PS pede audição de presidente e CEO da TAP
Depois do PSD ter requerido uma audição parlamentar com a CEO da TAP, também o PS quer ouvir Christine Ourmières-Widener e o presidente Manuel Beja,
O PS pediu esta terça-feira a audição na Assembleia da República da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, bem como do presidente do Conselho de Administração da companhia aérea, Manuel Beja.
Num requerimento assinado pelos deputados do PS Hugo Costa e Carlos Pereira, que foi dirigido ao presidente da comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, refere-se que a TAP “é uma empresa estratégica para Portugal, o seu desempenho é essencial na prossecução dos interesses económicos e estratégicos do país”.
“Após os anos difíceis da pandemia que provocaram graves impactos na indústria da aviação no mundo inteiro, o Governo português tem concretizado importantes investimentos na TAP de modo a garantir a continuidade da empresa. Estes investimentos têm sido enquadrados no Plano de Reestruturação da companhia aérea portuguesa, aprovado em dezembro de 2021 pela Direção-Geral da Concorrência”, referem os socialistas.
Depois da apresentação dos resultados da TAP do ano passado, na opinião do PS, é “da maior conveniência que a Assembleia da República possa proceder a um acompanhamento e análise do Plano de Reestruturação da empresa de modo a compreender se há desvios e quais as metas concretizadas assim como as perspetivas futuras”.
É por isso que os socialistas pedem a audição do presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja e também da presidente da Comissão Executiva, Christine Ourmières-Widener.
A semana passada, também o PSD requereu a audição parlamentar urgente da presidente executiva da TAP para explicar a situação económico-financeira da empresa e as suas opções de rotas, nomeadamente no Norte do país.
De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2022, o Governo mantém a previsão de injetar este ano até 990 milhões de euros na TAP. A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou a empresa, esta segunda-feira.
Na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a transportadora aérea nacional explica que registou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões – por exemplo, com o encerramento das operações de manutenção no Brasil – que tiveram impacto nos resultados.
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