PS vai propor soluções para situações de emergência como a de Loures

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

"As soluções de demolição dessas estruturas devem obedecer ao humanismo e à responsabilidade social.", disse o secretário-geral do PS.

O secretário-geral do PS disse esta segunda-feira que irá apresentar esta semana soluções para responder a situações de emergência como as vividas no concelho de Loures, onde foram demolidas dezenas de barracas.

As soluções de demolição dessas estruturas devem obedecer ao humanismo e à responsabilidade social. Eu não sou o primeiro-ministro, mas durante esta semana vou apresentar soluções para também responder às situações de emergência, como aquelas que têm estado a ser vividas em vários municípios da área de Lisboa”, afirmou.

José Luís Carneiro falava aos jornalistas no final de uma reunião com o presidente da Rede Europeia Anti Pobreza/Portugal, no Porto. Questionado sobre a situação em Loures, o líder socialista considerou que todas estas soluções de construções precárias não são soluções de vida condignas e escusou-se a responder se mantém a confiança no presidente daquela autarquia, eleito pelo PS, Ricardo Leão.

Loures iniciou na semana passada uma operação de demolição de 64 barracas, onde viviam 161 pessoas, tendo sido demolidas 51 no primeiro dia e outras quatro no segundo. A operação foi entretanto suspensa após o despacho de um tribunal de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.

Das 55 famílias que ocupavam as construções precárias demolidas, 14 estão a receber apoio da Câmara Municipal de Loures, que disse ter atendido 38 dos agregados até sexta-feira. Segundo informações da autarquia, outras 14 famílias encontraram alternativa habitacional junto de familiares ou amigos, três recusaram o apoio e sete não manifestaram interesse nas soluções apresentadas.

Cinco famílias conseguiram aceder ao mercado de arrendamento, tendo beneficiado do apoio municipal para o pagamento da caução e do primeiro mês de renda, acrescenta a autarquia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hungria vai construir um novo oleoduto com Sérvia e Rússia

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

A União Europeia está a “cortar ligações e a bloquear rotas” para o gás proveniente da Rússia, mas é preciso “alargar as rotas e as fontes”, disse o chefe da diplomacia húngara.

A Hungria vai construir em conjunto com Moscovo e com Belgrado um oleoduto que ligará o país à Sérvia, contrariando as diretivas da União Europeia, anunciou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto.

Estamos a avançar com os nossos parceiros sérvios e russos para construir um novo oleoduto entre a Hungria e a Sérvia”, escreveu Szijjarto nas redes sociais, criticando os parceiros europeus pela sua postura em relação à energia russa. A União Europeia está a “cortar ligações e a bloquear rotas” para o gás proveniente da Rússia, mas é preciso “alargar as rotas e as fontes”, defendeu o ministro húngaro.

Szijjarto alertou que “a Hungria não será vítima das decisões desastrosas” que estão a ser tomadas em Bruxelas e que, segundo considerou numa outra declaração, levaram ao aumento dos preços. “Temos de pagar muito mais do que noutros sítios”, protestou.

“Bruxelas quer agora que as contas das famílias húngaras aumentem duas a quatro vezes em comparação com o período anterior ao abandono do petróleo e do gás natural russos. Não vamos permitir isso, não devemos fechar rotas de transporte nem cortar o acesso da Europa às fontes de energia. Temos é de abrir novas”, afirmou.

O gasoduto planeado terá, segundo o ministro, 180 quilómetros de comprimento e poderá estar operacional em 2027. A União Europeia aprovou na sexta-feira o 18.º pacote de sanções contra a Rússia com várias medidas entre as quais se incluem algumas destinadas a afetar a indústria petrolífera e energética russa.

Bruxelas determinou, nomeadamente, um teto de preço dinâmico para o petróleo russo, que é de 15% abaixo do valor médio de mercado. Além disso, proibiu todas as transações futuras de energia provinda dos dois oleodutos Nord Stream e a importação de produtos petrolíferos refinados produzidos a partir de petróleo bruto russo, mesmo que processado num país terceiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Made for Germany”. Empresas prometem investir 631 mil milhões de euros na Alemanha até 2028

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Julho 2025

Mais de 60 empresas alemãs garantiram ao Governo de Friedrich Merz fazer investimentos no valor total de 631 mil milhões de euros para ajudar a recuperar economia do país.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, reúne-se esta segunda-feira com representantes de 61 empresas que, no seu conjunto, prometeram investir 631 mil milhões de euros até 2028 para restaurar a confiança na economia do país.

As empresas presentes, que incluem o Deutsche Bank e a Siemens, vão apresentar a Merz e ao ministro das Finanças, Lars Klingbeil, a sua iniciativa “Made for Germany”.

Os 631 mil milhões de euros incluem investimentos de capital, despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) e ainda compromissos de investimento internacional, de acordo com as empresas.

A economia alemã, a maior da Zona Euro, está em recessão há dois anos consecutivos e as previsões dos analistas antecipam que 2025 será mais um ano difícil, com projeções de crescimento entre as mais fracas dos países desenvolvidos.

Em declarações ao jornal Handelsblatt, o CEO da Siemens, Roland Busch, esclareceu que o dinheiro anunciado pelas empresas é “capital novo, mas também capital que já foi comprometido”, acrescentando que é preciso “coragem para mudanças estruturais na política e [que] é imperativo que sejam dados grandes passos”.

Espera-se que as empresas, presentes na reunião desta segunda-feira, pressionem o Governo alemão a aprovar mais rapidamente projetos de infraestruturas e medidas para combater a escassez do mercado de trabalho na Alemanha.

O Governo liderado por Merz, por sua vez, adiantou que a reunião se irá focar em como melhorar o clima de investimento e a atratividade da Alemanha como destino de negócios.

Os investimentos da iniciativa são um sinal muito poderoso de que estamos a viver uma mudança de sentimento e a consolidá-la. A mensagem é muito clara: a Alemanha está de volta. Vale a pena investir novamente na Alemanha. Não somos um lugar do passado, mas um lugar do presente e, acima de tudo, do futuro”, afirmou o chanceler alemão.

O líder conservador fez da revitalização da economia alemã uma das suas principais prioridades desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, sublinhando, numa conferência de imprensa na semana passada, que a sua coligação estava a “levar a questão da redução da burocracia muito a sério”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rede social X denuncia investigação devido a “agenda política” em França

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

As autoridades francesas solicitaram acesso ao seu algoritmo de recomendação, bem como dados em tempo real sobre todas as publicações dos utilizadores da plataforma.

A empresa que gere a rede social X, investigada em França por suspeita de ter distorcido o seu algoritmo, denunciou esta segunda-feira ser alvo de “uma agenda política” e recusou dar acesso a dados às autoridades.

“Com base no que sabemos até agora, a X acredita que esta investigação distorce a lei francesa para servir uma agenda política e, em última análise, restringir a liberdade de expressão”, escreveu o departamento de Relações Públicas da rede social norte-americana, propriedade de Elon Musk, numa publicação na própria rede.

“Por estas razões, a X não atendeu os pedidos das autoridades francesas, como temos o direito legal de fazer”, acrescentou a empresa tecnológica. De acordo com a rede social, as autoridades francesas solicitaram acesso ao seu algoritmo de recomendação, bem como dados em tempo real sobre todas as publicações dos utilizadores da plataforma.

O Ministério Público de Paris anunciou a 11 de julho que foi confiada à polícia uma investigação sobre a rede social X, enquanto entidade legal, e contra as “pessoas singulares” que a gerem. Esta investigação diz respeito, em particular, à alteração do funcionamento de um sistema automatizado de processamento de dados por gangue organizado e à extração fraudulenta de dados de um sistema automatizado de processamento de dados por gangue organizado.

A investigação surgiu depois de dois relatórios, recebidos em janeiro, que “relatavam o alegado uso do algoritmo da X (antigo Twitter) para interferência estrangeira”, de acordo com os procuradores franceses.

Um desses relatórios veio de um membro do parlamento especializado nestas questões, Éric Bothorel, do partido Renascimento do Presidente francês, Emmanuel Macron, que alertou os tribunais para “as recentes alterações no algoritmo da X, bem como a aparente interferência na gestão desde a aquisição por Elon Musk”, em 2022.

A empresa de Elon Musk negou categoricamente as acusações de estar a manipular o algoritmo para interferência estrangeira. “Esta investigação, iniciada pelo deputado francês Éric Bothorel, compromete seriamente o direito fundamental da X ao devido processo legal e ameaça os direitos dos nossos utilizadores à privacidade e à liberdade de expressão”, argumentou a empresa, lamentando a utilização, pelas autoridades francesas, de dois especialistas que acusou de serem hostis.

O deputado Éric Bothorel respondeu à plataforma num comunicado agora divulgado, lembrando que “ninguém está acima da lei”, ao mesmo tempo que desafiou a empresa tecnológica a colaborar com a justiça. “Seria aconselhável que respondessem aos tribunais porque, em França, ninguém está acima da lei. (…) Não há liberdade sem responsabilidade e controlo. A ausência de responsabilidade e controlo põe em perigo a liberdade tanto quanto as proibições e a censura”, escreveu o deputado no comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

MAP constrói hotel de luxo de 60 milhões da Sonae na Meia Praia

Grupo liderado por Diogo Abecasis e José Rui Meneses e Castro ganhou a adjudicação do hotel de cinco estrelas promovido pela Sonae Sierra em parceria com a norte-americana PGIM Real Estate.

A MAP Engenharia e Construção, empresa do MAP Group, foi a empresa escolhida para construir o resort turístico de cinco estrelas na Meia Praia, em Lagos, promovido pela Sonae Sierra, em parceria com a gigante norte-americana PGIM Real Estate e IHSP – Iberian Hospitality Solutions. O projeto representa um investimento de 60 milhões de euros.

A empreitada consiste na construção de um resort de luxo na Meia Praia localizado na primeira linha da praia no Algarve e composto por um total de 158 unidades divididas entre hotel e apartamentos. O projeto, liderado pela Reify, contempla uma área bruta de construção de cerca de 20.000 metros quadrados e ainda 22.500 metros quadrados de arranjos de zona exterior num terreno urbano com vista privilegiada sobre o mar e o campo de golfe de Palmares.

Este é um projeto exigente, com padrões de excelência internacionais, e é exatamente esse tipo de desafio que nos move”, afirma José Rui Meneses e Castro, co-CEO do grupo que no ano passado investiu três milhões para segmentar construção e entrar em novos setores.

“Acreditamos que a combinação entre experiência técnica, gestão rigorosa e proximidade com o cliente continuará a ser a base do nosso sucesso. O Algarve merece uma obra desta qualidade, e vamos entregá-la com o mesmo compromisso que colocamos em tudo o que fazemos”, refere José Rui Meneses e Castro, citado em comunicado.

Após fazer “check-in” no imobiliário hoteleiro com um Hilton no centro do Porto, o veículo de investimento da Sonae Sierra anunciou em dezembro do ano passado que iria avançar com o resort de luxo na Meia Praia, em Lagos, com inauguração prevista para 2027.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Coporgest entra na hotelaria com unidades de luxo em Lisboa e Tróia

No total, o Lisbon Chiado Hotel & Spa e o Comporta Beach & Golf Resort representam um investimento superior a 200 milhões de euros.

A Coporgest, promotora imobiliária com capital 100% nacional, anunciou que vai estrear-se no setor da hotelaria com a abertura do Lisbon Chiado Hotel & Spa em setembro, num investimento superior a 20 milhões de euros. Tem também em fase de construção avançada o Comporta Beach & Golf Resort, previsto para 2027, num investimento de 180 milhões de euros.

Lisbon Chiado Hotel & SpaCoporgest

Localizado no Largo Rafael Bordalo Pinheiro, no coração do Chiado, o Lisbon Chiado Hotel & Spa de cinco estrelas resulta de uma profunda reabilitação de dois edifícios em frente ao Teatro da Trindade. A unidade contará com 24 quartos, 16 suítes, um rooftop bar, restaurante com esplanada, spa com piscina e sala de eventos. Entre a aquisição do imóvel, a construção e a decoração, o investimento rondou os 20 milhões de euros. É o primeiro hotel concebido e gerido pela equipa da promotora fundada por Sérgio Ferreira.

Comporta Beach & Golf ResortCoporgest

A Coporgest encontra-se já a construir o seu segundo hotel, uma unidade de cinco estrelas localizada na Península de Troia, próximo da Comporta, cuja inauguração está prevista para 2027. Este hotel integra o projeto Comporta Beach & Golf Resort, que inclui 37 moradias, 71 apartamentos turísticos e uma unidade hoteleira com 58 quartos e suítes. No total, este projeto representa um investimento de 180 milhões de euros.

Ao longo de 20 anos de existência, a Coporgest já construiu cerca de 250 frações, a maioria localizadas na zona histórica de Lisboa, com um investimento acumulado de aproximadamente 440 milhões de euros.

Em 2012, Sérgio Ferreira, lançou uma nova área de negócio com foco no alojamento local, criando a marca Lisbon Best Apartments. Sérgio Ferreira, que detém 100% do capital da Coporgest, destaca ainda o papel da empresa na dinamização do Alojamento Local na cidade. A operação começou com dois edifícios, totalizando 13 apartamentos. Três anos depois, o número subia para 45 e, em 2018, já eram 55 apartamentos, todos destinados a alojamento local.

Sérgio Ferreira, fundador e presidente da Coporgest

“Foi esta estratégia definida e clara desde o início – crescer de forma sustentada e equilibrada – que nos permitiu, ao longo destes 20 anos, sermos uma empresa reputada e reconhecida e que, de forma muito consistente, tem recuperado património urbano de relevância patrimonial e histórica na cidade de Lisboa, e sobretudo nas localizações mais nobres da capital”, afirma Sérgio Ferreira, citado em comunicado.

O empresário acrescenta ainda: “a empresa começou com apenas dois colaboradores e conta atualmente com 30. A previsão é atingir os 100 colaboradores até ao final de 2027, quando estiver concluído o empreendimento da Comporta”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mapfre inaugura nova sede em Sete Rios

Foram instalados 100 painéis fotovoltaicos no edifício que contará com um rooftop, um ginásio e várias focus rooms. Integra a nova flagship store da Mapfre e centraliza todas as operações do grupo.

A Mapfre inaugurou a sua nova sede na Avenida José Malhoa n.º13, em Sete Rios, Lisboa. Segundo anunciou em comunicado, o edifício já acolhe cerca de 400 colaboradores de várias empresas do grupo em Portugal: Mapfre Seguros (Gerais e Vida), a Mawdy e a Mapfre Santander.

António Huertas, CEO global da Mapfre e Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa inauguraram a nova sede da Mapfre na Avenida José Malhoa n.º13 em Lisboa.

O edifício foi alvo de um processo de reabilitação ao longo do último ano, seguindo as diretrizes de sustentabilidade do grupo. Foram instalados cerca de uma centena de painéis fotovoltaicos, que permitem uma poupança energética anual de 60.884 kWh, “contribuindo, desta forma, para atingir a neutralidade carbónica até 2030”, de acordo com a empresa. Esta medida insere-se no compromisso da Mapfre com a eficiência energética e a descarbonização.

Com o objetivo de tornar o espaço mais eficiente e promover o bem-estar das equipas, a nova sede vai contar com um rooftop, um ginásio e várias focus rooms. O edifício integra ainda a nova flagship store da Mapfre e centraliza todas as operações do grupo em Portugal.

“Este é o início de um novo capítulo na história da Mapfre em Portugal. Temos um edifício próprio que serve todas as empresas do grupo, assim como uma loja que será exemplo para todas as lojas Mapfre a nível nacional. É uma rampa de lançamento que, acredito, nos motivará para o crescimento e a afirmação em Portugal”, afirmou Luís Anula, CEO da Mapfre Portugal durante a cerimónia oficial de inauguração, realizada na passada sexta-feira.

“O retorno esperado sobre o investimento em sustentabilidade – através da poupança energética a longo prazo – não é apenas financeiro, mas também social e ambiental, e reforça o papel da Mapfre enquanto líder em responsabilidade corporativa”, acrescentou o responsável.

Com nove pisos e uma área total de 4.700 metros quadrados, o edifício foi adquirido com capitais próprios em junho de 2023. A mudança fez com que a Mapfre Seguros desocupasse os espaços onde se encontrava em Miraflores (Oeiras), enquanto a MAWDY deixou os espaços que ocupava em Lisboa.

Além da presença de Luís Anula, a cerimónia da abertura contou ainda com a presença de Antonio Huertas, presidente do Grupo Mapfre, assim como do embaixador de Espanha em Portugal, Juan Fernández Trigo, e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desempregados inscritos no IEFP baixam 3,8% em junho. Ofertas de trabalho por satisfazer disparam 49%

Em junho, estavam inscritas nos centros do IEF 293.488 pessoas. As maiores diminuições verificaram-se no pessoal administrativo e "técnicos e profissões de nível intermédio".

O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a reduzir-se em junho, mantendo a trajetória de queda registada desde janeiro. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, o total de desempregados caiu 3,8% em termos homólogos, para 293.488 pessoas.

“O total de desempregados registados no País foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2024 (-11.458; -3,8%) e também inferior ao do mês anterior (-7 417; -2,5%). Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2024, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (-11.812), os que procuram um novo emprego (-9.916) e os maiores de 25 anos (-8.345)”, explica o IEFP.

Fonte: IEFP

A nível regional, o desemprego diminuiu em termos homólogos, tendo sido o valor mais acentuado (-17%) na Madeira. Quando comparado com o mês anterior, no mês de junho registou-se uma queda em todas as regiões.

Relativamente ao mês homólogo de 2024 e tendo em conta os grupos profissionais com maior expressão, as maiores diminuições verificaram-se no “pessoal administrativo” (-14,7%), “técnicos e profissões de nível intermédio” (-10,7%) e “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (-7%). Por outro lado, registou-se um aumento no desemprego no grupo profissional dos “trabalhadores não qualificados” (+4,6%).

Lisboa lidera ofertas de trabalho por satisfazer

Por outro lado, as ofertas de emprego por satisfazer dispararam 49,2% em junho em termos homólogos, totalizando 19.306, tendo aumentado 6,5% face a maio. Do total, 97,8% diziam respeito a vagas no continente e 2,2% nas regiões autónomas.

O maior número de ofertas por satisfazer diz respeito a Lisboa e Vale do Tejo, representando 41,3% do total. Seguem-se a região centro (21,3%) e o Norte (18,3%). O maior crescimento homólogo, contudo, registou-se no Algarve, com uma subida de 62,7%. No entanto, o peso face às ofertas totais é de 6,9%, correspondendo a 1.331 pessoas.

No Centro, o acréscimo homólogo foi de 58,9%, em Lisboa e Vale do Tejo de 49,3%, no Norte de 44,5%, no Alentejo de 38,5% e na Madeira de 24,6%. Por outro lado, nos Açores caiu 60%, registando-se apenas oito ofertas em junho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Aumentos de tensão em cascata.” Peritos apontam causa inédita para o apagão

"Uma série em cascata de desconexões de geração e os aumentos de tensão como o motivo mais provável do apagão", indica o regulador português, com base nas conclusões dos peritos europeus.

O grupo de peritos da Rede Europeia de Operadores de Redes de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E) aponta “uma série em cascata de desconexões de geração e os aumentos de tensão como o motivo mais provável do apagão”, explica a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) em Portugal. Um motivo para este tipo de evento, até agora, sem paralelo a nível europeu.

Tais aumentos de tensão em cascata nunca foram anteriormente associados a um apagão em qualquer parte do sistema elétrico europeu. Se confirmado, exigirá uma análise e investigação aprofundadas por parte de todos os especialistas em sistemas elétricos da ENTSO-E”, lê-se no documento partilhado pelo regulador português, esta segunda-feira, e que incide sobre as conclusões da última reunião dos peritos.

Na cronologia dos eventos de 28 de abril, registam-se três eventos que antecederam ao colapso e que foram determinantes para o mesmo. Às 12:32:57, foram observados disparos de produção nas regiões de Granada, Badajoz e Sevilha, totalizando uma estimativa inicial de 2.200 megawatts (MW), “devido ao disparo de um transformador de geração”, na sequência de um problema no lado de menor tensão, na região de Granada. Às 12:33:16, desligaram-se instalações fotovoltaicas e termosolares conectadas a duas subestações de transporte na área de Badajoz, tendo interrompido a injeção de cerca de 720 MW (megawatts).

O terceiro evento pelas 12:33:17, incluiu a desligação de diversos geradores em diferentes áreas, em menos de um segundo: parques eólicos em Segóvia e Huelva, fotovoltaicos em Badajoz, Sevilha, Cáceres e Huelva e termo-solares em Badajoz, assim como outros geradores em diferentes locais, num total de mais de 1100 MW. “As causas desses três eventos ainda estão sob investigação“, remata o relatório.

Entre o 12:33:18 e 12:33:21, “a tensão na região sul de Espanha aumentou drasticamente e, consequentemente, também em Portugal”. A sobretensão desencadeou perdas de produção em cascata, o que levou a uma queda da frequência em ambos os lados da fronteira. Foi precisamente às 12:33:19 que os sistemas de energia de Espanha e de Portugal começaram a perder sincronia com o Sistema Europeu, pelo que foram ativados os Planos de Deslastre Automático e de Defesa do Sistema de Espanha e Portugal, mas estes “não conseguiram evitar o colapso do sistema elétrico ibérico“.

Tendo em conta estas conclusões, a ENTSO-E considera necessário atuar em duas frentes, de forma a prevenir futuros incidentes com este mesmo fundamento. Por um lado, sugere “melhorar os procedimentos e capacidades de gestão do controlo da tensão de todos os intervenientes ativos do sistema elétrico”; por outro, pretende “avaliar como os planos de defesa do sistema podem proteger melhor o sistema elétrico europeu contra este novo tipo de fenómeno”.

Na primeira fase da investigação, o Painel de Peritos recolhe e analisa todos os dados disponíveis sobre o incidente, para reconstruir os eventos de 28 de abril e determinar as causas do apagão. No final desta primeira fase, o Painel de Peritos entregará um primeiro relatório factual, para apresentar os factos e dados sobre o incidente. Embora o prazo legal para produzir este relatório seja 28 de outubro de 2025, seis meses após o incidente, o Painel de Peritos pretende entregá-lo antes. A próxima reunião terá lugar a 18 de agosto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passos Coelho e Sérgio Sousa Pinto vão coordenar estudos sobre reforma do Estado e do sistema político

Antigo primeiro-ministro e ex-deputado socialista convocados pela Associação Comercial do Porto para coordenar projetos que serão apresentados publicamente no último trimestre de 2026.

A Associação Comercial do Porto vai promover estudos sobre a reforma do sistema político e sobre “medidas estruturais para a modernização do Estado”, tendo chamado o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e o ex-deputado socialista Sérgio Sousa Pinto para coordenar esses projetos que serão apresentados publicamente no último trimestre de 2026.

A associação liderada por Nuno Botelho, que partilha também a coordenação destes estudos de “interesse estratégico nacional” — com o contributo científico da Católica Porto Business School e da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) — refere que a constituição desta equipa “espelha a ambição de garantir pluralidade de perspetivas, profundidade analítica e legitimidade no debate democrático”.

O primeiro estudo visa “avaliar a necessidade de reforma do sistema político e dos cargos de titulares de órgãos de soberania em Portugal, com o propósito contribuir, de forma rigorosa e independente, para uma reflexão alargada sobre o funcionamento da democracia representativa portuguesa, colocando em discussão temas centrais como a qualidade da representação, os mecanismos de responsabilização política e a capacidade das instituições para responder às exigências sociais e económicas contemporâneas”.

Em comunicado, a associação empresarial nortenha destaca que o segundo documento analisará de forma abrangente as “reformas estruturais consideradas determinantes para a superação de bloqueios persistentes à modernização do país, tanto na vertente económica, como na esfera administrativa do Estado”.

“Estes estudos são de elevada relevância para o presente e futuro da democracia portuguesa, ao procurar, de forma rigorosa e independente, identificar os principais bloqueios e potenciais caminhos para a reforma do nosso sistema político e mecanismos de modernização do Estado português”, sublinha Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT inauguram máquina de distribuição e duplicam capacidade de tratamento de objetos no Algarve

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

Correios inauguraram uma máquina de separação de encomendas no Centro Operacional de Algoz, no distrito de Faro.

Os CTT, Correios de Portugal, inauguraram nesta segunda-feira uma nova máquina de separação de encomendas no Centro Operacional de Algoz, no distrito de Faro, que representou um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros, anunciou a empresa.

Em comunicado, os CTT afirmam que a nova fase de modernização da unidade algarvia vai permitir, a partir de agora, a duplicação da capacidade de tratamento de objetos neste centro, servindo uma população de quase meio milhão de habitantes, de todos os municípios do Algarve e ainda de alguns do Alentejo.

A unidade garante, neste momento, 50 postos de trabalho diretos e 100 indiretos, estando prevista a criação de mais 50 empregos até ao final do ano, segundo a empresa.

“Este investimento insere-se […] na estratégia de desenvolvimento das operações dos CTT, robustecendo a nossa componente ibérica ao abrir um novo corredor operacional entre o Algarve e a Andaluzia”, disse o presidente executivo (CEO) dos CTT, João Bento, citado na nota.

O Centro Operacional do Algoz iniciou a sua atividade em abril de 2022, sendo uma infraestrutura com cerca de 4.500 m2, numa área de implantação de mais de 9.000 m2.

De acordo com a nota, a expectativa da empresa é de que o investimento nesta nova infraestrutura “potencie o crescimento de atividade da CTT Expresso, permitindo a contratação de mais recursos humanos para fazer face ao aumento do tratamento e das rotas de distribuição previstas”.

“A nova máquina permitirá também reduzir tempos de processamento, com significativos impactos positivos na qualidade de serviço prestado em todos os municípios servidos por este centro operacional”, afirmam os CTT.

A empresa conta com novas instalações em Aveiro, Leiria e Palmela e modernizações “relevantes” em Coimbra, Braga, Maia e Lisboa.

Os CTT referem que em Espanha foram instalados no último ano novos ‘sorters’ (máquinas de separação de encomendas) em Madrid, Barcelona, Bilbau e ainda San Fernando de Henares, em Espanha.

Os CTT indicam que a infraestrutura atual da empresa conta com 73 centros operacionais na Península Ibérica, 30 dos quais totalmente automatizados, sendo que 17 servem os dois países, processando mais de 500 mil objetos por dia, com total cobertura ibérica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS acusa Montenegro de escolher Chega como “parceiro preferencial na governação”

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

Líder parlamentar diz que PS "está disponível para um diálogo democrático", mas "não participará numa implementação e numa normalização de uma agenda que é nociva" para o país e para os portugueses.

O líder parlamentar do PS acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro de normalizar a extrema-direita e de escolher o Chega como parceiro preferencial de governação, defendendo que “é difícil dialogar com quem não quer conversar no quadro democrático”.

Eurico Brilhante Dias defendeu estas ideias em declarações aos jornalistas no parlamento, depois da entrevista de Luís Montenegro à Antena 1 na qual se manifestou surpreso com a ameaça do PS de romper com o Governo e considerou que o Chega “está a começar a mostrar” maior responsabilidade.

“Esta entrevista é mais um passo nesse sentido. É um passo no sentido de escolher, é uma escolha feita pelo senhor primeiro-ministro: escolher a extrema-direita como parceiro preferencial na governação do país”, apontou o socialista.

Segundo Eurico Brilhante Dias, o PS “está disponível para um diálogo democrático”, mas “não participará numa implementação e numa normalização de uma agenda que é nociva” para o país e para os portugueses.

“O Governo, infelizmente, escolheu ser radical e construir um bloco radical à direita. É difícil falar, é difícil dialogar com quem não quer conversar no quadro democrático”, lamentou.

Na perspetiva do líder parlamentar do PS, esta entrevista é “mais um passo na normalização da extrema-direita” e das suas ideias. “O PS serve o país, quer na oposição, quer no Governo, e serve o país resolvendo problemas”, assegurou.

Eurico Brilhante DiasLusa

Perante problemas nas urgências hospitalares, na compra de serviços de meios aéreos para a emergência médica ou nos preços das casas, Eurico Brilhante Dias considerou que o primeiro-ministro “aliou-se à agenda da extrema-direita” e criou “um bloco radical de direita”.

“Escolheu o seu parceiro, escolheu o seu parceiro preferencial, tomou a agenda da extrema-direita e continua sem resolver os problemas essenciais dos portugueses”, acusou.

O dirigente do PS assegurou que o partido “é uma oposição firme e alternativa” e “tem uma agenda positiva, de solução, moderada, de centro, credível”, referindo que o líder socialista “mostrou abertura para, na oposição, ser a oposição que garante a normalidade democrática e as soluções moderadas”.

“O PS serve o país e disse desde o primeiro dia que estava disponível para garantir que o Governo não se entregava nos braços da extrema-direita para sobreviver. Por isso fez propostas na área da defesa, fez propostas na área da coordenação da emergência médica, ainda hoje faz uma proposta na área do crédito à habitação, em particular para pessoas com deficiência e familiares de pessoas com deficiência”, elencou.

Em entrevista ao programa “Política com Assinatura” da Antena 1, Luís Montenegro voltou a dizer que não tem um parceiro preferencial ou exclusivo para diálogo, considerou que o partido liderado por André Ventura “está normalizado” há muito tempo e apelou ao PS para que mostre “humildade democrática neste novo tempo político”.

“Nós estamos no primeiro mês da legislatura, esta semana o PS ameaçou uma rutura com o governo. Mas alguém percebe uma dramatização, uma radicalização destas no PS, até contrária à linha política que era mais expectável hoje da atual liderança? Eu próprio fico assim um bocadinho surpreso”, afirmou, admitindo que também já passou por “momentos muito difíceis” dentro do seu partido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.