Lucro da EDP dispara 75% para 762 milhões no primeiro semestre

A EDP apresenta um resultado líquido de 762 milhões, depois de ter divulgado que a subsidiária EDP Renováveis disparou os lucros em 163% também até junho.

A EDP lucrou 762 milhões de euros nos seis meses terminados em junho, divulgou esta terça-feira a empresa, num comunicado publicado na página do regulador dos mercados, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este resultado líquido compara com os 437 milhões de euros obtidos no primeiro semestre do ano passado, num salto de 75% face a este período. Em termos recorrentes, o lucro obtido nos primeiros seis meses de 2024 foi de 775 milhões de euros, e teria sido de 591 milhões de euros sem os ganhos com a rotação de ativos.

Tendo em conta os resultados até junho, “a EDP espera atingir em 2024 um EBITDA recorrente de cerca de 5 mil milhões de euros, um resultado líquido recorrente de aproximadamente 1,3 mil milhões de euros, em linha com os objetivos financeiros apresentados em maio”, lê-se no comunicado.

A EDP justifica o desempenho do semestre com o “bom resultado dos ganhos com a rotação de ativos de transmissão de eletricidade no Brasil e ativos de produção de energia eólica e solar em Itália, EUA e Canadá”. A 17 de julho ocorreu o encaixe da transação de rotação de ativos em Itália de cerca de 0,4 mil milhões de euros, “e estão previstas transações adicionais na segunda metade do ano”, indica a elétrica, no mesmo comunicado.

O aumento de 20% da produção de energias renováveis, sobretudo energia hidroelétrica em Portugal (+69%) e eólica e solar nos EUA (+13%) compensou a queda de preços grossistas de eletricidade na Europa e a forte redução da produção de eletricidade com base em combustíveis fosseis, acrescenta a elétrica.

O EBITDA recorrente aumentou 8% para os 2.670 milhões de euros. A produção eólica e solar cresceu 5% e o preço médio de venda manteve-se estável, beneficiando de subida de preços nos EUA e com a queda de preços na Europa a ser parcialmente compensada por estratégias de cobertura.

Em junho de 2024, a dívida líquida totalizava 17,4 mil milhões de euros, mais 14% face a dezembro de 2023, “refletindo a aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade”, o pagamento de dividendos no segundo trimestre e o aumento de 0,4 mil milhões do ativo regulatório em Portugal.

Já no final da semana passada, a EDP comunicou que a subsidiária de energias limpas, a EDP Renováveis, apresentou um crescimento de 163% nos lucros neste mesmo período, face aos primeiros seis meses do ano passado. Atingiu os 210 milhões de euros, suportada pela recuperação do desempenho operacional e os ganhos de rotação de ativos, apesar da subida de 64 milhões de euros dos custos financeiros.

(Artigo atualizado às 17h05 com mais informação)

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