Caixa: contributo dos privados também baixou
Não foi só o valor da injeção de dinheiro fresco do Estado para recapitalizar o banco público que encolheu. O recurso a privados também será mais baixo.
Não foi só o valor da injeção de dinheiro fresco do Estado na Caixa Geral de Depósitos (CGD) que encolheu. Também o recurso aos privados deverá ser mais curto. O Ministério das Finanças nota que a emissão de instrumentos híbridos no mercado já não vai apontar para mil milhões de euros, mas antes para 930 milhões.
“A CGD irá realizar uma emissão de instrumentos de dívida com elevado grau de subordinação, num total de 930 milhões de euros”, lê-se num comunicado enviado às redações, em reação aos resultados da CGD e à apresentação do plano de negócio do banco público. O ministério liderado por Mário Centeno recorda que a emissão dos primeiros 500 milhões de euros destes instrumentos será realizada “a breve trecho” e que o restante será realizado “até 18 meses após a primeira emissão.”
"A CGD irá realizar uma emissão de instrumentos de dívida com elevado grau de subordinação, num total de 930 milhões de euros, elegível para efeitos de cumprimento dos rácios de capital regulatório, dos quais 500 milhões a breve trecho e o restante até 18 meses após a primeira emissão.”
O valor inicialmente apontado para o recurso a investidores privados era de mil milhões de euros. Contudo, os prejuízos verificados pelo banco em 2016 ficaram abaixo do inicialmente estimado: em vez dos dois a três mil milhões de euros que estavam previstos no plano de recapitalização, concretizaram-se 1.859,5 milhões de euros.
Também o valor da injeção do Estado acabou por ficar ligeiramente abaixo do limite de 2,7 mil milhões de euros definido pela Comissão Europeia. Agora está prevista uma injeção de 2,5 mil milhões de euros.
O Governo lembra que “a primeira parte do aumento de capital foi concretizada em janeiro”: os CoCo’s foram transformados em capital, no valor de 945 milhões de euros, e a ParCaixa passou na sua totalidade para a CGD, representando um aumento de 500 milhões de euros no capital.
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