Advocatus Summit. Há falta de literacia no investimento em cibersegurança
Com o tema "Cibersegurança e ciber-resiliência no novo normal”, a Cuatrecasas protagonizou o sexto painel da 5ª edição da Advocatus Summit.
Com o tema “Cibersegurança e ciber-resiliência no novo normal”, a Cuatrecasas protagonizou o sexto painel da 5ª edição da Advocatus Summit.
Com Nuno Teodoro, Cyber Security and Privacy Officer da Huawei, e Pedro Miguel Machado, Data Protection Officer do Grupo Ageas Portugal, moderado por Joana Mota Agostinho, sócia co-coordenadora da área de PI-TMT da Cuatrecasas.
“Estamos a viver momentos de glória para a cibersegurança porque estamos a dar uma importância ao tema. Temos vindo a ver um aumento de ataques, também mudou muito a morfologia dos ataques mas gostaria de deixar um aviso: as situações que aconteceram foi por alguma falta de zelo e alguma negligência por parte das empresas”, disse Pedro Miguel Machado, Data Protection Officer do Grupo Ageas Portugal. “Os amadores atacam máquinas mas os profissionais atacam pessoas e são essas o grande alvo deste tipo de situações”, acrescentou. “As pessoas podem estar em risco também na nossa vida mais privada e pessoal e não só em contexto empresa e laboral”. E acusou a falta de literacia no investimento na área de cibersegurança.
Joana Mota Agostinho, sócia da Cuatrecasas explicou que “41 % dos executivos considera a cibersegurança como uma das prioridades na sua empresa mas depois temos apenas 13% que alocam orçamentos necessários para a resiliência da cibersegurança”. A sócia da Cuatrecasas questionou ainda que “temos um crescente em termos de número e sofisticação dos ataques informáticos mas como é que a regulação consegue acompanhar?”. Pedro Miguel Machado respondeu que “a Europa tem de caminhar por via da força e da regulação e não pelo conhecimento técnico que já existe”.
Nuno Teodoro, Cyber Security and Privacy Officer da Huawei, defendeu que “estamos a viver uma inevitabilidade”, devia ao facto da nossa sociedade estar cada vez mais digital. “O meio digital existe em toda a nossa sociedade. E tudo o que são serviços críticos, tomamos consciência. Mas em termos de implementação ainda há muiyo a fazer”. O responsável diz que o meio “humano” é a maior vítima. “A nossa sociedade tem de parar de encarar a cibersegurança no topo mas sim na base. Não é um ‘nice to have’ mas sim um ‘must have'”, explicou.
Veja o vídeo.
Após quatro edições em Lisboa e duas no Porto, a Advocatus Summit está de regresso à capital. Este ano o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia decorrerá ate ao dia 24 de maio.
Em debate estarão os temas “Crescimento da economia e competitividade para o Portugal do pós pandemia”, “Agribusiness em Portugal: tendências e perspetivas de investimento”, “Financiamento sustentável: novos desenvolvimentos”, “Criptoativos: da fiscalidade à regulação”, “As Novas Formas de Trabalho nas sociedades de advogados”, “Cibersegurança e ciber-resiliência no novo normal”, “Desafios da nova Lei de Bases do Clima”, “NFTs e Criptoarte”, “ESG: Taxonomia e os Atos Delegados do Clima”, “Licenciamento urbanístico – necessariamente uma dor de cabeça?”, “Controle externo e riscos na gestão de fundos europeus”, “Imobiliário: as novas tendências de investimento”, “Whistleblowing: novas obrigações das empresas” e “A emergência dos ativos digitais”.
Ao todo serão 14 painéis que contam com participação, e patrocínio, das principais sociedades de advogados a operar em Portugal: Abreu Advogados, AVM Advogados, CMS Portugal, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda a Moneris.
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