Tesouro corta desconto no juro do crédito bonificado para compra de casa

Taxa de referência baixa 0,25 pontos, de 4,504% para 4,255%, no segundo semestre do ano, para os empréstimos dos regimes bonificados, segundo um aviso publicado em Diário da República.

O Estado decidiu cortar em 0,25 pontos percentuais o desconto nos juros dos créditos bonificados para compra de casa. A taxa de referência para o segundo semestre do ano baixou de 4,504% para 4,255%, refletindo, assim, a trajetória de descida da Euribor a seis meses, segundo um aviso assinado pela subdiretora-geral do Tesouro e das Finanças, Maria de Lurdes Castro, e publicado esta segunda-feira em Diário da República.

“A taxa de referência para o cálculo das bonificações (TRCB) a vigorar entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2024 é de 4,255%”, lê-se no diploma. Este valor é inferior ao do semestre anterior, que se situava em 4,504%. Na prática, a TRCB é um “desconto” que é aplicado sobre a taxa de juro de mercado que está associada aos empréstimos bancários que beneficiam deste regime.

Apesar da descida de 0,249 pontos percentuais face à taxa que vigorava no semestre passado, a taxa (4,255%) praticamente equipara-se à que foi aplicada no período homólogo de 2023, isto é, nos últimos seis meses do ano passado: 4,221%.

De lembrar que estes descontos são bem superiores aos do primeiro semestre de 2023. Entre 1 de janeiro e 30 de junho do ano passado, a taxa era de penas 2,906%.

A TRCB é definida semestralmente pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças que tem como base a Euribor a seis meses no primeiro dia útil do mês anterior ao início do semestre acrescida de um spread de 50 pontos base.

O crédito com juros bonificados para compra de habitação própria e permanente ou para obras de conservação ou de beneficiação do imóvel aplica-se a pessoas portadoras de deficiência, com um grau de incapacidade superior a 60%. Desde 2002, os bancos não estão obrigados a conceder empréstimos ao abrigo deste regime. No entanto, é possível pedir a conversão mais tarde.

A mudança do regime geral para o regime de crédito bonificado só é realizada até ao montante máximo de 190 mil euros, valor que é atualizado, desde 2015, com base na taxa de inflação e desde que o rácio entre o capital em dívida e o valor do imóvel não seja superior a 90%.

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Euribor a seis meses cai para mínimos de um ano

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

As taxas usadas no cálculo da prestação da casa continuam a cair. A Euribor a seis meses, o indexante mais usado em Portugal, baixou para o valor mais baixo do último ano.

As taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa continuam a cair. No caso da Euribor a seis meses, o indexante mais usado em Portugal nos contratos de empréstimo à habitação com taxa variável, baixou esta segunda-feira para o valor mais baixo desde julho do ano passado.

  • A taxa Euribor a seis meses baixou para 3,635%, menos 0,027 pontos e um novo mínimo desde 12 de maio de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu para 3,662%, menos 0,002 pontos e um novo mínimo desde 20 de julho de 2023, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou para 3,522%, menos 0,042 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se na quinta-feira. Os investidores antecipam uma manutenção das taxas nesta reunião, mas uma nova descida na reunião de setembro e depois outra em dezembro.

O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

Uma descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Com a responsabilidade de saber que tem de contribuir positivamente para a sociedade, João Pedro Clemente, da Coca-Cola, na primeira pessoa

China, Singapura, Brasil ou Japão são alguns dos países percorridos por João Pedro Clemente ao longo da sua carreira. O responsável de marketing da Coca-Cola tem agora um novo desafio: ser pai.

“A Coca-Cola é uma marca com um impacto tal na sociedade que tudo aquilo que fazemos pode ter um impacto bom ou menos bom, portanto temos sempre de pensar muito bem para que tenha um impacto positivo. Esse é o principal papel quando se trabalha uma marca como a Coca-Cola: a responsabilidade de saber que temos de contribuir positivamente para a sociedade porque o peso da sociedade já lá está, e esse é incontornável“, considera João Pedro Clemente, responsável de marketing da Coca-Cola em Portugal.

Numa conversa com o +M, poucos dias depois de a Coca-Cola ter promovido um concerto “único” da artista Karol G em Lisboa, que “não vai acontecer em mais nenhum país da Europa”, João Pedro Clemente explica que trabalhar uma das marcas mais conhecidas do mundo (se não a mais conhecida), além de uma “grande responsabilidade”, é também um “privilégio”.

“Há coisas que não basta querer, é preciso ter toda uma série de condições para poder fazer. E a marca Coca-Cola, pela sua relevância, efetivamente traz e permite muita coisa, que com outras marcas é difícil fazer. Algo único da Coca-Cola é que deve ser das poucas marcas que realmente consegue falar e ser relevante para todos os consumidores. A Coca-Cola é para mais velhos, é para mais novos, é para homens ou mulheres, é realmente algo único”, afirma.

Aliás, a Coca-Cola foi mesmo a responsável por levar João Pedro Clemente a escolher uma carreira no marketing. É que depois de terminar a licenciatura em Gestão, na Universidade Católica, já tinha “alguma ideia” de que queria ir para a área de marketing, mas achou por bem ter primeiro uma experiência profissional nessa área.

Acabou por entrar na Coca-Cola (pela primeira vez) em 2011 como marketing trainee, período que coincidiu com a celebração dos 125 anos da marca, pelo que teve a “oportunidade” de realmente conhecer a história e o ADN da marca. “Tive o privilégio de ter uma primeira experiência no marketing em cheio e a verdade é que estive lá por volta de nove meses e foi no fim dessa experiência que percebi que era claramente a área do marketing que queria seguir“, diz.

Voltou então para a Católica para fazer o mestrado com especialização na área do marketing, ao que se seguiu a entrada na Gallo Worldwide, num programa de trainees “bastante diversificado”, com uma duração de 18 meses, que permitia desempenhar diferentes funções, em diversas áreas e em diferentes países, em períodos de seis meses. Depois deste programa, viria mesmo a integrar a Gallo Worldwide, sempre trabalhando mercados internacionais.

Logo numa fase inicial da sua carreira – e sendo o Brasil um dos maiores mercados da marca Gallo – João Pedro Clemente esteve deslocado durante seis meses em São Paulo para “entender a cultura daquilo que era um dos consumidores mais relevantes para a marca a nível global”. Mas foi também no país brasileiro que enfrentou um “choque cultural“.

“Posso dizer que foi uma experiência surpreendente no sentido de que muitas vezes acreditamos que existe uma grande semelhança – por todas as coisas que temos em comum – com a cultura do Brasil, mas na verdade tive um choque cultural muito grande. Enquanto nós entendemos o idioma com alguma facilidade, eu quando cheguei lá a falar português de Portugal não me fazia entender tão bem como eu acreditava antes de ir, e houve ali um processo de adaptação ao início”, refere.

No entanto, “foi uma experiência incrível, porque realmente deu para perceber, nos mais diversos aspetos, que por mais que nós pensemos que sim, até ver os consumidores de perto nós não os conhecemos. Foi logo uma grande lição para a minha carreira, que é a de não subestimar as diferenças culturais que existem“.

No âmbito do seu percurso profissional na Gallo Worldwide teve a oportunidade de visitar muitos outros países como China, Singapura, Arábia Saudita, Indonésia ou Japão. E foi precisamente com os mercados asiáticos que João Pedro Clemente teve novamente um “banho de realidade“, ficando com a certeza de que “é preciso conhecer os consumidores em vez de às vezes se trabalhar sobre o suposto ou até preconceitos que existem“, defende.

Quando trabalhamos uma marca global é fundamental olharmos para todo o nosso marketing mix e pensar qual é a resposta que a marca tem mais adequada para as necessidades do consumidor naquele mercado. Não pôr em causa a consistência estratégica da marca, mas ter a flexibilidade e agilidade de adaptar tudo aquilo que seja possível no marketing mix para maximizar a relevância local“, considera ainda.

A certa altura, João Pedro Clemente decidiu que queria trabalhar o mercado do país onde vivia pelo que, dentro do mesmo grupo, foi para a Jerónimo Martins Distribuição (JMD), cujo modelo de negócio é “distribuir marcas internacionais cá em Portugal e fazê-las crescer e desenvolver”.

Poucos anos depois, no âmbito de uma restruturação da Coca-Cola, teve a oportunidade de voltar a juntar-se à marca que o fez enveredar pelo marketing, sendo o responsável de marketing em Portugal desde há três anos. O desafio passa por conseguir que tanto marcas tão estabelecidas como a própria Coca-Cola, como outras lançadas recentemente como a Royal Bliss, consigam “vingar, ganhar tração e relevância, crescer e responder às necessidades dos consumidores portugueses“.

Para lá do tempo dedicado ao marketing e ao trabalho, o responsável da Coca-Cola gosta também de praticar desporto. Tendo sido incentivado desde pequeno à prática desportiva, João Pedro Clemente faz desporto de competição desde os 15 anos. “O desporto é uma verdadeira paixão e é algo que moldou a pessoa que sou ao nível de hoje, tanto a nível pessoal como profissional“, afirma.

Depois de praticar polo aquático durante mais de 10 anos – desporto que deixou por falta de disponibilidade – começou a jogar padel, tendo-se federado e começado a jogar em competição. Nos últimos cinco anos passou a fazer triatlo, naquele que é um estilo de competição um pouco diferente, “onde mais do que querer ganhar um jogo é querermos continuar desafiarmo-nos a nós mesmos”.

À parte do trabalho e do desporto, o (pouco) tempo que sobra é passado com os amigos e a família, o que pode ser feito tanto através de “almoçaradas e jantaradas” como de idas à praia ou a festivais e concertos.

A questão da família adquiriu todo um outro significado e passou a representar uma “fatia maior” recentemente, o que levou a que agora seja “menos praia e menos festivais de música”. É que, há dois meses, João Pedro Clemente foi pai pela primeira vez, de uma menina chamada Maria Helena.

É uma nova etapa, tem naturalmente os seus desafios, mas sem dúvida também se pode aplicar a palavra paixão nesta fase que estou da minha vida pessoal, numa forma um bocadinho mais pequenina e concentrada, mas com toda uma outra dimensão ainda maior“, diz.

A experiência da paternidade está também novamente a ensinar a necessidade de “sair da zona de conforto constantemente” e de “saber lidar com algo sobre o qual não se tem controlo”. “Obriga sempre a uma adaptação constante e a reiventarmo-nos um bocadinho, é super estimulante, estou a adorar esta primeira experiência como pai”, relata.

A gastronomia também assume um papel importante na sua vida. “Sou uma pessoa que aprecia boa comida e que adora comer bem. Um bom almoço ou jantar fora, principalmente ao pé da praia, é algo que ajuda sempre a espairecer e a energizar”, diz. Como pratos de eleição elege camarão tigre grelhado, com um pouco de limão, e um naco de carne na pedra com um bocadinho de sal e ervas. “São dois pratos que se forem bem feitos não precisam de muita coisa e fazem-me extremamente feliz”, acrescenta.

João Pedro Clemente em discurso direto

1. Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

No que diz respeito a campanhas internacionais, tenho de falar da Barbie, o rebranding mais bem-sucedido dos últimos anos. Todos os que trabalham marketing lutam para tentar passar uma mensagem num vídeo de 30” ou menos e aqui, fizeram um autêntico all-in ao lançar um filme com estrelas de Hollywood com um plano muito bem trabalhado.
Relativamente a campanhas locais, tenho de viajar 47 anos atrás de volta ao lançamento da Coca-Cola em Portugal com o slogan criado por Fernando Pessoa, “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Não sendo o slogan mais “sexy” e muito menos “marketiniano”, este confere a ligação profunda que a marca cria com os consumidores, e é tão icónico que ainda hoje é utilizado em contextos completamente alheios à marca.

2. Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Atualmente, dada a evolução exponencial da sociedade, um marketeer é exposto a mais informação que nunca, mas também a novas oportunidades seja pelas mudanças no comportamento do consumidor, ou pelas ferramentas disruptivas que podemos usar no marketing. Nesse contexto, é mais difícil escolher as oportunidades que realmente acrescentam valor às marcas e aos consumidores a médio-longo prazo. Portanto, é crucial para um marketeer definir prioridades, e decidir quais as oportunidades a investir seriamente e quais deixar passar de forma consciente.

3. No (seu) top of mind está sempre?

Ser melhor. Melhor pai, marido, amigo, profissional, desportista, entre outros aspetos relevantes da minha vida. Desde cedo fui incentivado pelo meu pai a praticar desporto, até descobrir o polo aquático, que me introduziu ao mundo da competição. Na competição, aprendi que treinar é essencial para sermos melhores e que só com uma mentalidade de treino e crescimento, podemos atingir os nossos objetivos. Essa mentalidade ajuda-me em todos os aspetos e também evoluiu com o tempo. Na vida profissional, por exemplo, não posso fazer duas campanhas de verão ou Natal sem melhorar algo em relação ao ano anterior.

4. O briefing ideal deve…

No início da minha carreira, tive um chefe que me fez reescrever um briefing mais vezes que outro qualquer porque, para que ele, uma a duas páginas de Word, tinha que ser suficiente independentemente da complexidade do desafio. Hoje, com mais alguns anos de experiências, e apesar de todas as mudanças no mundo do marketing, um bom briefing ainda precisa de um objetivo bem definido, um problema claro, um público-alvo, guias sobre a marca e contexto necessário para que quem recebe o briefing entenda a marca e o público-alvo. Agora também sou defensor que, se um briefing exceder duas páginas, a mensagem não está concisa e/ou as palavras não foram escolhidas criteriosamente.

5. E a agência ideal é aquela que…

A agência ideal deve combinar criatividade e inovação com um forte racional estratégico e, para poder ser estratégica, é obrigatório ter um profundo conhecimento da marca. A equipa deve compreender profundamente a marca, os seus valores, público-alvo e objetivos de negócio. Com isto, deve saber traduzir este conhecimento em campanhas eficazes e relevantes, nunca perdendo a capacidade de trazer ideias originais e dinâmicas. Finalmente, a agência deve ter excelente comunicação e espírito colaborativo para poder ser ágil na hora da execução sem comprometer a ideia inicial.

6. Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

São as duas igualmente importantes, o que é fundamental é saber quando é a altura ou campanha certa para jogar pelo seguro e quando devemos arriscar. Lembro-me de no pós-Covid, todas as conversas andarem à volta do que vai mudar e a preocupação do que as marcas têm de mudar para acompanhar as tendências até que, num determinado estudo, saiu que estávamos a viver um período de incerteza e consequentemente, era importante para o consumidor saber as coisas (marcas neste caso) que não iam mudar porque respondem às suas necessidades e eles confiam nelas. Posto isto, há alturas certas para tudo, o importante é ter um bom pulso do que está a acontecer no mercado e tendências do consumidor de modo a perceber as suas necessidades e trabalhar para aumentar a relevância das marcas.

7. O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Confesso que o budget, a meu ver pelas várias empresas onde trabalhei, não é o principal fator que nos limita no marketing. Temos exemplos de campanhas incríveis feitas com pouco budget, como temos campanhas feitas com níveis de budget astronómicos cujo resultado está longe de ser espetacular. Portanto, se pudesse ter algo ilimitado seria ambição porque aí sim acredito que, quanto maior é a ambição (do cliente e agência) melhor é o resultado. E, se pudesse pedir algo mais, mesmo que não fosse ilimitado, seria tempo, para poder extrair o melhor de cada pessoa na construção de uma campanha e analisar os resultados com o mesmo afinco.

8. A publicidade em Portugal, numa frase?

A publicidade em Portugal é, mais do que nunca, uma publicidade sem fronteiras. Para além de termos cada vez mais talentos portugueses a desenvolver e participar em campanhas internacionais de marcas globais, o que é fenomenal, temos diversas marcas globais a utilizar Portugal como palco de campanhas internacionais. Temos o exemplo de Coca-Cola que, tanto no Natal passado em Cascais com Merry Birthday, como agora no verão com Karol G e Coke Studio em Lisboa, foram criados conteúdos em território nacional para o mundo e devemos orgulhar-nos disso.

9. Construção de marca é?

Criar uma identidade única tal como a nossa. Uma identidade que seja reconhecível por todas as variáveis do marketing mix e, tal como as pessoas estabelecem relações de amizade ou amorosas porque sentem que a outra pessoa acrescenta valor à sua vida, uma marca só se constrói se tiver um papel e valor claro na vida do consumidor. Uma vez tendo isto claro, uma marca de qualquer setor, é um conjunto das experiências que proporciona aos seus consumidores logo, para construir esta identidade que temos pensada, temos de garantir que, a mesma se reflete nas diversas interações com o consumidor ao longo do tempo.

10. Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Acho que seria arquiteto. Lembro-me perfeitamente de ter feito um trabalho no liceu que consistia em desenhar o edifício que nos apetecesse com a técnica de pontos de fuga. Diria que foi dos trabalhos que mais gostei de fazer e tive uma excelente nota com aquilo que era a casa dos meus sonhos. Isto foi no nono ano e até equacionei seguir a carreira de arquiteto, mas segui marketing e adoro o que faço.

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“À Prova de Futuro”. Ouça o novo podcast sobre empresas e tecnologia

No novo podcast do ECO, Sandra Maximiano, presidente da Anacom, fala sobre os desafios e as oportunidades que as novas tecnologias trazem no campo da cibersegurança.

A cibersegurança é o tema em destaque na estreia do “À Prova de Futuro”, o novo podcast do ECO com o apoio da Altice Empresas, nomeadamente o papel da regulação e das empresas para atenuar os riscos que as novas tecnologias acarretam.

Mas antes, uma apresentação: o novo podcast do ECO é dedicado à tecnologia e às empresas. Vamos falar sobre como as empresas — sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes — têm de se preparar e adaptar para estarem prontas para as novas tendências tecnológicas. Vamos analisar também como podem criar estratégias para ganharem vantagem competitiva através da tecnologia.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou através deste link.

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A primeira entrevista é com Sandra Maximiano, presidente do Conselho de Administração da Anacom, a Autoridade Nacional das Comunicações.

Sandra Maximiano, Presidente do Conselho de Administração da ANACOM, em entrevista ao podcast do ECO "À prova de Futuro" - 10JUL24
Sandra Maximiano, Presidente do Conselho de Administração da ANACOM, em entrevista ao podcast do ECO “À prova de Futuro”Hugo Amaral/ECO

 

Destaque ainda para os empreendedores na rubrica “Gestores sem medo” e uma conversa com Rui Shantilal, managing partner da DevoTeam Cyber Trust.

Rui Shantilal, Managing Partner da Devoteam Cyber Trust, em entrevista ao podcast do ECO "À prova de Futuro" - 10JUL24
Rui Shantilal, Managing Partner da Devoteam Cyber Trust, em entrevista ao podcast do ECO “À prova de Futuro”Hugo Amaral/ECO

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#29 O final perfeito e a crueldade. Foi um prazer, Euro 2024

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

A Espanha ganhou o Euro 2024 e dizem que o futebol venceu. E venceu, depois de um Lamine Yamal e Nico Williams abençoarem os relvados alemães com pura magia. Venceu depois de Rodri, Fabián Ruiz e Dani Olmo dominarem o meio-campo. Venceu por Pedri e Gavi, que deram tanto e lesionaram-se. Venceu por Marc Cucurella, de criticado e patinho feio a amado pelos adeptos. Venceu pelo atrativo e ofensivo estilo de jogo de Luis de la Fuente. Contudo, também foi cruel, como sempre tem sido para Harry Kane e Inglaterra. Quase que parece um grito do universo: o futebol não vai para “casa”, porque o futebol é de todos.

Os quatro cantos da final

Do económica à primeira classe

É comum, numa final, haver uma entrada mais cautelosa, pois ninguém quer dar um pé em falso. A primeira parte foi assim: pouco futebol, poucas oportunidades e um ritmo mais baixo (favorável à Inglaterra). A Inglaterra esteve sólida a nível defensivo e a controlar o jogo sem bola (John Stones em bom plano), condicionando o meio-campo da Espanha (Foden atento a Rodri) e o seu processo ofensivo. A resposta espanhola passava porventura por uma maior iniciativa dos defesas-centrais na construção (Laporte em condução) e recuo de Morata para dar superioridade e apoiar os colegas.

A segunda parte começou ligada à corrente – golo de Nico Williams e assistência de Lamine Yamal. Viu-se uma Espanha melhor, apostando na capacidade dos extremos (Yamal a aparecer por dentro) e houve mais oportunidades. Foi um melhor jogo de futebol e comprova-se pelos últimos minutos. Cole Palmer entrou e fez um grande golo (deu sinais de vida à Inglaterra), mas Mikel Oyorzabal foi herói e ofereceu a vitória à Espanha. Puro cinema.

Prémio de melhor jogador do torneio para Rodri? Não

Rodri é o melhor médio defensivo do mundo e, no geral, um dos melhores jogadores da atualidade. Nesta caminhada do Euro 2024, mostrou muita qualidade e teve um papel fundamental no meio-campo da Espanha, mas não foi (opinião) o melhor jogador do torneio. Aliás, já teve melhores rendimentos noutras fases, por exemplo no ano passado em que o Manchester City venceu a Champions League. Lamine Yamal, Fabián Ruiz e Dani Olmo tiveram mais influência na conquista e acredito que teria sido mais justo; nota também para o excelente Europeu de Nico Williams. Ainda assim, Rodri é um grandíssimo jogador e merece destaque pelas suas exibições. Simplesmente não tanto neste torneio.

Lamine Yamal é louco

Lamine Yamal tem 17 anos e está a apenas quatro assistências de igualar o recorde do jogador (Cristiano Ronaldo, 8) com mais assistências da história de Campeonatos da Europa. Ao servir Nico Williams na final contra a Inglaterra, Yamal igualou também o máximo de assistências numa edição do Europa (4), partilhando com Steven Zuber (Suíça, 2021), Aaron Ramsay (País de Gales, 2016), Eden Hazard (Bélgica, 2016), Karel Poborsky (Chéquia, 2004) e Ljubinko Drulovic (Sérvia, 2000). E claro é o mais novo campeão de uma grande competição de seleções. Se havia quem não conhecesse Lamine Yamal, agora depois deste Euro 2024 é impossível.

Final Perfeito

Como já se sabe, a Espanha venceu todos os jogos pela frente, incluindo Itália, Alemanha, França e Inglaterra, através de um futebol ofensivo e cativante. Além disso, quebraram o recorde de golos numa edição de um Campeonato da Europa: marcaram 15 golos e superaram a França de 1984, que tinha sido a única seleção a terminar um Europeu totalmente invicta. Agora já não. E como se não bastasse, a Espanha tornou-se na seleção com mais Europeus de toda a história (4). Já a Inglaterra é a primeira equipa a perder finais consecutivas nesta competição, continuando sem nunca ter ganho…. Segue também a maldição de Harry Kane. O futebol é bonito para uns e cruel para outros.

Foi um prazer, Euro 2024.

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Associações de imigrantes dizem que Marcelo vai lutar pelo regresso da manifestação de interesses

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

Representantes de imigrantes dizem que Marcelo "considera que o diploma, que saiu do Conselho de Ministros e foi promulgado por ele em três horas, é temporário”.

Representantes de imigrantes estiveram reunidos no domingo com o Presidente da República e dizem que Marcelo Rebelo de Sousa lhes prometeu lutar e “fazer pressão” para que volte a ser possível aos imigrantes recorrer à manifestação de interesses.

A reunião correu bem e valeu a pena. O senhor Presidente da República ouviu-nos e tem uma posição que nos agrada“, contou à Lusa Timóteo Macedo, da Solidariedade Imigrante, uma das sete associações que estiveram presentes no Palácio de Belém para discutir as recentes alterações à lei de estrangeiros.

Segundo Timóteo Macedo, Marcelo Rebelo de Sousa “considera que o diploma, que saiu do Conselho de Ministros e foi promulgado por ele em três horas, é temporário e vai lutar por isso mesmo”.

As recentes alterações à Lei de Estrangeiros, em vigor desde 4 de junho, acabaram com os dois artigos que permitiam aos imigrantes avançar com um processo de autorização de residência e ficar legalizados, conhecido como “manifestação de interesses”. Em causa está o fim do art.º 88, dirigido aos trabalhadores por conta de outrem, e do art.º 89, para quem estava no país a trabalhar por conta própria, explicou Timóteo Macedo.

Desde a entrada em vigor do decreto-lei, qualquer pedido de manifestação de interesse passou a ser recusado, mesmo que o requerente já esteja em Portugal.

No encontro, Marcelo terá prometido lutar para que esses dois artigos “voltem a ser aplicados”, segundo disse o representante da associação Solidariedade Imigrante.

“O presidente defendeu que este decreto-lei é temporário. O presidente vai fazer a pressão dele para que, em setembro, quando os partidos quiserem discutir o decreto na especialidade — porque há partidos a pedir a sua revisão — se encontrem mecanismos para que os dois artigos da manifestação de interesse voltem a ser aplicados“, contou.

Estiveram em Belém dirigentes de sete associações: a Solidariedade Imigrante, a Olho Vivo e as representativas dos imigrantes de Cabo Verde, Guiné, Bangladesh, Nepal e Brasil.

A luta pela revisão do diploma tem sido levada a cabo por um coletivo de 51 associações, que têm pedido audiências a várias entidades, tendo já estado reunidas com várias instituições e partidos políticos, como o CDS, Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal.

O Governo prometeu o reforço da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e a criação de uma estrutura de missão que dê resposta aos 400 mil processos de imigrantes que estavam pendentes, mas Flora Silva, da Olha Vivo, recordou recentemente que existem muitos casos que não fazem parte desse universo e que necessitam de resposta dos serviços.

“Há milhares de crianças nascidas em Portugal, doentes em tratamento ao abrigo de acordos bilaterais, processos de reagrupamento familiar e não há resposta para nada”, lamentou a dirigente.

A situação dos imigrantes, com as alterações legais que proibiram as manifestações de interesse, está a “tornar-se insustentável”, com “milhares de pessoas num limbo, que têm descontos, que trabalham e agora não têm um canal para se regularizarem”, acrescentou ainda a dirigente.

Entretanto, o Governo manifestou abertura para encontrar soluções para os imigrantes que já se encontram em Portugal e que não preenchiam todos os requisitos para a legalização. O Executivo quer que os imigrantes iniciem o processo nos consulados e embaixadas portuguesas antes de chegarem a Portugal, uma medida que preocupa em particular aqueles cujos países não têm qualquer representação diplomática portuguesa.

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Portugueses confiam mais em Montenegro do que em Marcelo

  • ECO
  • 15 Julho 2024

Avaliação do Presidente melhorou em julho, mas mantém-se em níveis negativos (excetuando entre os eleitores da AD) e é mais baixa do que a do primeiro-ministro, segundo sondagem da Aximage.

A sondagem de julho da Aximage para JN, DN e TSF revela uma melhoria da avaliação do Presidente da República, ainda assim abaixo da linha de água, com 37% de opiniões positivas e 53% de negativas. Ao mesmo tempo, sobem os níveis de confiança dos portugueses no primeiro-ministro, que já superam os de Marcelo Rebelo de Sousa: 33% dos portugueses confiam mais em Luís Montenegro do que no Chefe de Estado (27%).

No barómetro de maio, Marcelo tinha registado a pior avaliação de sempre, depois de se ver envolvido em polémicas como quando chamou “rural” a Luís Montenegro e “lento” a António Costa, ou quando disse ser necessário “pagar os custos” da escravatura e do colonialismo, além do desgaste do caso das gémeas. À exceção dos eleitores da Aliança Democrática (AD), cujas avaliações positivas do Presidente da República atingem os 46%, são os votantes da direita que mais o castigam, sobretudo os da IL.

A escolha de António Costa para presidente do Conselho Europeu é vista como positiva para Portugal por 68% dos portugueses, com destaque para quem vota no PS (93%), mas também para os eleitores da AD (76%), enquanto Chega (46%) e IL (44%) são quem mais torce o nariz à escolha. O papel do atual primeiro-ministro na nomeação do antecessor também é bem visto (70%), de acordo com a sondagem deste mês.

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Arrancam hoje as matrículas dos alunos do 10.º e 12.º anos

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

Processo termina no final da semana, ficando concluídas as inscrições no ensino obrigatório que este ano tiveram muitos problemas.

As matrículas dos alunos que no próximo ano letivo vão para o 10.º e 12.º ano arrancam esta segunda-feira e terminam no final da semana, ficando concluído o processo de inscrições no ensino obrigatório que este ano teve muitos problemas.

A primeira fase das matrículas começou a 15 de abril, com as inscrições para o ensino pré-escolar e 1.º ano do ensino básico a decorrer durante um mês. Em junho, arrancaram de forma faseada as restantes matrículas, que deverão terminar a 20 de julho com os alunos do secundário, segundo o calendário estabelecido pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

Apesar de o processo ser faseado e as inscrições serem obrigatórias apenas quando há uma mudança — de escola, encarregado de educação, curso ou necessidade de escolher novas disciplinas –, foram muitos os constrangimentos sentidos pelas famílias devido a falhas consecutivas no portal das matrículas.

No ano passado, a tutela decidiu criar uma nova plataforma. Mas, segundo o MECI, o portal foi testado apenas no momento das inscrições e foram muitos os dias em que o acesso esteve interditado, obrigando a prolongar por várias vezes os prazos inicialmente definidos.

Na madrugada da passada quarta-feira, por exemplo, era o último dia do calendário para as matrículas dos alunos do 2.º ao 5.º ano, mas os pais não se conseguiam inscrever devido a “problemas técnicos num equipamento de refrigeração do centro de dados da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN)” que afetaram o portal, segundo o gabinete do MECI.

Estas situações levaram o ministro a pedir desculpas às famílias e a lamentar o incómodo pela perturbação causada aos encarregados de educação e escolas devido a falhas do Portal das Matrículas.

Na audição parlamentar realizada na quarta-feira, o ministro Fernando Alexandre responsabilizou o anterior Governo pelos atrasos na preparação do ano letivo, referindo-se aos constrangimentos no Portal das Matrículas e aos atrasos nas colocações dos docentes.

“Acabaram com uma plataforma que funcionava mal para criar uma nova. Quando chegámos começou a ser feita a plataforma”, referiu, acrescentando que a nova “plataforma foi testada com os alunos que se matricularam”.

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Governo conclui este ano privatização da antiga CP Carga

  • ECO
  • 15 Julho 2024

A venda dos 5% que o Estado ainda detém na antiga CP Carga, hoje Medway, deverá ficar concluída na segunda metade do ano. Privatização tinha arrancado em 2015, no Governo de Passos Coelho.

A privatização mais demorada de sempre no universo empresarial em Portugal está perto do fim. Segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas, “estão a ser ultimadas as minutas contratuais com as entidades que irão organizar a operação” de venda dos 5% de capital que o Estado ainda detém na antiga CP Carga, que atualmente se chama Medway, avança o Público.

Segundo o jornal, a alienação desta posição deverá ser concretizada no segundo semestre, através de uma oferta pública de venda (OPV) destinada aos trabalhadores que “tenham vínculo laboral com a Medway há mais de três anos”. Significa isto que mesmo quem nunca tenha trabalhado na CP Carga poderá comprar ações ligadas a esta companhia.

Foi o Governo de Pedro Passos Coelho que decidiu, em 2015, privatizar a empresa, mas a operação só arrancou com o primeiro Executivo de António Costa. Com uma proposta de 53 milhões de euros, dos quais dois milhões para a aquisição das ações e outros 51 milhões para “a aquisição de créditos da CP Carga e compromissos de capitalização da empresa”, a MSC venceu os concorrentes Atena Equity Partner e Cofihold.

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UE tem como alvo os aquíferos afetados pela poluição por nitratos da pecuária

  • Servimedia
  • 15 Julho 2024

A diretiva, que deve ser respeitada por todos os Estados-Membros da UE, obriga os países a vigiar as suas águas e a identificar as zonas afetadas ou suscetíveis de serem afetadas por este problema.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) decidiu, em março deste ano, que a Espanha não cumpriu a legislação da UE relativa à proteção da água contra a poluição causada por nitratos utilizados na agricultura, dando parcial provimento ao recurso interposto pela Comissão Europeia (CE) em dezembro de 2022, alegando ainda que não adotou “medidas adicionais ou acções reforçadas” contra esta poluição.
Por conseguinte, é necessário que a Espanha tome medidas para evitar a acumulação de nitratos nas suas massas de água e para reduzir a poluição a curto prazo. A diretiva, que deve ser respeitada por todos os Estados-Membros da UE, incide sobre a poluição por nitratos causada pelas atividades agrícolas e pecuárias e obriga os países a vigiar as suas águas e a identificar as zonas afetadas ou suscetíveis de serem afetadas por este problema.

O Tribunal de Justiça Europeu sublinhou que, para se considerar que um Estado-Membro cumpriu as obrigações da norma europeia, não basta adotar medidas adicionais ou ações reforçadas, mas é também necessário que estas sejam “suficientes” para atingir os objetivos de redução da poluição das águas por nitratos e de prevenção de novas poluições deste tipo.

A Comissão Europeia assinalou que a pecuária é a principal causa da poluição das águas por nitratos na União Europeia, especialmente a pecuária intensiva. Segundo a Comissão, 81% da entrada de azoto agrícola nos sistemas aquáticos provém da criação de gado. A Espanha deve aplicar estratégias eficazes a nível nacional.

A Galiza é a região que, segundo o Greenpace, lidera o ranking e é a comunidade autónoma onde mais medições ultrapassaram o limite legal para a presença de nitratos nas águas subterrâneas. Mas há outras regiões com este problema devido à importância da indústria pecuária, como a Catalunha, que, de acordo com o relatório anual do Departamento de Ação Climática, Alimentação e Agenda Rural, é a segunda comunidade autónoma com a maior população de suínos em Espanha: 7,9 milhões (2022). Por outras palavras, há mais porcos na Catalunha do que habitantes (7,6 milhões). A província de Lérida lidera o recenseamento com 4.648.645 cabeças, representando 58% do total catalão. É também a região com o segundo maior número de macroexplorações, num total de 856, de acordo com os últimos dados publicados pelo Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação (2022).

Além disso, de acordo com os dados recolhidos pela Greenpeace, a Catalunha é a comunidade autónoma com maior produção de gases com efeito de estufa provocados pela criação de gado (o metano representa 30% do total). É também uma das regiões que mais descarrega nitratos nas suas bacias hidrográficas. Em geral, a quantidade de excrementos gerados por uma macroagricultura excede a capacidade de absorção do solo agrícola, o que cria um problema de contaminação do solo e das águas subterrâneas por nitratos.

BIOGÁS

As unidades de biogás representam uma ferramenta para reduzir o impacto ambiental da pecuária intensiva. Para além de reduzirem o impacto ambiental das instalações pecuárias, permitem a produção de biometano, um produto que pode substituir o gás natural de origem fóssil.

Este gás pode ser utilizado para produzir eletricidade através de turbinas a gás ou centrais elétricas, em fornos, fogões, secadores, caldeiras ou outros sistemas de combustão de gás, devidamente adaptados para o efeito. A produção de biogás por decomposição anaeróbia é considerada uma forma útil de tratamento de resíduos biodegradáveis, uma vez que produz um combustível valioso, para além de gerar um biofertilizante que pode ser aplicado como corretor de solos ou fertilizante genérico.

A captação do biogás das unidades de compostagem e dos aterros sanitários evita os odores e também protege a atmosfera do metano, que é 30 vezes mais nocivo do que o dióxido de carbono para o efeito de estufa.

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Dona da Google negoceia maior aquisição da sua história

Alphabet quer adquirir a startup de cibersegurança Wiz por cerca de 23 mil milhões de dólares. Negócio será o maior de sempre caso se concretize.

A dona da Google está em negociações para adquirir a startup de cibersegurança Wiz por cerca de 23 mil milhões de dólares (22,95 mil milhões de euros). A confirmar-se, será a maior aquisição de sempre pela Alphabet.

A notícia foi avançada pelo Financial Times, embora refira que as discussões ainda vão demorar várias semanas antes de serem concluídas. E não é garantido que o negócio se concretize.

A Wiz tem sede em Nova Iorque e é liderada pelo seu fundador, Assaf Rappaport, um israelita que anteriormente trabalhou na Microsoft.

A empresa levantou dois mil milhões de dólares desde que foi fundada em 2020 e, na operação mais recente, foi avaliada em 12 mil milhões. Tem a Sequoia e a Thrive entre os seus acionistas.

Segundo o jornal britânico, o acordo poderá suscitar o escrutínio apertado dos reguladores norte-americanos, que querem evitar que as grandes empresas tecnológicas adquiram startups promissoras em diversas áreas.

Há dois anos, a Alphabet adquiriu a empresa de cibersegurança Mandiant por 5,4 mil milhões de dólares. Mas a compra da Wiz seria um negócio bem maior, só comparando com os 12,5 mil milhões que a multinacional pagou há uma década pela Motorola Mobility.

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GXO nomeia Rui Marques como diretor-geral para Espanha e Portugal

  • Servimedia
  • 15 Julho 2024

Depois de liderar a GXO em França, Marques regressa a Espanha e a Portugal para impulsionar a expansão da GXO com uma proposta de soluções logísticas inovadoras.

A GXO Logistics, Inc. (NYSE: GXO), a maior empresa global de logística por contrato, anunciou hoje que Rui Marques irá regressar a Espanha como Diretor Geral da GXO Iberia para continuar a conduzir a transformação e expansão da empresa em Espanha e Portugal.
Rui Marques, que anteriormente ocupou este cargo durante mais de uma década, regressa à GXO Espanha e Portugal depois de ter liderado as operações da empresa em França. Regressa à Iberia para liderar uma equipa de mais de 8.500 colaboradores e a maior área logística de Espanha, com mais de 1,5 milhões de metros quadrados. Marques irá liderar a criação de equipas de alto desempenho, o crescimento das vendas, o investimento em tecnologia e a excelência operacional.

No último ano, como CEO da GXO França, Marques foi fundamental para o crescimento do negócio e regressa agora a Espanha e Portugal para impulsionar a expansão da GXO na Península Ibérica, particularmente focada na satisfação do cliente através da inovação, acrescentando novos clientes através da procura contínua de outsourcing logístico e expandindo o portfólio de serviços de valor acrescentado da GXO para reforçar a posição de liderança da GXO no comércio eletrónico, onde já é a empresa líder na Península Ibérica.

Paul Mohan, Diretor Geral da GXO Europa Continental, afirmou: “O conhecimento profundo que o Rui tem de todo o setor logístico europeu e os bons resultados alcançados durante a sua passagem por França, apoiam o sucesso que a empresa prevê para a GXO em Espanha e Portugal com o Rui ao leme”.

Por seu lado, Rui Marques afirma estar “muito feliz por voltar a fazer parte da grande equipa da GXO Iberia. Depois de ter atingido os meus objetivos em França, estou entusiasmado e orgulhoso por fazer parte da talentosa equipa em Espanha e Portugal para continuarmos a crescer juntos” e acrescentou que “Mas acima de tudo, quero continuar a procurar oportunidades de crescimento e de carreira para todos os membros da nossa equipa e continuar a ser uma das melhores empresas para trabalhar em Espanha”.

Com esta nomeação, a GXO consolida a sua equipa de direção em Espanha e Portugal, onde já tinha incorporado nos últimos meses um diretor comercial, um diretor de projetos e dois diretores de unidades de negócio, reforçando a equipa de direção com vista à expansão da empresa.

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