De Costa a Putin, o que disseram os líderes políticos a Macron?

  • ECO
  • 25 Abril 2022

Vários responsáveis políticos já deixaram mensagens ao presidente reeleito em França, seja por telegrama a partir de Moscovo, em mensagens no Twitter ou em declarações na feira agropecuária Ovibeja.

Depois de confirmada a vitória de Emmanuel Macron nas Presidenciais francesas, com os resultados oficiais definitivos desta manhã a confirmarem a percentagem de 58,55%, os principais líderes políticos, da Europa à Ásia, enviaram mensagem de felicitações ao centrista liberal que derrotou a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, que obteve 41,45% nesta segunda volta eleitoral.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou um telegrama ao homólogo francês, Emmanuel Macron, apesar das tensões dos últimos meses relacionadas com a invasão da Ucrânia. “Desejo-lhe sinceramente sucesso na sua ação pública, bem como boa saúde”, escreveu Putin, de acordo com fontes do Kremlin.

De Moscovo para Pequim, o presidente XiJinping enviou também uma mensagem a Macron em que, segundo informou a televisão estatal CCTV, o mais alto responsável do regime chinês disse “[querer] continuar a trabalhar com o presidente Macron para defender, como desde o estabelecimento das relações diplomáticas [entre os dois países], os princípios da independência, da compreensão mútua, da clarividência e do benefício mútuo“.

Em Portugal, António Costa recorreu ao Twitter para felicitar Macron, evidenciando “grande entusiasmo” por poder trabalhar com ele nos próximos quatro anos, sublinhando que “o povo francês demonstrou, uma vez mais, o seu compromisso com o projeto europeu” e que conta com a França na “defesa do multilateralismo, da segurança e do combate às alterações climáticas”.

Marcelo Rebelo de Sousa reagiu logo aos jornalistas, à margem da feira agropecuária Ovibeja, em Beja. Enviou “um abraço de felicitações muito caloroso e muito amigo” a Emmanuel Macron e considerou-a “uma vitória de quem sempre soube compreender a comunidade portuguesa em França (…) e a integração dos imigrantes no seu país [e] uma vitória contra a xenofobia”.

Agora fora da União Europeia, o Reino Unido pretende “continuar a trabalhar em conjunto em questões-chave, tanto para os [seus] países como para o mundo”. Nas redes sociais, em língua francesa, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, lembrou que, apesar das rivalidades ancestrais, a França “é um dos aliados mais próximos e mais importantes”.

A partir de Roma e numa declaração oficial, o chefe do Governo italiano, Mario Draghi, considerou a vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas “uma notícia maravilhosa para toda a Europa”, de acordo com a nota citada pelas agências de notícias internacionais.

Fontes do Palácio do Eliseu, citadas pela EFE, notaram, porém, que o primeiro dirigente europeu a falar com Macron após a vitória na segunda volta foi o novo chanceler alemão Olaf Scholz, enfatizando ser um reflexo da amizade franco-alemã. No entanto, Scholz também recorreu ao Twitter para dizer que “anseia pela boa e contínua cooperação” entre os países e para assinalar que os eleitores franceses enviaram “um sinal forte à Europa”.

Já esta segunda-feira, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, felicitou o “amigo” Emmanuel Macron pela vitória nas eleições, esperando “continuar a trabalhar em conjunto para aprofundar a parceria estratégica” entre os dois países em matérias como a defesa, a economia ou a energia solar.

Em África, o presidente angolano felicitou Macron pela reeleição e manifestou-se “esperançoso” que Angola e França “concretizem de forma prática”, durante este mandato, as perspetivas de cooperação bilateral. João Lourenço referiu que esta vitória “traduz a vontade e a firme determinação do povo francês em manter a República Francesa como um importante eixo da construção de uma Europa unida e coesa (…), capaz de assegurar, principalmente neste tempos difíceis, a estabilidade e a segurança necessárias à consolidação do processo de desenvolvimento do continente” europeu.

“Sirvo-me deste ensejo para, uma vez mais, reiterar a minha disponibilidade e empenho para prosseguir com o trabalho bilateral em curso, com vista ao reforço, cada vez maior, dos laços de amizade, solidariedade e cooperação existentes entre as nossas duas nações”, corroborou Filipe Nyusi, chefe de Estado de Moçambique, numa nota de imprensa distribuída pela Presidência moçambicana e citada pela Lusa.

À margem de uma visita à Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), também o presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, felicitou Emmanuel Mácron. “O povo francês fez a sua escolha e agora é importante que esta eleição sirva para aproximarmos Cabo Verde da França e para reforçarmos as relações de amizade e de cooperação entre Cabo Verde e França”, disse o chefe de Estado, na cidade da Praia.

(Notícia atualizada às 15h20 para acrescentar reações de Angola, Moçambique e Cabo Verde)

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