Os líderes na assessoria a M&A em 2024, segundo a Mergermarket

O escritório liderado por Bruno Ferreira sobressaiu em valor de negócios (2,5 mil milhões de euros), enquanto a firma ibérica encabeçou pelo número (43), de acordo com este ranking.

A PLMJ e a Cuatrecasas foram as sociedades de advogados que lideraram o ranking da Mergermarket de assessores jurídicos de fusões e aquisições (M&A) em Portugal no ano passado. O escritório liderado por Bruno Ferreira sobressaiu em valor de negócios (2,5 mil milhões de euros), enquanto a firma ibérica encabeçou pelo número de transações (43).

O pódio em volume de operações ficou completo com a PLMJ e Garrigues e o de valor pela Cuatrecasas e Vieira de Almeida (VdA). No entanto, de acordo com a tabela consultada pelo ECO, há outros assessores que surgem na listagem, como a Deloitte Legal.

O ranking anual da Mergermarket é o segundo mais relevante para os players locais da assessoria, uma vez que o da TTR Data, devido à diferença nos critérios de seleção de transações, acaba por ilustrar de forma mais fidedigna o mercado português, analisando operações de diferentes dimensões que mexem com as tabelas finais. O ECO sabe que essa contagem será divulgada nos próximos dias.

Em Espanha, de onde são originárias várias sociedades presentes em Portugal, foi a Garrigues que levou a coroa das assessorias em termos de valor: 38,10 mil milhões de dólares (36,99 mil milhões de euros), movimentados em 200 negócios, o que representou um aumento de 203,3% em relação a 2003. O segundo lugar coube à Uría Menéndez, que prestou apoio legal a 157 operações de M&A no valor de 35,68 mil milhões de dólares (34,65 mil milhões de euros), segundo a Iberian Lawyer.

Na vertente financeira em Espanha, sobressaiu a Clifford Chance com 20,12 mil milhões de dólares (19,54 mil milhões de euros) em 31 transações, após registar um aumento de 40% em relação ao ano anterior, de acordo com a publicação espanhola de advocacia.

Dado o longo historial de multidisciplinaridade no país vizinho, surge de seguida da KPMG Abogados, com 18,41 mil milhões de dólares (17,87 mil milhões de euros) totalizados nas 62 operações, logo acima da internacional Linklaters com 15,24 mil milhões de dólares (14,79) de 39 deals.

O ano passado foi desfavorável para o mercado transacional português, uma vez que tanto o número de transações como o valor das mesmas caíram em relação a 2023 – um ano que também havia sido marcado por reduções significativas das transações comparativamente aos recordes do pós-pandemia. Para este ano, tanto advogados como sociedades de private equity antecipam uma recuperação, de acordo com as fontes ouvidas pelo ECO.

Entre janeiro e novembro de 2024, concretizaram-se 503 negócios num total de 9,5 mil milhões de euros, segundo a TTR Data, que ainda irá publicar os dados anuais nos próximos dias. Isto significa que se verificou uma queda homóloga de 21% no número de transações e uma contração de 28% no capital mobilizado. Ainda assim, menos de metade das operações (38%) teve os seus valores financeiros publicados, conforme aponta o mais recente relatório do TTR Data.

O setor de imobiliário foi o mais ativo nesses onze meses de 2024, tendo registado 88 transações, seguindo-se a área de Internet, software e serviços de Tecnologia da Informação, com 59 operações, o que mesmo assim representou uma redução de 25% em termos homólogos.

No além-fronteiras (cross-border), Espanha e França foram os países que fizeram o maior número de investimentos em Portugal: 65 e 35 transações, respetivamente. Por sua vez, as empresas portuguesas escolheram Espanha e o Reino Unido como principal destino de investimento, uma vez que foi com empresas espanholas e britânicas que fizeram 38 e 13 transações, pela mesma ordem.

Notícia atualizada às 18h50 após Iberian Lawyer alterar o artigo “The legal elite of Iberia: Top M&A advisors for 2024

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