Distribuidores de seguros acordam nova tabela salarial para 2025

A APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros celebrou com os sindicatos dos trabalhadores dos seguros um acordo de revisão Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para o setor da mediação de seguros prevendo retribuições mínimas entre 880 e 2.484 euros e um subsídio de refeição de 9,5 euros.

A revisão parcial do CCT foi concluída na passada terça-feira, entrando em vigor e a produzir efeitos a partir do passado dia 1 de janeiro, refere o STAS em comunicado.

O processo negocial de revisão do CCT envolveu a APROSE, o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora (STAS), o Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA) e, inicialmente, também com o então Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal (SISEP).

Os profissionais responsáveis pela manutenção, limpeza, vigilância e apoio logístico das empresas de distribuição de seguros terão a maior subida percentual no salário em 2025 – de 6,08% para 880,50 euros, não obstante correspondendo à retribuição mínima mais baixa. Deste modo, auxiliares gerais irão receber, no mínimo, mais 10,5 euros do salário mínimo nacional, atualizado para 870 euros desde 1 de janeiro deste ano.

Os diretores terão o maior aumento no montante a receber de cerca de 75 euros para 2.484,80 euros. De seguida surgem os gestores que – assim como os diretores – registaram um aumento de 3,125% para 1.719,09 euros (aumento de 52 euros).

Também com um aumento salarial de 3,125% os técnicos passam a receber 1.310,72 euros (cerca de 40 euros mais que no ano passado), os coordenadores operacionais viram o seu salário subir mais de 35 euros para 1.165,31 euros e os especialistas operacionais tiveram um aumento de 34 euros para 1.134,38 euros.

Os assistentes operacionais tiveram um aumento salarial de 4,61%, o correspondente a 40 euros, para 910,30 euros.

O subsídio de refeição para todos os trabalhadores sobe 3,82% fixando-se em 9,5 euros.

As cláusulas de expressão pecuniária relativas às despesas de serviço em Portugal e no estrangeiro foram atualizadas em 3,125%. Assim, quando um trabalhador presta serviço fora da empresa, passa a receber 73,10 euros por diária completa em Portugal, 9,50 euros por refeição isolada, 54,32 euros por dormida e pequeno-almoço e 0,45 euros por quilómetro percorrido. Já para despesas de serviço no estrangeiro, o valor diário foi fixado em 147,10 euros.

“A APROSE demonstrou nestas negociações vontade de chegar a um consenso, tendo efetuado um esforço para ir ao encontro das propostas do STAS em matéria pecuniária”, assinalou Patrícia Caixinha, presidente da direção do STAS, em resposta às questões colocadas pelo ECOseguros. “Apesar de não termos conseguido chegar ao total da nossa última proposta, foi possível fecharmos com um valor muito aproximado”, refere a presidente do sindicato.

A presidente do STAS explicou que as cláusulas de caráter social solicitadas pelo sindicato não foram incluídas porque a direção da APROSE se encontra em fim de mandato. Segundo a dirigente, a APROSE optou por não vincular os novos órgãos que serão eleitos este ano a alterações no acordo em vigor, deixando essa negociação para a futura direção.