Lucro da REN sobe 35% para 65,7 milhões até junho
A gestora das redes energéticas do país reportou um lucro de 65,7 milhões de euros de no semestre, à boleia de reduções nos impostos e na dívida líquida.
A REN – Redes Energéticas Nacionais divulgou lucros de 65,7 milhões de euros entre os meses entre janeiro e junho deste ano. Este resultado representa uma subida de 35,2% relativamente ao mesmo período do ano anterior.
Estes números foram divulgados pela empresa esta quinta-feira, após o fecho do mercado, através da publicação na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. No semestre homólogo, a REN havia registado um resultado líquido de 48,6 milhões de euros.
A empresa justifica o aumento dos resultados com dois fatores, sendo o mais relevante “efeitos fiscais positivos”, dada uma redução de impostos de 19 milhões de euros. Em segundo lugar, a REN beneficiou da redução da dívida líquida, o que se refletiu num aumento de 5,2 milhões de euros nos resultados financeiros.
A dívida líquida atingiu os 2.339,5 milhões de euros, uma descida de 11,9%, equivalente a 280,3 milhões de euros. O custo médio da dívida baixou para 2,66%.
Já o EBITDA cifrou-se nos 256,6 milhões de euros, ligeiramente abaixo (menos 0,5%) do registado no mesmo semestre do ano anterior. Esta rubrica foi impactada por “uma redução no desempenho doméstico”, que retirou 1,6 milhões de euros, provocada por uma subida no investimento na operação (OPEX) de 2,5 milhões de euros, ao mesmo tempo que reduziu a remuneração dos ativos e do OPEX.
O investimento (CAPEX) “manteve a trajetória de crescimento”, lê-se no comunicado enviado às redações, em linha com o primeiro trimestre do ano, tendo atingido os 150 milhões de euros.
No mesmo comunicado, a REN faz uma curta referência ao apagão do dia 28 de abril deste ano, indicando que já entregou relatórios sobre o incidente às autoridades nacionais e europeias, estando a decorrer estudos mais detalhados sobre o evento.
Consumo elétrico atinge máximo histórico
O consumo de energia elétrica em Portugal atingiu, no primeiro semestre de 2025, o valor mais elevado de sempre registado no sistema nacional. Entre janeiro e junho, foram consumidos 26.229 GWh, ultrapassando em cerca de 240 GWh o anterior máximo, datado de 2010. Este valor representa um crescimento de 2,2% face ao mesmo período do ano passado.
No acumulado do semestre, a produção renovável abasteceu 77% do consumo, com a hidroelétrica a representar 36%, a eólica 26%, a solar 11% e a biomassa 5%.
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