CTT compram empresa de logística para saúde Decopharma

Os CTT – Correios de Portugal anunciaram esta terça-feira a conclusão da aquisição da empresa Decopharma, especializada em soluções logísticas para a indústria farmacêutica e de saúde. A transação foi divulgada no mesmo dia em que ficou finalizada, mas o valor não foi divulgado pela empresa liderada por João Bento.

“Com esta operação, os CTT reforçam o seu posicionamento como operador logístico de e-commerce, alargando a sua oferta a soluções logísticas completas em toda a cadeia de valor, incluindo produtos que exigem condições específicas de armazenamento e transporte“, informa o operador postal, em comunicado enviado aos meios de comunicação social.

A empresa que passou a fazer parte do portefólio dos CTT tem uma base na freguesia do Afonsoeiro, no município de Montijo, e essencialmente duas atividades económicas. Por um lado, opera na logística de medicamentos de venda livre (os que não precisam de receita médica, formalmente designam-se por OTC – Over-the-Counter e até podem ser vendidos em hipermercados), de suplementos nutritivos, cosméticos e produtos sanitários e medicamentos para uso veterinário. Por outro, vende dispositivos médicos, nomeadamente equipamentos hospitalares, consumíveis (tubos de ensaio e pipetas, luvas e máscaras descartáveis…) e outros produtos para laboratório.

O CEO dos CTT afirma que “a integração da Decopharma nos CTT reforça” a “missão de oferecer soluções logísticas de excelência em todas as áreas, incluindo para o setor farmacêutico e da saúde“.

“Com mais de duas décadas de experiência, a Decopharma garante um grau de especialização importante do nosso portfólio de serviços. É por isso com grande satisfação que damos as boas-vindas a esta equipa de excelência ao grupo CTT”, refere João Bento, citado no mesmo documento.

A Decopharma empregava em 2023 cerca de 30 trabalhadores e tinha vendas de 2,3 milhões de euros, assim como ativos de 1,02 milhões de euros e capitais próprios superiores a 500 mil euros, de acordo com os dados consultados pelo ECO.

Em três meses, os CTT concluíram duas aquisições: a da Decopharma e a da Cacesa (Compañía Auxiliar al Cargo Expres), que se foca na operação de desalfandegamento e logística para comércio eletrónico a nível internacional e foi adquirida por 106,8 milhões de euros através da subsidiária CTT Expresso.

Planos de saúde crescem nos CTT

O negócio surge num momento em que os CTT registam um crescimento dos planos de saúde e de outros produtos baseados em subscrições. Na área de serviços financeiros, a empresa conta com uma oferta de seguros de saúde, inseridos numa rede com mais de 42.600 prestadores de cuidados de saúde, cujo número de clientes está a aumentar.

Entre 2024 e 2025, houve um aumento de 49,8% no número de subscritores de 25.815 para 38.661, de acordo com o relatório financeiro do primeiro semestre publicado esta segunda-feira.

Na primeira metade deste ano, os CTT lucraram 22,1 milhões de euros, o que representa uma subida de 11,7% em relação aos primeiros seis meses de 2024. O operador postal registou rendimentos operacionais de 597,3 milhões de euros, mais 13,9% no mesmo período do ano passado, para os quais já contribuiu a empresa espanhola Cacesa.

Notícia atualizada às 17h58 com mais informação