5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que arrancam as negociações com os partidos sobre o Orçamento do Estado para 2025, a DBRS tem prevista uma avaliação à dívida soberana portuguesa.

Esta sexta-feira irá ficar marcada pelas reuniões do primeiro-ministro com os partidos políticos sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), bem como pela avaliação pela DBRS do rating de Portugal.

Arrancam as negociações para o OE2025

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, irá reunir-se com os partidos políticos para iniciar as negociações sobre a proposta do OE2025, que terá de ser remetido ao parlamento até ao dia 10 de outubro. O primeiro partido a ser recebido será o PAN (10h00), seguindo-se o Livre (11h00) e o PCP (12h00). Pela tarde, o BE é recebido às 14h00, a Iniciativa Liberal às 15h00, o Chega às 16h00, o PS às 17h00 e o PSD/CDS-PP às 18h30. Por ter uma posição minoritária, o Governo precisa que um dos outros maiores partidos (PS ou Chega) viabilize o documento.

DBRS avalia rating de Portugal

A agência de notação financeira DBRS tem prevista uma avaliação à dívida soberana portuguesa, após ter confirmado em janeiro o rating de Portugal em ‘A’, com perspetiva ‘estável’. A agência canadiana é a primeira a pronunciar-se no segundo semestre, após, em março, a Standard & Poor’s (S&P) ter subido a notação portuguesa de ‘BBB+’ para ‘A-‘ o que fez o rating do país atingir o patamar ‘A’ em todas as principais agências. Os calendários das agências são, contudo, meramente indicativos e estas podem optar por não se pronunciar.

Evolução das taxas de juro implícitas no crédito à habitação

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica as taxas de juro implícitas no crédito à habitação, relativas a junho. Em maio, as taxas de juro implícitas do crédito à habitação mantiveram a tendência de descida dos últimos meses, recuando pelo quarto mês consecutivo, enquanto as prestações da casa mantiveram-se no mesmo valor registado em abril (404 euros). A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação reduziu-se para 4,556% e nos contratos celebrados nos últimos três meses fixou-se em 3,845%.

Balanço do emprego e formação profissional

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, preside à sessão de apresentação do relatório anual sobre emprego e formação profissional relativo a 2023. A apresentação do documento será feita pelos seus autores, a que se segue um debate com especialistas sobre o mercado de trabalho e do emprego.

Parlamento vota pedido de audição do ex-presidente do INEM

A comissão parlamentar da Saúde vota dois requerimentos (Iniciativa Liberal e Chega) para uma audição urgente do ex-presidente do INEM, Vítor Almeida, que se demitiu uma semana após ter assumido o cargo. Vítor Almeida afirmou que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, não lhe deu garantias sobre uma proteção jurídica caso o Tribunal de Contas chumbe o ajuste direto de helicópteros e explicações sobre a demissão do anterior presidente. Será também votado o requerimento do PCP para audição urgente da ministra para esclarecimentos sobre as diligências que o Governo para garantir os meios do INEM.

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Governo garante que foi cumprida a lei no lay-off da Autoeuropa

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

"A boa notícia que também nos deram é que tinham conseguido posicionar-se para a produção, agora nesta fase do modelo híbrido e de seguida do modelo elétrico", disse o secretário de Estado.

O secretário de Estado do Trabalho defendeu esta quinta-feira a legalidade do recurso ao lay-off pela Autoeuropa, assegurando que a lei foi cumprida e que o “processo foi acompanhado pela Segurança Social e pela Autoridade para as Condições de Trabalho”.

“Cumpriu-se a lei. Não era o indeferimento ou o deferimento do pedido em termos de subsídio que estava a condicionar aqui a decisão. A decisão [da Autoeuropa] foi tomada por uma necessidade factual em junho, essa é a realidade”, disse o secretário de Estado Adriano Rafael Moreira.

“A boa notícia que também nos deram [quando a Autoeuropa reuniu com o Governo sobre o processo de lay-off] é que tinham conseguido posicionar-se para a produção, agora nesta fase do modelo híbrido e de seguida do modelo elétrico, o que significa que na competição internacional das inúmeras unidades da Volkswagen, Portugal ganhou o seu espaço. Estes investimentos irão garantir a continuidade destes postos de trabalho”, acrescentou.

O governante falava perante a Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, que concluiu a audição de sete entidades, no âmbito de um requerimento do PCP, para avaliar as consequências do lay-off junto dos trabalhadores da fábrica de automóveis e das empresas fornecedoras da Volkswagen Autoeuropa.

A fábrica da Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal, decidiu aplicar o regime de lay-off a 3.742 dos cerca de 4.900 trabalhadores da empresa, num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias em julho, no âmbito de um processo de descarbonização e alterações tecnológicas de infraestruturas da fábrica que são necessárias para a produção de novos modelos de automóveis.

Na audição, o secretário de Estado do Trabalho salientou também a importância da Autoeuropa para a economia da região e do país, lembrando que a empresa tem um histórico de um bom entendimento com a Comissão de Trabalhadores e que neste caso, de recurso ao lay-off, também houve um acordo prévio entre a administração da empresa e os representantes dos trabalhadores.

As respostas do governante e de outras entidades, designadamente da ACT e do Instituto da Segurança Social, que também foram ouvidas na comissão parlamentar, não convenceram a deputada Paula Santos, do PCP. “Não estamos perante uma situação de excecionalidade, uma situação de imprevisto, uma situação de crise empresarial; é uma empresa que tem tido lucros e, portanto, tem que assumir as suas responsabilidades e tem que investir no seu processo produtivo”, disse.

“O problema de fundo que aqui está é, de facto, esta utilização abusiva de recursos financeiros que são da Segurança Social, que são dos trabalhadores. Estamos a falar de recursos financeiros que são dos trabalhadores e, portanto, as administrações das empresas não podem olhar para a Segurança Social como uma fonte alternativa de financiamento para aquilo que pretendem fazer nas suas empresas, porque estamos a falar de verbas que têm de ser naturalmente bem geridas para salvaguardar e proteger os trabalhadores”, acrescentou.

No plano oposto, a deputada da IL, Joana Cordeiro, e o deputado Pedro Roque, do PSD, consideraram que a lei foi cumprida. “Já se percebeu que a lei foi cumprida. Podemos discutir a lei, mas isso é outro tema. Percebemos hoje que não havia matéria para andar aqui com estas questões relativamente a este processo concreto, porque a empresa cumpriu. Existe uma lei que foi cumprida”, frisou a deputada da IL.

Pedro Roque considerou que ficou demonstrado que a lei foi cumprida e congratulou-se com a decisão da Autoeuropa de continuar a investir em Portugal. “Provavelmente era muito mais fácil à Volkswagen deslocalizar a fábrica de Portugal para outro sítio – porque ficava mais perto do centro da Europa, mais perto dos mercados –, do que mantê-la aqui. Esta intenção estratégica da Volkswagen de modernizar a fábrica garante o futuro da produção, o futuro das exportações e o futuro do emprego dos trabalhadores, não só dos trabalhadores da Autoeuropa, mas de todo o parque industrial”, disse Pedro Roque.

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Novo salário mínimo nacional em Angola entra em vigor em setembro

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

A partir de setembro, o salário mínimo em Angola vai passar para 70 mil kwanzas (78,3 euros), exceto nos casos das microempresas e startups, que poderão pagar um mínimo de 50 mil kwanzas (52,7 euros).

O salário mínimo dos trabalhadores angolanos vai ser atualizado, a partir de setembro, para 70 mil kwanzas (78,3 euros), exceto nos casos das microempresas e startups, que poderão pagar um mínimo de 50 mil kwanzas (52,7 euros).

O Decreto Presidencial que estabelece a atualização da remuneração dos trabalhadores, datado de 17 de julho, entra em vigor 60 dias após a publicação do diploma. Após 12 meses da entrada em vigor, o montante do salário mínimo nacional será novamente atualizado, sendo fixado em 100 mil kwanzas (105,5 euros). O salário mínimo atual ronda os 32.000 kwanzas (cerca de 33 euros).

Entretanto, as empresas e representantes dos trabalhadores podem definir salários mínimos superiores ao previsto. Às empresas sem capacidade financeira comprovada para pagar o salário mínimo nacional definido é dada a possibilidade de solicitarem ao Governo o pagamento, temporariamente, abaixo do nível determinado, sendo que a autorização não pode ultrapassar os dois anos.

Noutro Decreto Presidencial, também de 17 de julho, foi fixado em 70 mil kwanzas o montante mínimo para pensão de reforma por velhice e o montante máximo de pensões um pouco acima dos 729 mil kwanzas (769,6 euros). O decreto estabelece o Indicador de Sustentabilidade do Sistema de Proteção Social Obrigatória, os Limites Mínimos e Máximos das Pensões e o Alargamento de Obrigatoriedade da Declaração Eletrónica das Informações Legais necessárias para requisição das prestações.

O diploma fixa o montante mínimo da pensão de sobrevivência em 70 mil kwanzas (73,6 euros) e a mesma soma para a pensão de invalidez, bem como para o abono de velhice. As pensões de reforma por velhice, de sobrevivência, de invalidez e abono de velhice de valor superior ao montante mínimo e inferior ao montante máximo são objeto de incremento de 25%, refere-se no documento.

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Braun-Pivet reeleita presidente da Assembleia Nacional francesa

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

Após a terceira ronda de votações, Yaël Braun-Pivet, de 53 anos, foi reeleita com 220 votos, contra 207 do seu rival comunista André Chassaigne.

A presidente cessante da Assembleia Nacional francesa, Yaël Braun-Pivet, da coligação presidencial Juntos (Ensemble, em francês) foi reeleita esta quinta-feira para o cargo, à frente de candidatos da esquerda e da extrema-direita.

Na sessão de abertura da Assembleia Nacional realizada esta quinta, em que os 577 deputados franceses recém-eleitos elegeram um presidente, após a terceira ronda de votações, Yaël Braun-Pivet, de 53 anos, foi reeleita com 220 votos, contra 207 do seu rival comunista André Chassaigne, único candidato da Nova Frente Popular, coligação de formações de esquerda e extrema-esquerda.

O candidato da União Nacional (RN, extrema-direita), Sébastien Chenu, ficou em terceiro lugar, com 141 votos.

Embora a coligação de esquerda Nova Frente Popular tenha um maior número de lugares no Parlamento francês, após as eleições legislativas antecipadas convocadas pelo Presidente Emmanuel Macron, não conseguiu até agora chegar a acordo sobre um nome para primeiro-ministro, enquanto os deputados de centro-direita macronistas e os da direita conservadora parecem crescentemente alinhados.

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FPF altera estatutos para incluir quota de 33,3 % de mulheres nos órgãos sociais

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

"A decisão decorre de uma lei governamental que alterou o Regime Jurídico das Federações Desportivas e que vai ser adotada pela FPF", indica o organismo. Reunião magna marcada para 3 de agosto.

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai alterar os seus estatutos de forma a respeitar a quota mínima de 33,3 % de mulheres nos seus órgãos sociais, consumando-o em reunião magna a realizar em 3 de agosto.

“A decisão decorre de uma lei governamental que alterou o Regime Jurídico das Federações Desportivas e que vai ser adotada pela FPF. Para tal, a federação vai ter de mudar os seus estatutos e submeter essas alterações à aprovação da assembleia geral extraordinária que se realiza em 03 de agosto”, explica o organismo, no seu site.

De acordo com um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República, os órgãos em causa são a direção, o Conselho Fiscal e a Mesa da Assembleia Geral. A FPF recorda que essa representatividade (33,3%) deve estar expressa em definitivo a partir de 01 de janeiro de 2026, sendo que, até lá, vigora um regime transitório que admite 20%.

No Centro de Congressos de Aveiro, local da AG, vai proceder-se a uma outra alteração estatutária que permita incluir o Walking Football e o futebol virtual no âmbito das competições organizadas pela FPF, regulamentando, desenvolvendo e promovendo estas modalidades, seguindo assim a entidade o exemplo do que fez a FIFA na sua última revisão de estatutos.

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Ex-ministro da Educação nomeado para agência europeia para educação inclusiva

  • ECO
  • 18 Julho 2024

O ex-ministro socialista vai ser diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva, a partir de janeiro do próximo ano, após concurso internacional.

O ex-ministro da Educação João Costa vai ser diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva, a partir de janeiro de 2025, noticia o Observador.

A Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva é uma organização independente que atua como uma plataforma de colaboração para os seus 31 países membros, em matéria de necessidades especiais e de educação inclusiva.

Ao Observador, o ex-ministro socialista adianta que foi nomeado depois de se ter candidatado a um concurso a que concorreram cerca de 30 candidatos, tendo focado a sua candidatura sobretudo na área da integração de alunos que não tenham as línguas oficiais do ensino que frequentam como línguas maternas.

João Costa vai substituir o atual diretor, Cor JW Meijer, que está no cargo há 20 anos, na agência tem como objetivo melhorar as políticas e as práticas educacionais dirigidas a alunos com incapacidades e necessidades educativas especiais.

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Lítio. Câmara de Montalegre admite recorrer após rejeição de providência cautelar

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

A autarquia relembra que existe uma ação principal a decorrer que “é independente da providência cautelar” rejeitada esta quinta-feira pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela.

A Câmara de Montalegre adiantou esta quinta-feira que pensa recorrer da decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Mirandela, relembrando que está a decorrer uma ação principal independente para impedir a exploração de lítio na mina do Romano. A presidente do município, Fátima Fernandes, afirmou ter tomado conhecimento do acórdão através da comunicação social, assegurando que este será analisado pelos advogados da autarquia para avançar com o recurso.

“Vamos analisar o entendimento [do juiz], sendo certo que estamos a pensar recorrer dessa decisão”, afirmou a autarca, em declarações à agência Lusa. Fátima Fernandes relembrou, a este propósito, que existe uma ação principal a decorrer que “é independente da providência cautelar”.

“Aquilo que o Tribunal entendeu é que a DIA [Declaração de Impacte Ambiental], individualmente considerada, não iria permitir nada de muito substantivo, por isso, não haveria, para já, danos que não pudessem ser revertidos no procedimento de conformidade do processo de execução. Ficamos a aguardar, sendo certo que continua a ação principal e, depois, vamos ver o que é que se apura”, reiterou.

O município de Montalegre tinha apresentado uma providência cautelar contra a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a pedir a suspensão da eficácia da DIA emitida pela APA, em setembro de 2023, referente ao projeto de exploração de lítio da empresa Lusorecursos Portugal Lithium para aquele concelho.

No acórdão, datado de quarta-feira e consultado pela Lusa, o TAF de Mirandela julgou o processo cautelar improcedente e, em consequência, indeferiu a providência cautelar requerida. O juiz considerou não haver “qualquer alcance permissivo da DIA isoladamente considerada”, justificando que a fase de construção “está ainda dependente, primeiro que tudo, do procedimento de conformidade do projeto de execução com a DIA e, depois, de um ato de licenciamento da Direção-Geral de Energia e Geologia”.

O tribunal concluiu, assim, que não se mostrava preenchido o “periculum in mora”, um dos requisitos necessários para a concessão da providência cautelar, por não haver “fundado receio da constituição de uma situação de facto consumado ou da produção de prejuízos de difícil reparação para os interesses que o requerente visa assegurar no processo principal”.

Contudo, a Câmara de Montalegre continua preocupada com os impactos negativos da concessão mineira prevista para aquele concelho do distrito de Vila Real. “As nossas preocupações mantêm-se, em primeiro lugar, com a quantidade de água que é necessária para por a laborar aquela mina e, portanto, com as questões ambientais a ela associadas, mas também com o facto de esta DIA ter fracionado um projeto que era uno, [o que] não percebemos como é que pode ser”, alertou Fátima Fernandes.

Apesar de respeitar o entendimento do TAF de Mirandela, a autarca promete “agir em conformidade” e continuar “atenta” para “defender o território, as pessoas e, principalmente, as questões ambientais e a identidade” de um concelho que está classificado como Património Agrícola Mundial.

A mina do Romano, em Montalegre, um dos projetos que originaram a investigação sobre um alegado favorecimento no negócio do lítio e que levaram à demissão do primeiro-ministro, obteve em setembro de 2023 uma DIA favorável condicionada por parte da APA, que impôs a alocação de royalties, medidas compensatórias para as populações locais e de minimização para o lobo-ibérico.

A concessão mineira do Romano foi assinada em 28 de março de 2019 entre a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a Lusorecursos Portugal Lithium, uma empresa constituída três dias antes da assinatura do contrato. A Lusorecursos já disse que tenciona iniciar a exploração mineira em 2027.

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Porto de Sines cresceu 14% em carga movimentada no primeiro semestre

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

O terminal de contentores de Sines - Terminal XXI representou, no primeiro semestre, 50% do volume total de carga do porto, seguido pelo terminal de granéis líquidos com 43%.

O porto de Sines registou, no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 14% em carga movimentada em relação ao período homólogo, com destaque para a carga contentorizada, segundo um comunicado divulgado esta quinta-feira.

De acordo com a nota da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, a infraestrutura “encerrou o primeiro semestre de 2024 com um crescimento homólogo de 14% no total global de carga movimentada, destacando-se a carga contentorizada, com um crescimento homólogo de 25%, a que corresponde uma movimentação da ordem dos 989.000 TEUs”, medida de contentores em que um TEU corresponde a um contentor de 20 pés.

Segundo a entidade, “o Terminal de Contentores de Sines – Terminal XXI reclama para si 50% do volume total de carga do porto, seguido pelo Terminal de Granéis Líquidos com 43%”.

Por sua vez, o Terminal Multipurpose, “que começa a dar os primeiros passos no sentido da recuperação da perda dos volumes associados ao carvão” registou um “crescimento de 74%, face ao mesmo período de 2023, correspondendo a 303.000 toneladas”. Este terminal tem movimentado cargas como “minério de ferro, diferentes cargas de projeto, gesso, ureia ou granulado de madeira”, disse a APS.

As exportações cresceram 7% em termos homólogos, indicou ainda. “Espera-se que 2024 seja um ano de franco crescimento no porto de Sines, principalmente ao nível da carga contentorizada” onde se prevê que “registe a marca dos 2 milhões de TEUs”, rematou.

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Câmara de Lisboa quer que aumento da taxa turística entre em vigor em setembro

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

A autarquia debate esta sexta-feira a proposta de aumento do valor da taxa turística de dormida, de dois para quatro euros por noite.

A Câmara de Lisboa discute na sexta-feira a proposta de aumento do valor da taxa turística de dormida, de dois para quatro euros por noite, após consulta pública, pretendendo a entrada em vigor “a partir de 01 de setembro”. Depois de terminado o período de consulta pública sobre esta proposta da liderança PSD/CDS, o executivo camarário vai apreciar o documento final, em reunião privada, para depois, se aprovado, ser submetido à assembleia municipal.

A proposta apresentada a consulta pública, por um período de 30 dias, mantém-se inalterada quanto à ideia de aumentar o valor da taxa turística de dormida, passando de dois para quatro euros, por hóspede e por noite. O documento inclui também a atualização da taxa turística de chegada por via marítima, de um para dois euros, por passageiro, ainda que o valor que agora se propõe atualizar é o que começou a ser aplicado este ano, com o início da cobrança desta taxa aos passageiros de cruzeiro.

Segundo a proposta a que Lusa teve acesso, a câmara pretende “a entrada em vigor da Taxa Municipal Turística de Dormida a partir de 01 de setembro e da Taxa Municipal Turística de Chegada por Via Marítima no dia seguinte ao da publicação da alteração ao Regulamento em Diário da República”.

Em 17 de abril, o executivo municipal aprovou a proposta de PSD/CDS-PP para submeter estas alterações a consulta pública, com a abstenção do PCP e os votos a favor dos restantes vereadores, designadamente os proponentes, PS, Livre, Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e BE, segundo fonte do município.

A propósito da discussão do documento final na sexta-feira, o PS avisou que a taxa turística “não pode servir para remendar as contas da autarquia”, exigindo à liderança PSD/CDS que clarifique o “destino do adicional de 40 milhões de euros”, resultante do aumento proposto.

“Tal como no passado, impõe-se um plano que minimize os impactos do turismo na cidade, reforçando as verbas destinadas à higiene urbana, à fiscalização do alojamento local e da lei do ruído, mais investimento na Carris, e alívio da pressão nas zonas sobrecarregadas de Lisboa”, defendem os vereadores do PS.

Os socialistas referem ainda que o aumento da taxa turística representa uma evolução na posição do presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), porque “fez campanha defendendo a sua redução para metade e acaba a duplicar o valor”.

Confrontado com essa mudança de posição, uma vez que, em maio de 2021, enquanto candidato à presidência da Câmara de Lisboa, num momento de recuperação da economia na sequência da pandemia de covid-19, admitiu reduzir a taxa turística, Carlos Moedas defendeu-se: “Fui fiel ao que disse. Analisei muito bem o tema. Na altura vivamos um período de saída da crise covid com grandes impactos económicos. Hoje, a realidade é outra, com outras cidades a praticarem uma taxa turística muito elevada à nossa”.

No âmbito da proposta de aumento do valor, a vereação do PS acusa PSD/CDS de se ter recusado, nos últimos três meses, a clarificar o destino da receita proveniente da taxa turística.

O PS acompanha favoravelmente o novo valor da taxa turística, mas exige que esse ponto seja clarificado, mais ainda quando se corre o risco deste aumento ter como objetivo compensar os cada vez mais notórios problemas de tesouraria e liquidez da autarquia”, apontam os socialistas, lembrando que “só nos primeiros seis meses deste ano” a Câmara de Lisboa contraiu dois empréstimos no valor de 133 milhões e pelos quais aceitou pagar 43 milhões adicionais em juros.

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Compra da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa aguarda saída do WOF

O acordo de princípio já terá sido alcançado, por um valor ligeiramente inferior aos 2,6 euros por ação previsto em novembro, mas a sua formalização só terá lugar quando o WOF sair do capital da GM.

O Governo estará a aguardar que o World Opportunity Fund (WOF) saia da Páginas Civilizadas, e por esta via do Global Media Group, para efetivar a compra das participações de 22,35% e de 23,36% destas duas empresas na Lusa.

O acordo de princípio já terá sido alcançado, por um valor ligeiramente abaixo dos 2,6 euros por ação previsto em novembro – o que somaria cerca de 2,53 milhões –, mas a sua formalização só terá lugar quando o fundo que ainda detém 51% do capital social da Páginas Civilizadas, que por esta via detém uma participação indireta de 25,63% no grupo ainda dono do Jornal de Notícias e da TSF, sair ou capital da empresa.

A compra da participação do WOF, que permitirá a Marco Galinha voltar a controlar a totalidade do capital da Páginas Civilizadas, estará por sua vez dependente da concretização da venda da TSF, do Jornal de Notícia e do Jogo, o que, tal como o +M avançou no final de junho, está prevista para a próxima semana.

As três operações podem dar-se quase em simultâneo, apontam as fontes ouvidas pelo +M, pelo que o Estado estará em vias de reforçar a sua presença na agência de notícias da qual já é, recorde-se, o acionista maioritário, com 50,15%.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, tinha avançado, há cerca de um mês, que considerava a compra das ações da Lusa detidas pela Global Media Group (GMG) “uma prioridade absoluta”, mas alertava que o Estado “não pode pagar mais do que o preço justo”.

As declarações do ministro eram então citadas num comunicado do Sindicato de Jornalistas, que reuniu com o governante numa audiência pedida a propósito dos atrasos nos pagamentos aos trabalhadores a recibos verdes do GMG.

Também na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito da audição regimental, Peddro Duarte afirmou que o Estado deve ser “inequivocamente maioritário” na estrutura acionista da agência de notícias.

O governante elencou alguns princípios, destacando o primeiro: “Queremos uma Lusa em que o Estado seja inequivocamente majoritário no seu capital”. O ministro salientou que não há mais nenhuma agência de notícias em Portugal e “aí o Estado tem de estar”, trata-se do “último reduto” perante as ameaças que hoje existem em termos de desinformação, informações que não são corretas e rigorosas.

O Executivo avança assim com a solução também defendida quando a pasta da comunicação social estava entregue a Pedro Adão e Silva, no governo PS, e que caiu à última hora por não ter o acordo do maior partido da oposição.

O PSD confirma que tem sido informado das negociações em curso, mas não deu qualquer concordância ao negócio. De resto, entende que face à sensibilidade da matéria deveria ser decida pelo próximo Governo”, afirmava na altura fonte do PSD ao +M/ECO, horas antes de o Governo anunciar que o sem um “compromisso político alargado” para a compra das participações de 45,7% na Lusa, deixavam de estar “reunidas as condições para concluir a operação”.

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Brian Lesser é o novo CEO do GroupM a nível global

  • + M
  • 18 Julho 2024

Não é a primeira vez que Brian Lesser integra a WPP, grupo onde trabalhou durante cerca de 10 ano. Entre 2015 e 2017 desempenhou as funções de CEO do GroupM para a América do Norte.

Brian Lesser é a nova aposta da WPP para ocupar o cargo de CEO do GroupM a nível global. Sucede assim a Christian Juhl, que desempenhou a função durante cinco anos e que passa agora para presidente da WPP responsável pelo desenvolvimento corporativo.

Não é a primeira vez que Brian Lesser integra a estrutura da WPP, grupo onde trabalhou durante cerca de 10 anos. Entre 2015 e 2017 chegou a desempenhar o cargo de CEO do GroupM para a América do Norte.

A primeira experiência de Lesser na WPP deu-se com a aquisição da 24/7 Real Media em 2007. Criou depois o Media Innovation Group, onde desenvolveu para o GroupM produtos e tecnologia de publicidade direcionada. Em 2011 fundou a Xaxis, uma plataforma programática de compra de media que agora faz parte do GroupM Nexus.

O Brian é um dos executivos mais conceituados do setor, com um histórico de sucesso em marketing baseado em dados e tecnologia. O GroupM, as suas agências e as suas pessoas brilhantes são, em muitos aspetos, o motor da WPP. O Brian não só conhece o GroupM de dentro para fora, como também tem uma forte visão para o futuro do negócio. Estamos muito contentes por recebê-lo de volta na WPP”, diz Mark Read, CEO da WPP, citado em comunicado.

Referindo que a WPP e o GroupM são para si “organizações especiais”, Brian Lesser diz-se “entusiasmado” por voltar ao GroupM, agora como CEO. “Estou ansioso para construir em conjunto com os meus talentosos colegas, colaborar com os nossos parceiros da indústria e investir com o nosso fantástico portefólio de clientes a nível global“, acrescenta.

Lesser foi ainda CEO da AT&T Advertising and Analytics (atual Xandr). Chegado da InfoSum, onde é chairman e CEO desde 2020, segundo a sua página de LinkedIn, assume agora as novas funções de CEO do GroupM a partir de setembro deste ano, altura até à qual conta com a ajuda de Christian Juhl no processo de transição.

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Obama acredita que Biden deve repensar futuro da candidatura

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

O ex-presidente dos EUA acredita, segundo o Washington Post, que as possibilidades de vitória de Biden nas eleições presidenciais de novembro "foram consideravelmente reduzidas".

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama (2009-2017) disse aos seus círculos mais próximos que o atual Presidente, Joe Biden, deve “reconsiderar seriamente” o futuro da sua recandidatura, avança esta quinta-feira o jornal The Washington Post.

Segundo o jornal da capital norte-americana, que cita fontes que têm acompanhado o processo e que falaram na condição de anonimato, Obama acredita que as possibilidades de vitória de Biden nas eleições presidenciais de novembro “foram consideravelmente reduzidas”.

Obama falou com Biden apenas uma vez desde o debate com o ex-presidente republicano Donald Trump – que levantou amplas questões sobre a idade do líder democrata e as suas capacidades para enfrentar um segundo mandato – e tem deixado claro em conversas privadas que o futuro da candidatura de Biden é uma decisão que cabe só ao atual Presidente tomar. Obama terá manifestado, em círculos fechados, preocupação com os números apresentados nas sondagens, que dão uma vitória clara a Trump, e com o facto de alguns doadores estarem a abandonar o Presidente, segundo o diário.

Nos bastidores, Obama tem estado profundamente envolvido em conversas sobre o futuro da campanha de Biden, atendendo telefonemas de muitos democratas ansiosos, incluindo a ex-presidente da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) Nancy Pelosi, indicou o The Washington Post.

Em público, Pelosi, influente líder democrata, tem sido enigmática nas suas declarações públicas sobre o futuro de Biden. Contudo, em privado, alertou o Presidente que não conseguirá derrotar Donald Trump nas presidenciais e que perderá o Congresso para os republicanos, noticiou esta quinta a CNN. Esta conversa privada somar-se-ia àquelas que Biden também manteve nos mesmos moldes com os líderes democratas no Senado (câmara alta), Chuck Schumer, e na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries – o sucessor de Pelosi.

Tanto Schumer como Jeffries alertaram Biden que a sua candidatura põe em perigo a atual maioria democrata no Senado e dificulta a recuperação da Câmara dos Representantes, segundo o The Washington Post. Pelo menos 23 legisladores democratas (22 congressistas e um senador) pediram publicamente a Biden que renunciasse à sua candidatura e entregasse a nomeação a outra pessoa, mas o Presidente tem sido persistente na sua intenção de continuar na corrida à Casa Branca.

Biden afirmou numa entrevista à BET News, publicada na quarta-feira, que reconsideraria a sua decisão de continuar a campanha para as eleições de novembro se um médico lhe diagnosticasse um problema de saúde grave. Joe Biden está atualmente isolado na sua residência em Delaware depois de testar positivo à covid-19 na quarta-feira, forçando-o a cancelar eventos de campanha.

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