Ativistas da Climáximo entram na sede da Galp em protesto sobre a “onda de calor”

Os ativistas espalharam 284 cruzes na sede da Galp, simbolizado as vítimas mortais da última onda de calor no país, de modo a alertar para os efeitos das alterações climáticas.

O grupo de ativistas pelo clima Climáximo entrou, esta manhã, na sede da Galp em Lisboa, para uma ação de protesto. Os ativistas colocaram 284 cruzes no átrio de entrada da empresa petrolífera, em representação das quase três centenas de pessoas que a Direção Geral de Saúde afirma terem falecido entre 28 de junho e os primeiros dias de julho, na sequência das elevadas temperaturas.

O objetivo foi “denunciar a sua culpa [da Galp] num verdadeiro massacre: a onda de calor que assolou Portugal entre o final de junho e o início de julho”, lê-se no comunicado, enviado pelo grupo às redações. “Sabemos que as ondas de calor impactam em particular quem já está em condições mais frágeis, como idosos, grávidas, bebés, pessoas com casas precárias e trabalhadores que trabalham ao ar livre. Este número devia chocar-nos a todos enquanto sociedade”, defende a apoiante do Climáximo e porta-voz da ação, Anne Morrison, de 70 anos.

O grupo de ativistas sublinha ainda que “este massacre não aconteceu apenas em Portugal. Estima-se que o calor extremo tenha matado 2300 pessoas em 12 cidades diferentes da Europa”. De acordo com o jornal The Guardian, que citou cientistas, “o colapso climático triplicou o número de mortes nesta onda de calor de junho”.

“A Galp sabe perfeitamente que os seus negócios de combustíveis fósseis provocam a morte de centenas e milhares de pessoas, o aquecimento global e a destruição planetária. No entanto, lucra milhões para o bolso dos acionistas e, em plena década crucial para a ação climática, abre novos poços de petróleo”, remata Morrisson. Neste sentido, dirige-se à sociedade portuguesa, apelando à luta por “uma sociedade justa e um planeta habitável”.

O Climáximo está a organizar uma rede de resposta rápida a incêndios e ondas de calor para atuar este verão. A ideia é agir em duas frentes: por um lado, “apontar os culpados” das catástrofes. Por outro, prestando apoio às pessoas afetadas e apelando à participação “de todos”.

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