Gasóleo sobe 13 cêntimos, mas gasolina desce três esta semana

Litro de gasóleo simples deve subir para 2,023 cêntimos e o da gasolina simples 95 descerá para 2,141 euros, de acordo com fonte do setor. Gasóleo supera, pela primeira vez, preço médio de dois euros.

Os preços do gasóleo vão disparar esta segunda-feira e, pela primeira vez, o preço médio do diesel deverá superar os dois euros. Ao que o ECO apurou junto de fonte do setor, esta segunda-feira, o litro de gasóleo deve aumentar 13 cêntimos, mas o da gasolina deverá descer três cêntimos.

Isto significa que os combustíveis voltam a ter um comportamento diferente esta semana. Tendo em conta os valores médios praticados nas bombas na segunda-feira passada, registados pela Direção Geral de Energia e Geologia, o litro de gasóleo simples vai subir para 2,023 cêntimos e o da gasolina simples 95 descerá para 2,141 euros.

Esta semana, ao contrário das anteriores, não houve mexidas decorrentes da fiscalidade. O Ministério das Finanças explicou que por causa dos feriados, não iria fazer a habitual atualização semanal do ISP, pelo que o valor não sofrerá alterações até 17 de junho data em que voltará a ser atualizado através do mecanismo de ajuste que devolve a receita adicional de IVA ditada pelo aumento dos preços dos combustíveis.

Já o desconto do ISP equivalente à redução do IVA para 13% entrou em vigor no início de junho com os valores 0,5 cêntimos no caso da gasolina e 0,3 cêntimos no do gasóleo. Montantes que se manterão ao longo do mês, o último em que a medida se aplica. No entanto, o decreto-lei publicado em Diário da República prevê que a medida possa ser prolongada até dezembro.

O agravamento dos preços do gasóleo é um resultado da subida da cotação do petróleo, que apesar da elevada volatilidade. Os preços têm vindo a aumentar há oito semanas consecutivas. O brent, que se serve de referência ao mercado europeu, fechou a semana a cotar nos 122,01 dólares. Apesar de estar acima dos 120 dólares por barril, o barril de Brent do Mar do Norte até registou uma queda depois de conhecidos os dados da inflação nos Estados Unidos impulsionada pelos preços dos combustíveis e dos alimentos que registaram o maior aumento anual em quase 40 anos. Um desempenho que torna ainda mais expectável que a Reserva Federal dos Estados Unidos voltará a aumentar juros.

O preço da gasolina nos Estados Unidos bateu um recorde histórico com o galão a custar, em média, cinco dólares em todo o país.

“As atenções estão agora voltadas para os indicadores prospetivos dos hábitos dos consumidores. Ainda que a procura por gasolina esteja forte, se os preços não estabilizarem, então os consumidores vão cortar”, alerta Phil Flynn, analista na Price Futures, citado pela Reuters.

A descida dos preços do petróleo também pode ser explicada pelas novas medidas impostas pela China para travar a progressão da pandemia. Xangai recuou e voltou a impor confinamentos em algumas partes da cidade e Pequim anunciou uma ronda de testagem em massa. Sinais de que as importações de petróleo poderão voltar a cair. Em maio, subiram quase 12% em termos homólogos quando nos meses anteriores tinham descido.

Brent acima da fasquia dos 120 dólares por barril

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