“É muito difícil motivar alguém que receba 870 euros por mês”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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Ricardo Costa é claro: não adianta oferecer benefícios aos trabalhadores, por mais vastos que sejam, se a partir de dia 15 de cada mês as pessoas “começam a contar os tostões”. Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, o chairman do Grupo Bernardo da Costa — pioneiro da valorização da felicidade nos locais de trabalho — assegura que o salário emocional não substitui mesmo o salário real.

É muito difícil motivar alguém que receba 870 euros por mês. Como é que vamos motivar alguém com o salário emocional que a partir de dia 10 ou dia 15 já está a contar o dinheiro que tem até ao final do mês?”, atira o empresário, que também já foi presidente da Associação Empresarial do Minho.

Ricardo Costa reconhece que tem sido feito um caminho de valorização dos salários nos últimos anos, mas defende que é preciso ir mais longe. E para isso, realça, é preciso também baixar os impostos. “Falta coragem para haver um pacto entre os principais partidos para uma estratégia a dez ou 15 anos para reduzir os impostos, começando pelo IRS”, acusa o empresário.

Além disso, assinala que é preciso retirar os desincentivos atuais ao crescimento das empresas, nomeadamente a burocracia e a perda de benefícios.

Quanto à felicidade nos locais de trabalho, identifica três fatores chave: as pessoas serem ouvidas, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, e as relações que são criadas nas equipas. “Acredito mesmo que o trabalho nos pode trazer felicidade“, afirma Ricardo Costa.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Nesta temporada especial (de nove episódios, entre abril e julho), vamos explorar essa questão do ponto de vista dos rendimentos.

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