Marcelo avisa que cultura tem de ser incluída na recuperação da pandemia
No encerramento do 15.º encontro da COTEC, o Presidente da República destacou que a associação de Portugal a Espanha e Itália proporcionou mais investimento e empatia comercial.
O setor da cultura e das indústrias criativas tem de ser incluído na recuperação da economia depois da pandemia. O aviso foi deixado esta quarta-feira pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no encerramento do 15º encontro da associação empresarial COTEC, em Braga. O chefe de Estado assinalou ainda os benefícios da ligação das economias entre Portugal, Espanha e Itália.
“A recuperação tem de compensar o mundo da cultura, gravemente atingido pela pandemia”, exortou o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa recordou que a cultura e as indústrias criativas, “que tanto sofreram com a pandemia”, valiam cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) português no final de 2019 e representavam 3% de todo o emprego.
Com o encontro na cidade minhota centrado na cultura, o chefe de Estado assinalou que a COTEC proporcionou várias vantagens para as três economias latinas. “Crescemos em investimento, em investimento uns nos outros, em relações comerciais e em empatia comercial. Conhecemo-nos melhor e isso também é cultura: cultura empresarial, cultura cívica e cultura dos povos”, destacou.
Sobre a guerra na Ucrânia, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou, durante o discurso de encerramento, que o conflito tem impacto em Portugal. “A guerra não é de outros; é nossa. Os nossos valores estão envolvidos na guerra. Está dentro das nossas fronteiras, do mundo de valores e de princípios”, resumiu.
E em tempo de guerra, a cultura também serve como momento de “inclusão, integração, conjugação de experiências, passados, futuros e presentes”, lembrou o Presidente da República português diante do Rei de Espanha, Filipe VI, e do Presidente de Itália, Sergio Mattarella.
O encontro da COTEC desta quarta-feira também serviu como “sinal de vida contra a morte”; de futuro, pois Braga é “cidade de juventude”; e ainda como sinal “da força das nossas línguas”. No conjunto, assinalou o chefe de Estado, o português, o castelhano e o italiano “só são ultrapassadas por uma língua universal”: o inglês.
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