Distribuidores farmacêuticos pedem medidas urgentes para minimizar aumento dos custos

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

O preços dos combustíveis “traduz-se numa ameaça real ao normal funcionamento do circuito de abastecimento de medicamentos em Portugal", avisa a Adifa.

Os distribuidores farmacêuticos pediram esta terça-feira ao Governo que tome “medidas urgentes” para minimizar o aumento dos custos dos combustíveis, alertando que se esta situação se mantiver há uma “ameaça real” ao normal funcionamento do circuito de abastecimento de medicamentos.

O apelo, em comunicado, da Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (Adifa) para que o Governo apoie o setor da distribuição de medicamentos surge no seguimento do “aumento sucessivo dos preços de energia, gás natural, eletricidade e principalmente dos combustíveis, com uma nova subida muito significativa esta semana”.

Entre as medidas propostas, incluem-se o acesso a gasóleo profissional, a majoração na dedução dos gastos com combustíveis, o reembolso parcial do Imposto sobre Produtos Petrolífero (ISP), a dedutibilidade do IVA no gasóleo, bem como a isenção do pagamento do imposto único de circulação das viaturas afetas à atividade da distribuição farmacêutica.

A associação recorda que, desde o início do ano, as empresas de distribuição farmacêutica de serviço completo registaram um aumento de 20% em custos energéticos. “Acresce que a distribuição de medicamentos consiste num setor extremamente regulado pelo Estado, que fixa administrativamente o preço e a margem destes bens essenciais, limitando a remuneração das empresas de distribuição que se veem forçadas a acomodar os custos crescentes de energia e combustíveis”, salienta a Adifa.

Os distribuidores farmacêuticos afirmam que têm realizado “um inequívoco esforço” para continuar a assegurar diariamente o fornecimento atempado e adequado de medicamentos e outras tecnologias de saúde em qualquer região do território nacional. “Contudo, os impactos económico-financeiros que resultam destes aumentos estão a agravar-se em função da evolução do atual contexto de crise energética”, advertem.

Avisam ainda que se esta situação se mantiver, “traduz-se numa ameaça real ao normal funcionamento do circuito de abastecimento de medicamentos em Portugal e, consequentemente, da acessibilidade das populações a produtos de saúde essenciais ao seu bem-estar e recuperação de doença”. Como tal, frisa a associação, estas medidas devem ser aplicadas de forma imediata para que os distribuidores consigam manter o nível de serviço das suas operações de armazenamento e distribuição de medicamentos.

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