Seguradora avança com indemnizações às vítimas do naufrágio ao largo da Marinha Grande

  • Lusa
  • 14 Julho 2024

A seguradora vai pagar os valores acordados respeitantes aos funerais, vai indemnizar as famílias destes e a indemnização por perdas de salários e acompanhamento psicológico aos restantes pescadores.

A seguradora Mútua dos Pescadores informou este sábado que vai iniciar nos próximos dias o pagamento das indemnizações às vítimas do naufrágio de uma embarcação na Marinha Grande, da qual resultaram seis mortos.

João Delgado, presidente da Mútua dos Pescadores: “É fundamental que essa proteção [ao abrigo dos seguros contratualizados] seja um processo rápido para que o drama não se acentue ainda mais e para que se minimizem os impactos às famílias”.
“Vamos iniciar nos próximos dias os pagamentos [das indemnizações], assim como já iniciámos os pagamentos dos funerais”, disse este sábado à agência Lusa o presidente da seguradora Mútua dos Pescadores, João Delgado, vincando que a cooperativa pretende dar “uma resposta rápida em situações muito difíceis”.

Em causa estão os pagamentos ao abrigo dos seguros de navegação e de tripulantes da embarcação de pesca “Virgem Dolorosa”, que adornou no dia 3 de julho ao largo do concelho da Marinha Grande, no distrito de Leiria, com 17 tripulantes a bordo, dos quais seis morreram e 11 foram resgatados com vida.

“O sinistro não oferece nenhumas dúvidas, não houve aqui qualquer tentativa de ganhar vantagem com uma situação destas, não houve aqui qualquer indício de dolo”, afirmou João Delgado, garantindo que a cooperativa de seguros está “em condições de iniciar o processo de indemnização às famílias”.

Para o presidente da mútua, “é fundamental que essa proteção [ao abrigo dos seguros contratualizados] seja um processo rápido para que o drama não se acentue ainda mais e para que se minimizem os impactos às famílias”.

Além do pagamento dos valores máximos estabelecidos por lei no que respeita aos funerais das seis vítimas mortais, a mútua irá assegurar as indemnizações às famílias destes e “as indemnizações por perdas de salários” aos restantes pescadores, aos quais está também a assegurar acompanhamento psicológico.

Depois de na quarta-feira terem sido recuperados os corpos dos três últimos pescadores que se encontravam desaparecidos, João Delgado sublinhou o papel das equipas de buscas e dos mergulhadores que desde o início da semana estão empenhados na operação de reflutuação da embarcação.

“Agora impõe-se a recuperar a embarcação, evitando riscos de maior do ponto de vista ambiental”, disse, vincando que as manobras para impedir que haja fuga de combustíveis “também já estão em curso por parte da equipa de mergulhos”.

A empresa contratada para o efeito irá agora, “através do enchimento de balões, perceber a capacidade de flutuação da embarcação e, quando ela estiver à superfície, decidir para que porto será rebocada”.

No dia 3 de julho, às 04h33, foi dado o alerta para o naufrágio da embarcação de pesca “Virgem Dolorosa”, ao largo do concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria, para o comando local da Polícia Marítima da Nazaré.

Nesse dia, dos 17 tripulantes, 11 foram resgatados e três morreram. Permaneciam três pescadores desaparecidos até quarta-feira, quando foram encontrados os seus corpos.

A seguradora Mútua dos Pescadores garantiu após o naufrágio que a embarcação tinha todos os seguros obrigatórios em dia, garantindo que a cooperativa cumpriria, logo que possível, com todas as obrigações.

Além do pagamento dos valores máximos estabelecidos por lei no que respeita aos funerais das seis vítimas mortais, a mútua irá assegurar as indemnizações às famílias destes e “as indemnizações por perdas de salários” aos restantes pescadores, aos quais está também a assegurar acompanhamento psicológico.

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