tribunal Constitucional. “Anseio o desfecho no sentido desta norma vir a ser declarada inconstitucional”, sublinhou Sofia Contente. E também Sofia Silva e Sousa defendeu que esta é uma medida que, tecnicamente, não faz sentido.

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Prazo médio de reembolso do IRS aumentou para 22 dias

  • ECO
  • 12 Junho 2024

Em pouco mais de dois meses, foram entregues quase cinco milhões de declarações de rendimento e emitidos mais de dois milhões de reembolsos.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tinha indicado que o prazo para os reembolsos do IRS relativo a 2023 iria rondar os 15 a 17 dias. No entanto, este prazo tem vindo a aumentar desde o arranque da entrega das declarações do imposto, com o Ministério das Finanças a apontar agora para uma média de 22 dias, noticia o Público (acesso condicionado).

Dados da administração fiscal divulgados pela tutela revelam que o Fisco recebeu, até à manhã da passada sexta-feira, 4,9 milhões de declarações de IRS relativas a 2023, tendo sido pagos 2.074.776 reembolsos, num valor de 2.002,7 milhões de euros. A média de cada reembolso é de 965 euros. Esta quarta-feira, já tinha sido ultrapassa a fasquia das cinco milhões de declarações entregues pelos contribuintes.

O período de submissão das declarações começou a 1 de abril e termina a 30 de junho, sendo que as liquidações têm de estar concluídas até 31 de julho e os reembolsos pagos até 31 de agosto. Na campanha do ano passado, foram liquidadas quase seis milhões de declarações e, destas, 1,8 milhões foram apresentadas através da funcionalidade do IRS Automático, em que o Fisco já apresenta uma declaração preenchida.

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Hoje nas notícias: IRS, salários e médicos

  • ECO
  • 12 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O tempo médio para o Fisco pagar os reembolsos de IRS é neste momento de 22 dias, mais sete face ao prazo médio de pagamento no início da entrega das declarações do imposto. A atualização de tabelas de IRS em 5,1% no ano passado anulou apenas um terço do impacto da subida recorde de salários. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Finanças estão a demorar 22 dias a pagar reembolsos de IRS

O prazo médio de pagamento dos reembolsos de IRS tem vindo a aumentar desde o arranque da entrega das declarações do imposto, com o Ministério das Finanças a apontar agora para uma média de 22 dias face aos 15 dias que demorava inicialmente. Dados da administração fiscal divulgados pela tutela revelam que o Fisco recebeu 4,9 milhões de declarações de IRS relativas a 2023 (estatísticas registadas até sexta-feira de manhã), tendo sido pagos 2.074.776 reembolsos, num valor de 2.002,7 milhões de euros. A média de cada reembolso é de 965 euros.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Atualizar escalões do IRS não compensou subida de salários

A atualização dos escalões de IRS em 5,1% no ano passado — em linha com o aumento salarial médio previsto para 2023 no acordo de rendimentos assinado pelo Governo, as confederações patronais e a UGT — anulou apenas um terço do impacto da subida recorde de salários — 8,4% em média em contas nacionais –, segundo novas simulações feitas pelo Banco de Portugal. Para este ano, o efeito da atualização das tabelas do imposto em 3% (em linha com a inflação prevista) deverá ser igualmente limitado.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

SNS com recorde de 613 médicos reformados no ativo em abril

O número de médicos reformados a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde atingiu um novo recorde em abril, num total de 613. A maior parte (420) são médicos de família, dando resposta a 87 mil utentes. Num ano em que mais uma vez se bateram recordes no número de médicos aposentados, muitos optaram por continuar em funções para não agravar ainda mais o número de utentes que não tem médico de família. Um estudo recente da Entidade Reguladora da Saúde revelava que, no final de 2022, um em cada quatro utentes inscritos nos cuidados de saúde primários não tinha médico de família em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), enquanto no Norte apenas 2,3% dos utentes estavam nessa situação.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Preço do peixe baixa na lota mas sobe no prato

O preço médio do peixe fresco descarregado nos portos nacionais caiu 6,8% em 2023, o que pode ser explicado pelo aumento das capturas de cavala (52,4%), a redução do preço da sardinha (10 cêntimos por quilo) e a diminuição das capturas na pesca polivalente. No entanto, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) para o peixe fresco cresceu 3,8%, ainda que o preço médio do peixe fresco vendido nas lotas tenha descido 6,6%.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Provedora de Justiça participou ao Ministério Público oito casos de agressões a reclusos em 2023

Em visitas surpresa efetuadas no ano passado a 16 prisões, o Mecanismo Nacional de Prevenção da Tortura — que funciona na Provedoria de Justiça — encontrou evidências de oito casos de agressões a reclusos por guardas prisionais, as quais comunicou ao Ministério Público (MP). Seis destas denúncias foram “suportadas por imagens de videovigilância”. Foi a primeira vez desde o início do seu funcionamento, em 2014, que o Mecanismo Nacional de Prevenção da Tortura fez uma participação direta ao MP de indícios de agressões de guardas prisionais a reclusos.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

 

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“A Donzela” de Juan Carlos Fresnadillo entra no top dos dez filmes mais vistos de sempre na Netflix

  • Servimedia
  • 12 Junho 2024

Damsel", o filme realizado por Juan Carlos Fresnadillo e protagonizado por Millie Bobby Brown, entrou esta semana na lista exclusiva dos dez filmes mais vistos de sempre na Netflix.

Após 87 dias de transmissão, o filme alcançou 137,2 milhões de visualizações, à frente de outros como “A Mãe”, protagonizado por Jennifer Lopez, que ocupa agora o nono lugar deste ranking, com 136,4 milhões de visualizações; e “Daggers in the Back, The Glass Onion Mystery”, que está atualmente no décimo lugar, com 136,3 milhões de visualizações. A entrada de “Damsel” neste ranking dos filmes mais vistos de todos os tempos destronou “Extraction”, com Chris Hemsworth, que estava em 10º lugar, da lista.

Este registo faz do canário Juan Carlos Fresnadillo o primeiro realizador espanhol a alcançar o Top 10 dos filmes em língua inglesa mais vistos na história da plataforma. Em resposta à notícia, divulgada ontem à noite pela própria plataforma, Fresnadillo considera que “o público global acolheu tão bem ‘Damsel’ porque dá uma nova voz às heroínas femininas, sugerindo uma nova forma de conquistar o poder e a liberdade”.

“A recompensa mais emocionante deste grande sucesso é ver como Damsel se tornou um filme icónico para as novas gerações”, afirmou. O realizador refere ainda que deve o sucesso do filme “ao amor incondicional e ao trabalho de um elenco e de uma equipa incríveis, milhares de pessoas que o tornaram possível”.

Protagonizado, entre outras, por Millie Bobbie Brown (Stranger Things, Enola Holmes), Robin Wright (Forrest Gump, House of Cards) e Angela Bassett (Tina, Pantera Negra), “Damsel” é uma fantasia épica cujos protagonistas são maioritariamente mulheres. Depois de estrear na plataforma a 8 de março, “Damsel” passou seis semanas no Top 10 mundial, alcançando o Top 10 dos filmes em 93 países. O filme marcou a maior semana de visualizações de um filme da Netflix desde a sequela de “Knives Out”, “Glass Onion”, no final de 2022, com mais de 50 milhões de visualizações na sua segunda semana no Top 10.

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ISDIN processa a OCU pelos seus estudos sobre fotoproteção porque afirma que são “tendenciosos, sem metodologia científica e com critérios arbitrários”

  • Servimedia
  • 12 Junho 2024

A ISDIN anunciou que interpôs uma ação judicial contra a OCU por considerar que os relatórios desta organização sobre produtos de proteção solar afetam a sua reputação e o seu negócio.

De acordo com a ISDIN, apesar de, através da apresentação dos seus relatórios e estudos laboratoriais, ter recebido o apoio e a validação da Agência Espanhola de Medicamentos (AEMPS) para todos os seus produtos, “a OCU mantém que os seus relatórios se baseiam em resultados científicos e recusa-se a retificá-los”.

“No último estudo da UCO sobre os protetores solares, publicado em março, a UCO constatou que o produto da ISDIN, Fusion Water Magic SPF 50, não respeitava o fator de proteção indicado no rótulo. Poucas semanas depois, após ter recebido os relatórios laboratoriais da empresa, a Aemps, como já fez em mais de uma ocasião, retificou a OCU, declarando num comunicado que “a alegada não conformidade afetava o FP-UVA. A ISDIN forneceu dois testes, um efetuado com o método oficial in vivo (UNE EN ISO 24442) e outro com o método oficial in vitro (UNE EN ISO 24443). Em ambos os casos, o resultado obtido corrobora a alegação do rótulo”, afirma a ISDIN.

Depois de ter solicitado uma retificação à OCU, a ISDIN decidiu igualmente enviar uma carta a 50 000 farmacêuticos e dermatologistas explicando que a organização de consumidores, “apesar de toda a documentação científica fornecida pela empresa e dos esclarecimentos da Aemps”, “se recusou a proceder a uma retificação pública”.

Na comunicação às farmácias, o ISDIN explica o motivo da ação judicial contra a OCU: “Gostaríamos de informar que acabamos de interpor uma ação judicial contra esta empresa privada por ter elaborado e divulgado um estudo tendencioso, sem qualquer metodologia objetiva e baseado em estudos irregulares e critérios arbitrários”.

Na mesma carta, alega que o relatório da OCU sobre fotoproteção está a ser utilizado numa “perseguição à marca com contínuos ataques denegridores por parte de alguns ‘influencers’ e/ou colaboradores de conhecidas marcas concorrentes”.

A empresa salienta que “o sucesso” dos seus produtos e em particular do Fusion Water Magic SPF 50 a nível mundial “levou a que estivesse sempre na mira da OCU e de algumas marcas”, deixando “entrever interesses de terceiros em prejudicar a reputação da empresa”.

“Já em 2019, as principais associações de farmacêuticos manifestaram publicamente o seu apoio à empresa, descrevendo os estudos da OCU como pouco rigorosos e pouco credíveis, cujo objetivo era “fazer barulho mediático com interesses desconhecidos”, sustenta o ISDIN.

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Os candidatos a IPO registam resultados recorde em 2023 e crescem a um ritmo duas vezes superior ao do Ibex-35

  • Servimedia
  • 12 Junho 2024

Após o sucesso da IPO da Puig, a Europastry, a Tendam e a Cirsa são os próximos candidatos a dar o salto para a bolsa após anos de pouco movimento, com as suas contas a mostrar resultados históricos.

Durante 2023, estas três empresas aumentaram as suas vendas agregadas em 15%, bem acima do crescimento de 6% dos componentes do Ibex-35.

O resultado operacional (Ebitda) destas três empresas cresceu 15,7% no ano passado. Um valor que contrasta com a queda de 7,5% das empresas não financeiras do índice seletivo (nem os bancos nem as seguradoras apresentam esta linha nos seus resultados) em relação ao máximo histórico de 2022.

Entre as empresas candidatas à entrada em bolsa nos próximos meses, a Europastry foi a que registou o maior crescimento, aumentando as suas vendas em 20% para 1.347 milhões de euros, o que representa o nível mais elevado da sua história. O Ebitda situou-se em 205 milhões de euros.

No ano passado, a Europastry prosseguiu a sua sólida política de investimentos para continuar a crescer organicamente. Em 2023, investiu 64 milhões de euros em novas capacidades de produção, elevando o seu investimento total nos últimos cinco anos para 355 milhões de euros.

Esta política, juntamente com a estratégia de combinar o crescimento orgânico com aquisições estratégicas, permitiu à empresa “manter um crescimento sustentado e rentável nos últimos anos”. Assim, na última década, a empresa aumentou as suas vendas e o seu ebitda a uma taxa anualizada de cerca de 13%.

Por seu lado, a Cirsa fechou 2023 com receitas recorde de 2.396 milhões de euros, mais 17,5% do que em 2022. Entretanto, o seu EBITDA situou-se em 630 milhões de euros, 14% acima do ano passado, superando as suas próprias previsões de um intervalo entre 615 e 625 milhões de euros.

De acordo com Joaquim Agut, Presidente Executivo do Grupo CIRSA, após a apresentação das suas contas, “a evolução favorável dos nossos resultados é consequência da execução disciplinada do nosso plano estratégico, focando-nos nos negócios e geografias onde operamos com posições de liderança”.

Por último, a Tendam apresentou na semana passada os resultados do seu exercício fiscal (terminado a 29 de fevereiro), com um aumento das vendas de 6,5% para 1,288 mil milhões de euros, o que constitui igualmente um máximo histórico. Entretanto, o EBITDA situou-se em 313 milhões de euros, 10% acima do ano anterior.

Na sua declaração de resultados, a empresa têxtil afirma que, para acelerar este crescimento, “a empresa continua a avaliar possíveis alternativas estratégicas, incluindo uma possível oferta pública de ações num mercado regulamentado”.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 12 de junho

  • ECO
  • 12 Junho 2024

Ao longo desta quarta-feira, 12 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Os espanhóis continuam a preferir os conteúdos dobrados à versão original ou às legendas

  • Servimedia
  • 12 Junho 2024

Os utilizadores de plataformas digitais preferem desfrutar das suas séries ou filmes favoritos na sua própria língua. O mercado da dobragem registou um crescimento significativo nos últimos anos.

No dia 12 de junho celebra-se o Dia Internacional da Dobragem, uma data dedicada a reconhecer e homenagear os profissionais que dão voz a diversas personagens nas produções audiovisuais. Em Espanha, existe uma grande tradição e um enorme respeito pelos atores que, ao longo dos anos, deram voz a algumas das figuras mais proeminentes do cinema e das séries televisivas.

A Barlovento Comunicación publicou um relatório no final de 2023 que destaca a crescente procura de conteúdos audiovisuais, impulsionada pela proliferação de plataformas digitais que oferecem uma enorme quantidade de opções aos espetadores.

O relatório destaca alguns dados, como os relacionados com o consumo através de fornecedores de conteúdos. 77,6% dos espanhóis têm uma subscrição paga, sendo que 92,9% dos jovens entre os 18 e os 24 anos pagam pelo menos um serviço de streaming. A despesa média mensal é de 38 euros. Relativamente aos fornecedores de conteúdos mais populares, o Amazon Prime Video é escolhido por 53% da população, seguido do Netflix (46,1%), Disney+ (31%) e HBO Max (23,5%).

De acordo com dados publicados pela Netflix, 90% dos espanhóis preferem consumir conteúdos em espanhol, seja através de dobragem ou legendas. Esta preferência por conteúdos na sua língua materna reflete-se no elevado número de produções dobradas disponíveis nas plataformas de streaming e na televisão.

A indústria da dobragem em Espanha é uma das mais prestigiadas e desenvolvidas do mundo. O aumento da produção de conteúdos fez aumentar a procura de talentos de dobragem. De acordo com a Digital Agency Network, o trabalho de dobragem cresceu 13% entre 2020 e 2021, e espera-se que continue a crescer a uma taxa anual de 15% nos próximos anos. Além disso, a mesma fonte indica que atividades como os audiolivros poderão gerar cerca de 19,4 mil milhões de dólares em receitas até 2027, contra 1,3 mil milhões de dólares em 2020.

Trata-se de um setor consolidado, com bases sólidas e um número notável de profissionais do setor, com mais de 8.000 pessoas envolvidas neste tipo de processo.

INOVAÇÃO

A TransPerfect, o maior fornecedor mundial de soluções linguísticas e tecnológicas para o comércio global, registou um crescimento significativo na sua divisão de dobragem, denominada TransPerfect Media. Jacques Barreau, vice-presidente de média e entretenimento interativo, afirma que a empresa investiu em tecnologia de ponta e treinamento de pessoal para atender à crescente demanda do mercado. Este investimento permitiu à empresa oferecer serviços de dobragem de alta qualidade a uma vasta gama de clientes, desde empresas de produção cinematográfica a plataformas de streaming.

“A Espanha é um dos quatro países históricos da dobragem, juntamente com a França, a Alemanha e a Itália. A TransPerfect deve continuar esta tradição, mas também melhorar os processos atuais que sempre foram aplicados. As nossas ferramentas internas, como o StudioNEXT, que utiliza uma banda rítmica digital, tornam a sincronização labial mais precisa e estão a conduzir a dobragem espanhola para o século XXI”, afirma Barreau.

O consumo de conteúdos audiovisuais dobrados e legendados em Espanha está em constante crescimento, impulsionado pela preferência dos espetadores por conteúdos na sua língua materna e pela expansão das plataformas digitais. A indústria da dobragem em Espanha continua a reforçar-se, com uma procura crescente e uma maior profissionalização do setor, garantindo que as vozes espanholas continuem a ressoar em todos os tipos de produções audiovisuais.

 

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 12 Junho 2024

Ministra da Saúde volta ao Parlamento para explicar plano de emergência e INE divulga dados da construção. Lá fora, Reserva Federal decide sobre taxas de juro e a OCDE revela dados do PIB do G20.

No mesmo dia da audição da ministra da Saúde no Parlamento para prestar esclarecimentos sobre Plano de Emergência para o SNS, o INE divulga dados dos setores da construção e serviços. Lá fora, a Reserva Federal dos Estados Unidos da América vai apresentar o sumário das projeções económicas, começa o Fórum de Lideres Mundiais da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento e a OCDE vai revelar os resultados do crescimento Produto Interno Bruto (PIB) das 20 principais economias do mundo (G20).

Ministra da Saúde ouvida no Parlamento

Decorre esta quarta-feira na Assembleia da República, a partir das 9h00, a audição da ministra de Saúde, Ana Paula Martins, a requerimento do PSD e na Comissão da Saúde, para prestar esclarecimentos sobre Plano de Emergência para o SNS. No mesmo dia realiza-se ainda uma audição à ANACOM.

Reserva Federal discute corte nos juros

O Comité de Política Monetária da Reserva Federal (Fed) vai reunir-se esta tarde, seguindo-se a conferência de imprensa e a apresentação do sumário das projeções económicas. Horas depois da divulgação do índice CPI (Índice de Preços do Consumidor) pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

Fórum de Líderes Mundiais da ONU

Esta quarta-feira é o primeiro dia do Fórum de Lideres Mundiais da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD mudou a designação este ano para ‘ONU Comércio e Desenvolvimento) que decorrerá até 14 de junho. Contará com a presença do secretário-geral da ONU, chefes de Estado, economista e prémios Nobel.

Como evolui a construção em Portugal?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar dados da construção relativos às obras licenciadas e concluídas no primeiro trimestre deste ano. Assim como os índices de Produção, Emprego, Remunerações na construção e os índices de Volume de Negócios Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços relativos a abril. Também chegam dados da União Europeia, com a Eurostat a divulgar o relatório relativo às condições de vida na Europa – pobreza e exclusão social em 2023 e ao consumo de energia relativo a março deste ano.

OCDE revela dados do PIB das 20 maiores economias do mundo

A OCDE vai revelar os resultados do crescimento Produto Interno Bruto (PIB) das 20 principais economias do mundo (G20). Os dados divulgados relativos ao último trimestre de 2023 mostraram que as economias dos G20 cresceram 0,7% face ao trimestre anterior, mas registou-se um abrandamento no crescimento face ao terceiro trimestre de 2023.

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Brasileiro Watch vai abrir hub de streaming em Portugal

Lisboa será a sede internacional da empresa de Curitiba, que no ano passado teve uma faturação de cerca de 18 milhões de euros. Portugal irá acolher um grupo de até 30 pessoas.

Maurício Almeida, fundador da Watch e chairman da Watch Labs.

O serviço de streaming brasileiro Watch está apostado na sua internacionalização e planeia a abertura de um hub da spin-off Watch Labs em Portugal até ao final do ano. “A projeção é chegar a dezembro de 2025 com uma equipa entre 20 e 30 pessoas”, refere a empresa.

Com origem em Curitiba, a empresa — que já levantou cerca de 40 milhões de reais (cerca de 7 milhões de euros) — apostou na entrada em Portugal através da Watch Labs, no seu caminho de internacionalização.

“Portugal e Lisboa sempre estiveram no topo de nossa lista para a criação de nossa sede internacional. O Maurício Almeida, fundador da Watch e chairman da Watch Labs, é cidadão português, eu morei em Lisboa em 2001/02, e isso fez-nos acompanhar de perto do desenvolvimento e o crescimento do ecossistema. O facto de Lisboa ser uma cidade global, ter holofotes sobre ela, contar com uma multiculturalidade representativa e ter uma posição geográfica estratégica foi determinante para sua escolha como a nossa porta de entrada ao mercado internacional“, adianta Fhabyo Matesick, CMO da Watch Labs e responsável pela operação em Portugal, em declarações ao ECO.

Queremos que a Watch Labs seja uma empresa portuguesa a se tornar referência global quando o assunto é streaming. O nosso objetivo é trazer luz para esse tema e mostrar, com exemplos práticos e disseminando conhecimento, o potencial que o streaming está a trazer para os mais variados segmentos de negócios. Uma prova disso é nosso movimento de integração ao ecossistema, com parcerias como a Red Bridge e o apoio da Unicorn Factory na montagem do nosso hub de streaming“, revela.

Lisboa sede para mercado internacional

A empresa ambiciona ter mais do que “apenas um escritório em Lisboa”. “Queremos que nossa sede seja um hub de streaming, um local vamos mostrar como funciona cada etapa do processo, qual a tecnologia envolvida, workshops com nossos líderes de tech e produtos vindos do Brasil, gravação de podcasts, enfim um local onde se respire o streaming“, reforça Fhabyo Matesick.

“Temos também o objetivo de firmar parcerias com universidades para inserir a temática do streaming em disciplinas técnicas e também de negócios. A ideia é ter cada vez mais uma equipa em Lisboa, com talentos locais que pensem global, inicialmente com uma equipe de projetos, depois comercial e aí técnico. A projeção é chegar a dezembro de 2025 com uma equipa entre 20 e 30 pessoas“, estima o CMO.

O objetivo é ter o hub “montado até o final deste ano”. “Ainda não sabemos exatamente onde instalaremos, vimos os espaços do Sitio Sete Rios e Sitio São João, por indicação da Unicorn Factory”, entidade com a qual a Watch Labs mantém uma parceria “informal”. “Têm-nos ajudado muito a conectar-nos com o ecossistema e auxiliado na busca de espaços para o Hub de Streaming”, refere Fhabyo Matesick.

Fhabyo Matesick, CMO da Watch Labs e responsável pela operação em Portugal

A empresa entra no país através da Watch Labs. “Uma spin-off focada em vender globalmente toda a tecnologia que a Watch BR usa e testa diariamente com seus milhares de clientes, com um portefólio end-to-end composto por produtos próprios, como Encoders & Transcoders, CMS e Frontend, combinado com soluções da AWS, Kaltura, Akamai, Adyen, NPAW, entre outros”, descreve o responsável para o mercado português.

“Temos um portefólio que oferece serviços e produtos para todas as etapas de uma transmissão de streaming. Porém, sabemos que é um processo estruturado e substituir todas as engrenagens é algo improvável. Por isso, vamos para no mercado com produtos de altíssimo valor agregado e um preço muito competitivo, como nossos Encoders Meeva, o transcorrer Metaflow e as soluções 360º WLSport e WLLive”, descreve.

“Quanto ao Meeva e Metaflow, são produtos que, por serem nossos e testados em clientes como Globo e CNN e garagem uma economia de até 35%, terão boa entrada o mercado português e Europeu. Quanto as soluções WL_Sports e WL_Live, por se tratar de uma solução completa, que vai desde a codificação do sinal até o app na TV ou mobile do espectador, passando por ferramentas de análises de dados, billing e recomendação de conteúdo, abrir-nos-ão portas para ajudar negócios por meio do streaming, gerando mais receita e uma experiência única para o utilizador”, considera Fhabyo Matesick.

No ano passado, a WatchBR gerou um volume de negócios de 100 milhões de reais (cerca de 18 milhões de euros), estando a investir este ano um milhão de euros nos mercado português, brasileiro e norte-americano.

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Reserva federal americana ainda sem confiança para começar a baixar juros

Persistência da inflação em níveis elevados e evolução ainda robusta da economia deve adiar primeiro corte de juros do banco central dos Estados Unidos para setembro.

Na conferência de imprensa após a reunião de política monetária de 1 de maio, o presidente da Reserva Federal (Fed) vincou que o banco central dos Estados Unidos não tinha ainda a confiança necessária para iniciar o ciclo de corte de juros. Os indicadores económicos divulgados desde então não alteraram este cenário, pelo que Jerome Powell deverá repetir este discurso após o encontro desta quarta-feira.

O Comité de Política Monetária da Fed (FOMC, na sigla em inglês), órgão que define as taxas de juro nos Estados Unidos, vai deixar as Fed Funds no intervalo de 5,25%-5,5%, o que representa o nível mais elevado desde 2001. Esta decisão, que será anunciada às 19:00 (hora de Lisboa), é vista como unânime entre economistas e investidores, contrastando fortemente com aquelas que eram as perspetivas no início do ano.

Embalados pelo otimismo da Fed com o alívio da inflação na reta final de 2023, os mercados arrancaram este ano a estimar um total de seis cortes de juros em 2024, uma perspetiva que está atualmente desfasada da realidade. A culpa é da inflação, que surpreendeu com uma trajetória ascendente nos primeiros três meses do ano. Excluindo alimentos e energia (inflação subjacente), os preços subiram a um ritmo anualizado de 4,5% no primeiro trimestre, totalmente incompatível com o alívio da política monetária.

A inflação regressou em abril a uma trajetória descendente, mas ainda a um ritmo que coloca em causa o rumo em direção à meta dos 2%. O índice de preços no consumidor subiu a um ritmo anual de 3,4%, sendo que o indicador subjacente baixou duas décimas para 3,6%. Os números de maio serão publicados esta tarde, mas as estimativas dos economistas apontam para uma estabilização, pelo que não colocará em causa o discurso que será adotado pela Fed após anunciar mais uma manutenção de juros.

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Na frente dos indicadores de atividade económica os últimos sinais têm sido mistos. O crescimento do PIB no primeiro trimestre foi revisto em baixa para 1,5%, as vendas a retalho travaram o crescimento e a indústria continua débil, apontando para um abrandamento da maior economia do mundo. Contudo, os números do emprego revelados na sexta-feira (foram criados mais de 270 mil postos de trabalho em maio) deixam evidente que o mercado de trabalho continua robusto e será um risco a Fed contar com o arrefecimento da economia para conter a subida dos preços.

Primeiro corte em setembro?

Perante esta incerteza com o rumo da inflação e dos indicadores de atividade económica nos próximos meses, as expectativas apontam para que a Fed não efetue alterações significativas no seu discurso, vincando que não deverá ser necessário agravar os juros, mas também que as taxas deverão continuar em máximos por mais tempo.

Ainda assim, esta não deixa de ser uma reunião importante, sobretudo porque a Fed vai efetuar a atualização trimestral das projeções macroeconómicas, onde constam as estimativas dos responsáveis do banco central para a evolução das taxas de juro. O Summary of Economic Projections (SEP) inclui o “dot plot”, o gráfico onde estão marcados os pontos médios estimados pelos membros do FOMC para os juros no final de 2024 e 2025.

Em março, o “dot plot” apontava para três descidas de juros este ano, sendo agora altamente expectável que esta previsão seja revista em baixa. A dúvida está sobretudo em saber se a Fed irá sinalizar dois cortes em 2024, apenas um, ou mesmo nenhum. Os economistas estão divididos, com 41% dos inquiridos num sondagem da Bloomberg a estimarem que a Fed sinalize dois cortes, enquanto uma percentagem idêntica espera apenas uma redução, ou mesmo nenhuma.

A mesma sondagem aponta para que a Fed reveja em ligeira alta a estimativa para a inflação deste ano (2,5%), mantendo a estimativa para o crescimento do PIB (2,1%) e taxa de desemprego (4%). Previsões que batem certo com o prolongamento da política monetária restritiva mais alguns meses.

Apesar da incerteza, existe um consenso mais forte de que a Fed terá margem de manobra para iniciar este ano o ciclo de corte de juros. “Continuamos confortáveis ​​com as nossas principais previsões económicas de que o crescimento do PIB vai superar as expectativas este ano, o mercado de trabalho permanecerá forte e o excesso de inflação acabará por ser revertido sem necessidade de enfraquecer a economia”, comentam os economistas do Goldman Sachs.

Este banco de investimento aguarda que o primeiro corte de juros acontecerá em setembro, seguido de uma redução adicional em dezembro e mais quatro descidas em 2025 e duas no ano seguinte, até uma taxa terminal de 3,25%-3,5%. Nas sondagens das agências, setembro também é apontado como o mês mais provável para a primeira descida de juros.

O ING tem a mesma perspetiva de dois cortes de juros em 2024 (primeiro em setembro) e quatro em 2025, considerando que “a inflação persistente e os números fortes do emprego significam que a Fed indicará que está preparada para esperar mais tempo antes de considerar seriamente cortes de juros”. Para que o cenário se altere e a Fed ganhe confiança para baixar os juros, o banco dos Países Baixos diz que têm de se verificar três requisitos:

  • Mais evidências de que a inflação está a aliviar. Mais dois ou três meses consecutivos de abrandamento da inflação subjacente para subidas mensais de 0,2% (contra 0,4% nos primeiros meses do ano) será um fator necessário, mas não suficiente, para motivar um corte de juros.
  • Mais evidências de folga no mercado de trabalho. Se a taxa de desemprego consolidar de forma mais convincente acima de 4%, com evidências de arrefecimento dos salários, também ajudará a reforçar os argumentos a favor de descida de juros.
  • Evolução mais suave do consumo. A estabilização do rendimento das famílias, o esgotamento das poupanças acumuladas na pandemia e o aumento do incumprimento no crédito sugerem que o stress financeiro está a materializar-se para muitas famílias, o que provocará um abrandamento no consumo.

Se forem cumpridas todas as estas três condições, acreditamos que a Fed irá passar de uma política monetária ‘restritiva’ para ‘ligeiramente menos restritiva’ com cortes de 25 pontos base na reunião de setembro”, referem os economistas do ING.

A Capital Economics espera que a inflação abrande de forma mais célere do que a Fed está a prever e assinala que “existe também uma possibilidade crescente de que a evolução mais fraca da atividade económica convença a Fed a cortar os juros”. Com o PIB a crescer abaixo do previsto no primeiro trimestre, a consultora mantém o cenário central de o primeiro corte surgir em setembro.

Depois da reunião desta quarta-feira, a Fed volta a ter uma reunião de política monetária a 31 de julho, pelo que é certo que o banco central deixará a taxa de juro em máximos de mais de 23 anos durante um ano (último aumento foi em julho de 2023). Já se os juros descem ou não em 2024 existe uma incerteza mais elevada, que as palavras de Powell e as projeções dos responsáveis na Fed podem ajudar a diminuir, mas só serão dissipadas em função dos indicadores económicos dos próximos meses, sobretudo a inflação.

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