EY avalia venda em bolsa do negócio de consultoria
A empresa contratou o JPMorgan e o Goldman Sachs para estudarem a dispersão do capital em bolsa ou uma venda parcial, avança o Financial Times. Operação permitiria encaixe avultado para os sócios.
A EY está a estudar a possibilidade de avançar com uma dispersão do capital em bolsa ou uma venda parcial do seu negócio global de consultoria, avança o Financial Times. O JPMorgan e o Goldman Sachs estão a assessor a empresa.
A empresa está a considerar uma separação entre os negócios de consultoria e auditoria, criando duas empresas diferentes, naquela que poderá ser a mais relevante alteração no negócio das Big Four em duas décadas.
O objetivo é pôr fim aos conflitos de interesse que emperram o negócio das consultoras e originaram vários processos das autoridades, em particular nos EUA e no Reino Unido, e obrigaram ao pagamento de coimas milionárias.
A medida visa impulsionar o negócio de consultoria, reconstruído após o escândalo da Enron e hoje mais valioso do que a auditoria. Com a separação, a consultora EY passaria a poder trabalhar clientes que hoje estão na auditoria.
Segundo o diário britânico, a operação permitiria um encaixe muito avultado para os sócios da EY, que são os detentores do capital e gerem a empresa. Para o processo avançar terá de ter a luz verde dos partners atuais.
Apesar da separação em entidades diferentes, a parceria da consultora com o negócio de auditoria, que em 2021 gerou 14 mil milhões de dólares em receitas, será para manter. Alguns consultores passarão para a auditoria para apoiar o trabalho em áreas como a fiscal, segundo disseram ao FT fontes com conhecimento do processo.
As outras três consultoras que fazem parte das chamadas “Big Four” — Deloitte, PwC e KPMG — já disseram não ter intenção de adotar uma solução idêntica.
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