Um em cada cinco jovens diz ter competências a mais para emprego que exerce
Um em cada cinco jovens considera ter qualificações e competências a mais do que as exigidas pelos empregos que exercem. Mulheres reportam mais casos de sobrequalificação do que os homens.
Um em cada cinco jovens portugueses considera ter mais competências do que as necessárias para o desempenho do seu emprego. Os dados foram divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta, por outro lado, que quase 17% dos jovens abandonaram, pelo menos, um nível de escolaridade, ao longo do seu percurso educativo.
Comecemos pela participação dos jovens no mercado de trabalho. De acordo com a nota divulgada esta manhã, entre os jovens com 16 a 34 anos empregados ou, não estando empregados, com experiência profissional anterior, 72,9% considera haver “uma correspondência entre as suas qualificações e as exigências laborais“.
No entanto, 20,8% (cerca de um em cada cinco) argumentam que têm níveis de escolaridade superiores às exigências do trabalho que desempenham. “Uma proporção semelhante (22,7%) referiu ter mais competências do que as necessárias ao desempenho das suas funções”, sublinha o INE.
“Focando a análise no grupo dos que consideraram ter um nível de escolaridade superior ao exigido pelas funções que desempenha, observou-se que esta opinião foi mais partilhada por mulheres (22,1%) do que por homens (19,5%), de forma decrescente entre grupos etários (26,3% no dos 16 aos 19 anos por comparação com 19,2% no dos 30 aos 34 anos), mas crescente por nível de escolaridade (9,8% entre os que concluíram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico e 23,8% entre os que têm ensino superior)”, acrescenta o gabinete de estatísticas.
Por outro lado, no que diz respeito ao percurso educativo dos jovens, é de destacar que 16,8% indicam ter, pelo menos, um nível de escolaridade não concluído.
Destes, metade (50,8%) abandonou um curso de ensino superior, sendo as principais razões apontadas as questões financeiras ou de trabalho (30,1%) e a perceção de que o curso era demasiado difícil ou não correspondia às expectativas ou necessidades (28,2%).
A estas justificações, somam-se outras duas: 7,1% dos jovens mencionam problemas de saúde ou necessidade de cuidar de familiares dependentes, incluindo crianças; E 20,5% indicaram outra razão pessoal, como a mudança de residência, a falta de motivação, conflitos com professores ou outros estudantes e o desejo de realizar outras atividades.
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