Dados são essenciais para smart cities
Eduardo Gonçalves Rodrigues, sócio da Sérvulo, considera que a smart city é uma “cidade de muita informação” e alerta que ainda não estamos "completamente preparados".
As smart cities, ou em português cidades inteligentes, têm mais a ver com as atividades económicas e com a direção que se quer que as cidades “caminhem” do que propriamente relacionadas com o sentido literal de casa, pelo menos segundo o entendimento que o sócio da Sérvulo & Associados Eduardo Gonçalves Rodrigues partilhou na 8.ª edição da Advocatus Summit.
O advogado deu o exemplo da Lisboa Aberta, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, que disponibiliza diversos dados, que anteriormente não estavam acessíveis à maior parte do público.
“Uma das características da Smart City é a abertura da informação a todos e a forma como podemos trabalhar essa informação, que há dez anos não existia. Era informação que não estava disponível para a maior parte das pessoas, que neste momento está, e podemos tirar partido disso”, assegura. Assim, Eduardo Gonçalves Rodrigues considera que a smart city é uma “cidade de muita informação”.
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Uma coisa é certa, Rui Martins, Implementation Project Manager at SAS, garante que existem as capacidades tecnológicas necessárias para construir as cidades do futuro e sublinhou que estamos “permanentemente numa revolução tecnológica” e que esta revolução é essencialmente na área de inteligência artificial (IA). “Estes modelos [de IA] ajudam-nos para suprimirmos desafios que podem ser obviamente no contexto do município, no contexto de uma cidade, algo que não existia há algum, mas agora já existe, daqui a dez anos, cinco anos, já será ainda mais evoluído”, defende.
Rui Martins acredita que o grande segredo são os dados, sendo estes o “petróleo do futuro”. “O grande segredo de uma smart city é conseguir interligar todos estes dados e colocá-los ao serviço do cidadão”, assume, sublinhando a essencialidade dos data centers.

Em termos legislativos, Eduardo Gonçalves Rodrigues considera que a lei não está a acompanhar o desenvolvimento das tecnologias que servem de base às smart cities. “A velocidade a que a legislação “anda” não tem nada a ver com a velocidade da tecnologia”, assume. Sobre a preparação da administração pública para este “novo mundo”, assume que ainda “não estamos completamente preparados”.
Rui Martins apontou alguns desafios dos municípios para tentarem ser “mais inteligentes”: maturidade e de governança de dados, porque “enquanto isso não existir, não há tecnologia que consiga dar a volta a este tema”.

“Nem todos os municípios estão no mesmo estágio. Mas eu diria que grande parte dos problemas que eu encontro e que nos afastam ainda bastante daquilo que é, pelo menos para mim, a ideia de uma cidade inteligente, é efetivamente existirem sistemas completamente isolados para tratamento de problemas que são tratados de uma forma casuística, muito pontual e não de uma forma abrangente e estruturada”, disse.
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