Empresa do cartel dos fogos tinha “toupeira” na ANAC

  • ECO
  • 30 Maio 2025

A Helibravo e a sua empresa-mãe recorreriam a um tenente-coronel avençado da ANAC desde 2011 para facilitar a certificação de aeronaves que subcontratavam.

A principal empresa visada na “Operação Torre de Controlo” teria uma “toupeira” na Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), revela o Diário de Notícias (acesso pago). Segundo fontes judiciais, trata-se de um tenente-coronel piloto-aviador, na reforma desde 2000 e que é avençado da ANAC desde 2011 até ao momento.

Seria a este tenente-coronel que os gestores da Helibravo e da sua empresa-mãe, a Sodarca Group – duas das cinco empresas visadas na investigação –, recorreriam para facilitar a certificação de aeronaves que subcontratavam, fornecendo informações internas sobre o estado dos processos.

Outra das pessoas que estará envolvida no caso e que também foi alvo de buscas judiciais na quinta-feira é o major-general Henrique Macedo, ex-presidente do Conselho de Administração da IdD – Portugal Defence, a holding pública de Defesa, que foi nomeado pelo ex-ministro da tutela, Azeredo Lopes. Terá sido recrutado pela Sodarca, juntamente com o major-general Pedro Salvada, engenheiro aeronáutico da Força Aérea, que passou à reserva em 2021, para fornecer informações privilegiadas sobre os cadernos de encargos dos concursos públicos para a aquisição, manutenção e gestão dos meios aéreos do Estado integrados Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

Já o Correio da Manhã avança que Ricardo Machado, proprietário da Gesticopter Operation Unipessoal — empresa também visada no processo — e cunhado do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, terá ganho, através da empresa, cerca de 16 milhões de euros em contratos públicos relativos à contratação de meios aéreos para combate a incêndios.

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