Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro do Japão, morto a tiro enquanto discursava num comício
Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão em 2006 e entre 2012 e 2020, foi alvejado pelas costas durante um comício do Partido Liberal Democrático. Televisão pública japonesa diz que Abe perdeu a vida.
O antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu esta sexta-feira, depois de ser baleado pelas costas enquanto discursava num comício na cidade de Nara, avança a televisão pública japonesa NHK, citando fonte do Partido Liberal Democrático (PLD).
Shinzo Abe participava num comício eleitoral do PLD para as eleições parlamentares de 10 de julho, quando foram ouvidos tiros, disse a emissora estatal NHK e a agência noticiosa Kyodo.
Abe foi alvejado pelas costas com uma arma de fogo quando discursava. Segundo as forças de emergência, o ex-governante, de 67 anos, estava em paragem cardiorrespiratória quando foi transportado para um hospital perto da estação Kintetsu Yamato-Saidaiji — um termo utilizado no Japão para indicar a ausência de sinais de vida, notou a agência AFP.
O suspeito do ataque ao ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe é um ex-membro da força naval do Japão, de 41 anos, desempregado, anunciou a polícia japonesa. Yamagami Tetsuya, originário de Nara, foi detido no local do atentado, e encontrava-se na posse da arma que terá utilizado para disparar dois tiros contra o antigo líder japonês.
Segundo fontes do Ministério da Defesa japonês, o alegado agressor trabalhou no ramo naval das Forças de Auto-defesa durante três anos, até 2005.
Fonte do PLD realçou à agência de notícias japonesa Jiji que o político japonês encontrava-se a sangrar do pescoço após o ataque. Nem o PLD nem a polícia local confirmaram a informação quando contactados pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Shinzo Abe esteve em funções como primeiro-ministro do Japão em 2006 durante um ano e novamente de 2012 a 2020.
França, Alemanha, Espanha e NATO condenam atentando contra Shinzo Abe
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse estar profundamente chocado com o “ataque odioso” contra o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, uma reação idêntica à de Espanha, Alemanha e da NATO.
“A França está com o povo japonês”, acrescentou Macron num texto divulgado na rede social Twitter e endereçando apoio aos familiares e amigos do ex-primeiro-ministro conservador japonês.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, expressou “choque” pelo atentado a tiro contra o antigo primeiro-ministro japonês.
“Estou chocada com a notícia do ataque contra Shinzo Abe. Os nossos pensamentos estão com ele (Shinzo Abe) e com a família”, disse a chefe da diplomacia de Berlim numa mensagem difundida pela rede social Twitter. Baerbock participa na reunião do G20 que decorre em Bali, Indonésia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, numa mensagem transmitida pelas redes sociais, expressou “comoção” em relação ao atentado que considerou “cobarde”.
Da mesma forma, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Nato, diz-se “profundamente” chocado com o “odioso” atentado contra Abe.
G20 condenam atentado contra Abe
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 reunidos hoje em Bali, na Indonésia, expressaram “condenação” face ao ataque, com arma de fogo, contra o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, que se encontra “em estado grave”.
Os chefes das diplomacias dos países que integram o G20 transmitiram a posição de “condenação” ao homólogo japonês, Yoshimasa Hayashi, que participa no encontro que decorre no sul da Indonésia.
“Rezamos por uma rápida recuperação do político japonês”, refere, por outro lado, a presidência indonésia do encontro que decorre no arquipélago de Bali.
(Notícia atualizada às 10h02 com informação de que Abe perdeu a vida)
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