Activobank quer captar o dobro de clientes do BCP até 2028
Activobank ambiciona superar marca dos 700 mil clientes nos próximos quatro anos, mais 75% do que tem atualmente, captando assim mais clientes do que o próprio dono, o BCP.
Parte da estratégia de crescimento do BCP para os próximos quatro anos passa pelo ActivoBank, outrora na lista de vendas, mas que agora será um dos pontas-de-lança do banco liderado por Miguel Maya. Até 2028, o ActivoBank pretende superar a marca dos 700 mil clientes ativos, apontando para um crescimento de 75% face aos cerca de 400 mil clientes que tem atualmente – mais do que o próprio BCP espera captar no mesmo período, entre 150 mil a 200 mil novos clientes.
Para alcançar este número, o ActivoBank “lançará campanhas de member-get-member, mobilizará redes de influencers em segmentos específicos e renovará as suas propostas de worksite”, de acordo com o plano estratégico 2025-2028 cujas linhas gerais foram apresentadas no final de outubro, mas só agora o banco deu a conhecer com maior detalhe.
Mais clientes significará mais negócio. O banco digital prevê crescer mais de 60% nos recursos de clientes neste período e também aumentar a sua carteira de crédito em mais de 70%, incluindo crédito pessoal e crédito à habitação.
Os resultados acumulados do Activobank neste novo ciclo deverão superar os 170 milhões de euros, prevê o plano estratégico.
Este montante corresponderá a cerca de 4% do que o BCP espera gerar em todas as geografias, não só Portugal mas também Polónia e Moçambique, num total entre quatro mil milhões e cinco mil milhões de euros.
O banco liderado por Miguel Maya já comunicou ao mercado qual será a sua política de distribuição de resultados: metade dos lucros serão distribuídos pelos acionistas, sendo que poderá aumentar a distribuição para 75% em forma de recompra de ações caso concretize determinados objetivos de capital e de negócio em Portugal, e lá fora, e tenha a autorização dos reguladores.
Há cerca de dez anos, quando BCP atravessava um período de reestruturação, o Activobank esteve perto de ser vendido a um fundo inglês Cabot Square, mas as negociações acabaram por não chegar a bom porto.
O BCP viu então no Activobank uma plataforma para captar clientes do segmento mais jovem e com maior aptidão para novas tecnologias. E chegou mesmo a falar em “potencial de internacionalização”, ideia que já não consta no atual plano estratégico.
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