Hoje nas notícias: lucros, arresto de contas e Altice

Os lucros das empresas que compõem o maior índice da bolsa nacional recuaram no primeiro semestre do ano em comparação com o período homólogo, com a evolução dos preços e o contexto internacional entre as razões apontadas. O Tribunal da Relação de Lisboa inverteu a decisão da primeira instância e voltou a congelar os bens de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, antigos responsáveis da Portugal Telecom. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Incerteza global já se reflete nos lucros das cotadas da bolsa

A incerteza global, especialmente devido à guerra comercial, está a fazer-se sentir nas contas das maiores empresas da Bolsa de Lisboa. Numa altura em que faltam apenas duas das 15 cotadas do índice de referência nacional apresentar os resultados relativos ao primeiro semestre, designadamente a Mota-Engil e a Ibersol, as restantes 13 reportaram lucros de 2,67 mil milhões de euros nesse período, o que compara com 3,01 mil milhões nos primeiros seis meses do ano passado. Embora nenhuma das empresas tenha registado prejuízos, sete viram os resultados líquidos diminuírem em comparação com o período homólogo: a Altri, a EDP, a EDP Renováveis, a Galp, a Nos, a Navigator e a Semapa. Destas, apenas a Nos não apresenta um elevado grau de internacionalização.

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Tribunal da Relação volta a impor arrestos de contas e imóveis a Granadeiro e Bava

O Tribunal da Relação de Lisboa anulou uma primeira sentença favorável a Zeinal Bava e Henrique Granadeiro e voltou a impor o arresto dos bens aos antigos presidentes da Portugal Telecom (PT). O congelamento de ativos ocorre no âmbito das ações judiciais em que ambos estão a ser processados para pagarem pelos 897 milhões de euros que a ex-PT investiu no Grupo Espírito Santo, quando este estava já praticamente falido. Uma parte relevante dos arrestos são imóveis, sendo que, no caso de Zeinal Bava, também há contas bancárias, enquanto Granadeiro tem pensões, uma conta e sociedades agrícolas.

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Altice recebe 800 pedidos para saídas voluntárias

Foram contabilizadas cerca de 800 inscrições no programa de “saídas voluntárias” da Meo, que encerrou em 31 de julho. A este número acrescem os 200 trabalhadores que já tinham um pré-acordo para sair da empresa. Segundo fonte do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), quase 90% dos inscritos têm mais de 50 anos, podendo recair na opção de pré-reforma. Quem “apresentasse as condições e não se inscreveu no programa, vai mudar as funções que desempenha atualmente, a partir de setembro”, acrescentou a mesma fonte, apontando que estas informações foram prestadas aos sindicatos durante uma reunião com a operadora de telecomunicações, já após o encerramento das inscrições.

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Russiagate. Câmara de Lisboa perde recurso e arrisca pagar 738 mil euros

Na passada sexta-feira, o Tribunal Central Administrativo Sul declarou “totalmente improcedente” o recurso apresentado pela Câmara de Lisboa relativamente ao caso “Russiagate”, quando mandou e-mails com dados pessoais de ativistas anti-Putin para entidades russas. Esta é a segunda derrota na justiça de um processo interposto na sequência da coima de 1,25 milhões de euros aplicada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). Este valor foi sendo sucessivamente reduzido para os atuais 738 mil euros, na sequência da prescrição de vários ilícitos cometidos pela autarquia da capital, e vai baixar ainda mais, sobretudo se o processo se arrastar por mais anos.

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Portugal já pagou 600 milhões à UE pelo plástico não reciclado

Cada Estado-membro da União Europeia (UE) está obrigado a pagar anualmente uma contribuição baseada na quantidade de resíduos de embalagens de plástico não reciclada. No caso de Portugal, o país vai desembolsar 200 milhões de euros só em 2025 para cumprir esta obrigação. Mas, desde 2021, já pagou 600 milhões de euros à Comissão Europeia. Segundo dados de 2021, a taxa de reciclagem de embalagens de plástico era de 41% na média da União Europeia e de 38% em Portugal, que reportou a Bruxelas 428,1 milhões de quilos de resíduos de embalagens de plástico produzido e 163 milhões de quilos reciclados.

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