Economia continua a crescer. “Estamos no intervalo”, diz ministro da Economia

Ministro destacou que o "país entrou numa fase de introspeção, não parando o comboio da economia", notando que mesmo num quadro de instabilidade internacional as empresas portuguesas têm resistido.

Pedro Reis, ministro da Economia, na apresentação dos resultados do Projecto Lusitano, na PolopiquéRicardo Castelo

O ministro da Economia, Pedro Reis, destacou esta segunda-feira que a economia portuguesa continua a crescer, destacando que é preciso “analisar o caso Portugal, que está a correr tão bem”. Sem nunca dizer a palavra eleições, o governante referiu que “estamos no intervalo”, apelando a que se aproveite esta pausa para consolidar estratégias focadas no futuro.

Acho tremendamente importante vir ao terreno, num momento em que o país olha para si próprio, num momento em que a economia continua a crescer“, adiantou o ministro da Economia, na apresentação dos resultados intermédios do Projeto Lusitano, uma agenda do PRR do setor têxtil, nas instalações da Polopiqué, em Santo Tirso.

Pedro Reis destacou que devem ser reforçados os apoios às empresas, destacando que as empresas esperam é que sejam removidos custos de contexto e que o Executivo tenha coragem de assumir apoios e desenhar incentivos. “O papel do Estado é fazer acontecer”.

Nestes meses pode-se ver o impacto do que chamo a primeira fase. Quero acreditar que estamos no intervalo. E os intervalos de jogo são importantes, permitem olhar para a primeira parte, consolidar estratégias.

Pedro Reis

Ministro da Economia

Nestes meses pode-se ver o impacto do que chamo a primeira fase. Quero acreditar que estamos no intervalo“, atirou o ministro, numa alusão às eleições. “E os intervalos de jogo são importantes, permitem olhar para a primeira parte, consolidar estratégias”, acrescentou.

O país entrou numa fase de introspeção, não parando o comboio da economia“, reforçou. “Avaliemos o modelo, mas aproveitemos quando voltarmos – o Estado – a responsabilidade que temos para com estas empresas”, apontou.

Em relação ao Projeto Lusitano, uma agenda do PRR do setor têxtil no valor de 111,5 milhões de euros, que tem como objetivo desenvolver soluções sustentáveis, apostando na inovação para criar fios, tecidos, malhas e vestuário a partir de fibras naturais e recicladas, o ministro realçou que “o setor é um dos que nos deve orgulhar e nos prestigia”.

Liderado pela Nau Verde, Calvelex, Paulo de Oliveira, Polopiqué, Riopele e Twintex e com a participação de 11 empresas, cinco universidades e centros de I&D e uma associação, o consórcio do projeto prevê criar 350 empregos, dos quais 45 altamente qualificados, e gerar 78 milhões de euros em novos produtos lançados por ano.

Para Pedro Reis, “em vez de inventar novos setores”, é preciso “ajudar quem cá está” e “construir em cima de gigantes”.

Defesa é “enorme oportunidade”

Olhando para o futuro, o ministro da Economia destacou que a economia da defesa “é uma oportunidade enorme para este setor”, destacando que o Governo está empenhado em trazer para Portugal investimento neste setor, assim como “mobilizar empresas portuguesas, para captar o potencial gigante de encomendas europeias e mundiais“.

“É um desafio que deixo para a próxima fase de construir esta agenda”, acrescentou, numa nova alusão ao período pós-eleitoral. Pedro Reis fez lembrou que a indústria do têxtil e vestuário “soube reinventar-se para setor automóvel”, realçando que “a oportunidade da defesa pode ter uma equivalência estratégica de quando se desbravou noutros segmentos”.

“O white paper da defesa está aí à porta e temos potencial de ser um player forte”, reforçou, destacando, a título de exemplo, que Portugal pode ter um papel no fornecimento dos uniformes, rematou.

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