JP Morgan vê «um bom ponto de entrada» na Fluidra

O banco baseia a sua visão no facto de a Fluidra estar a ganhar quota de mercado, a nova construção representar apenas 30% das vendas e ter clientes menos sensíveis às taxas de juro, além de apresentar maior rentabilidade e perfil de crescimento do que os seus concorrentes no setor de bens de capital europeu.

Assim, o JP Morgan fixa o preço-alvo da Fluidra em 30 euros por ação, o que representa um potencial de 36% em relação aos níveis atuais.

Na mesma linha, o Barclays defende que a avaliação da empresa continua a ser «atraente» em relação às suas congéneres cotadas nos EUA, tendo em conta que cotiza a múltiplos mais baratos com «um perfil de crescimento mais elevado».

RESULTADOS SÓLIDOS

Os analistas avaliam positivamente os resultados da empresa no primeiro semestre do ano, com um aumento de 5% nas vendas (até 1,227 milhões), de 7% no EBITDA ajustado (até 314 milhões) e de 21% no lucro líquido (até 136 milhões).

«O impulso dos lucros continua a ser positivo, os fundamentos são sólidos, as avaliações são favoráveis e o setor poderá entrar numa fase de aceleração após vários anos de queda na construção nova», defendem no Santander.

Além disso, a empresa espera cumprir as suas previsões para 2025 e definiu as suas orientações para o ano. Prevê vendas para 2025 entre 2,160 e 2,220 milhões de euros, um EBITDA ajustado entre 500 e 520 milhões de euros e um lucro por ação ajustado entre 1,33 e 1,40 euros por ação.

Os analistas explicam que este ajuste é, deixando de lado a taxa de câmbio, uma melhoria a nível subjacente. «A perspetiva é uma melhoria orgânica na parte alta do intervalo anterior, mas o efeito cambial leva-o para a parte baixa a nível do EBITDA», explicam na Jefferies.