Há mais 15 mil funcionários públicos que há um ano

Subida no número de postos de trabalho nas administrações públicas no primeiro trimestre de 2022 traduz-se num aumento homólogo de 2,2%.

O número de pessoas empregadas no setor das administrações públicas a 31 de março de 2022 totalizava os 741.288, mais 15,8 mil postos de trabalho do que no mesmo período do ano anterior, segundo revela a Síntese Estatística do Emprego Público divulgada pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Subida traduz-se num aumento homólogo de 2,2% e deveu-se principalmente às contratações de trabalhadores para o SNS e de professores. Esta variação resultou do “aumento de emprego nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do SNS (+3.771), nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (+3.394) e nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (+1.986)”.

A DGAEP destaca entre as carreiras que mais contribuíram para o aumento, na administração central: técnico superior (+2.117), assistente operacional (+2.062), enfermeiro (+1.616), Educadores de Infância e Docentes do Ensino Básico e Secundário (+1.309) e médico (+1.185).

Já se compararmos com o trimestre anterior, a subida foi de 1% (7.392 postos de trabalho), segundo a DGAEP. Novamente, “o maior contributo para a variação trimestral do emprego foi proveniente das áreas governativas da Saúde (+4.055) e da Educação (+1.978)”. Na Saúde, é de sublinhar o impacto da integração do Hospital de Loures, E.P.E. no universo das entidades das administrações públicas no 1º trimestre de 2022.

Quanto ao peso dos funcionários públicos no total de trabalhadores do país, é possível verificar que o emprego no setor das administrações públicas representa 7,2% da população total (rácio de administração), 14,2% da população ativa e 15,1% da população empregada.

Já olhando para os salários, a DGAEP adianta que “em janeiro de 2022, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas situava-se em 1.548,50 euros”, mais 0,6% em relação ao mês de referência do trimestre precedente (outubro 2021), e a uma variação homóloga de +1,3%.

Esta variação resulta do “efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios e da atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) e do valor da base remuneratória para 705,00 euros”.

Quanto ao ganho médio mensal nas administrações públicas, que inclui para além da remuneração base todos os prémios e subsídios ou suplementos regulares, bem como o pagamento por horas suplementares ou extraordinárias, situava-se, em janeiro de 2022, em 1.815,60 euros, correspondendo a uma variação global de 0,9%, face ao trimestre anterior e em termos homólogos.

É de recordar que os funcionários públicos tiveram um aumento de 0,9% este ano, valor que foi definido a partir do valor da inflação comunicado a 30 de novembro do ano passado. Os sindicatos que representam estes trabalhadores têm vindo a reivindicar um aumento intercalar, mas o ministro das Finanças já afastou essa hipótese.

Este relatório disponibiliza também os fluxos trimestrais de entradas e de saídas de trabalhadores, que mostram que no primeiro trimestre entraram 30.600 funcionários (metade sendo novas entradas e outra metade mobilidade). Já as saídas totalizaram 23.208, 11,7 mil dos quais por mobilidade e 11,4 mil tratando-se de saídas definitivas, sendo que destas, 3.079 foram reforma ou aposentação. Assim, o saldo acabou por se traduzir em mais 7.392 funcionários, face ao trimestre anterior.

(Notícia atualizada às 19h30)

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