Número de trabalhadores em “lay-off” atinge máximo desde a pandemia

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

Desde março de 2020 que não havia tanta gente em "lay-off" tradicional. Eram 11.272 pessoas em maio, segundo dados divulgados esta segunda-feira.

O número de trabalhadores em lay-off tradicional, previsto no Código do Trabalho, foi de 11.272 em maio, o valor mais alto desde o início da pandemia, segundo as estatísticas mensais divulgadas esta segunda-feira pela Segurança Social.

“Em maio de 2022, as prestações de lay-off (concessão normal, de acordo com o previsto no Código de Trabalho) abrangeram 11.272 pessoas, sendo o número mais elevado desde o início da pandemia”, em março de 2020, lê-se na síntese estatística elaborada pelo Gabinete de Planeamento e Estratégia (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Face ao mês anterior, as prestações de lay-off processadas aumentaram 150,6%, e na variação homóloga o aumento foi de 70,5%.

De acordo com os dados, a maioria dos trabalhadores abrangidos (9.796) estava com redução de horário de trabalho, enquanto 1.476 estavam com suspensão temporária do contrato. Estas prestações foram processadas para 109 entidades empregadoras em maio, menos sete que no mês anterior.

Prestações de desemprego também sobem face a abril

Já o número de beneficiários de prestações de desemprego caiu 28% em maio, face mesmo mês de 2021, mas aumentou 7,3% comparando com abril, para 199.242.

“Em maio de 2022, foram processadas 199.242 prestações de desemprego, revelando um acréscimo de 7,3% face ao mês anterior”, lê-se na referida síntese estatística.

As prestações de desemprego estavam a cair desde janeiro, quando foi registado um total de 225.410 prestações.

Já em relação ao período homólogo, os dados de maio indicam uma redução de 77.423 beneficiários (menos 28%). O sexo feminino representava 57,8% do total de beneficiários das prestações de desemprego e o sexo masculino 42,2%, indica a síntese do GEP.

O número de beneficiários do subsídio de desemprego foi de 130.473 em maio, “o que representa o número mais baixo desde o início da série”, que começa em janeiro de 2006, pode ler-se no documento.

Em relação ao mês anterior, o número de subsídios de desemprego processados diminuiu em 2.324 (menos 1,8%) e, relativamente ao período homólogo, a redução foi de 65.270 (menos 33,3%).

Quanto ao subsídio social de desemprego inicial, os dados indicam que abrangeu 5.863 pessoas em maio, uma diminuição de 9% face a abril e de 38,1% comparando com o período homólogo.

Por outro lado, o subsídio social de desemprego subsequente foi atribuído a 26.617 beneficiários, um acréscimo de 9,5% (mais 2.304) e, em termos homólogos, o acréscimo foi de 10.026 (mais 60,4%).

Os dados revelam ainda que a prorrogação da concessão do subsídio de desemprego foi concedida a 10.804 pessoas, uma queda de 29,7% em relação a abril e de 69,8% face ao período homólogo.

Em maio, o valor médio das prestações de desemprego situou-se nos 540,50 euros, face aos 548,63 euros registados em abril.

Baixas por doença aumentam 86% em maio

Por fim, o número de baixas por doença aumentou 86% em maio face ao mesmo período do ano passado e subiu 28,4% comparando com abril, para 333.037.

“No mês de maio, as prestações de doença foram atribuídas a 333.037 pessoas”, lê-se na síntese elaborada pelo GEP do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O número de beneficiários aumentou em 28,4% face ao mês anterior, verificando-se assim mais 73.720 pessoas a receber prestações por doença face a abril. Em relação ao período homólogo, o aumento foi de 153.996 beneficiários (mais 86%).

As prestações abrangem o subsídio de doença, o subsídio de doença profissional, o subsídio de tuberculose, a concessão provisória de subsídio de doença, as baixas por contágio e o subsídio por isolamento profilático (próprio) pelo coronavírus.

O número de subsídios de doença atingiu em maio o valor mais elevado desde janeiro, tendo sido abrangidas por esta prestação 170.316 pessoas, das quais 59,1% do sexo feminino.

O grupo etário dos 50 aos 59 anos é o mais representado (28,9%), seguido pelo grupo com idades entre os 40 e os 49 anos, com 26%.

Os dados relativos a maio indicam ainda que, no âmbito dos vários regimes de Segurança Social, foram processadas 2.068.949 pensões de velhice, um aumento de 1.372 pensões face a abril e mais 14.250 relativamente ao período homólogo.

A pensão de sobrevivência abrangeu 734.981 pessoas, mais 1.161 face a abril e um aumento de 13.468 em termos homólogos, enquanto a de invalidez manteve a tendência de redução do último ano, tendo sido processadas 174.392.

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