EDP diz que teto ibérico no gás deve ser “contido no tempo”

O presidente executivo (CEO) da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, entende que, apesar de Portugal ter vindo a fazer “um bom trabalho” relativamente à estratégia de renováveis, existem algumas melhorias a fazer. O gestor apela a “regras estáveis”, previsibilidade nos concursos e a uma aceleração na implementação de projetos, afirmando ainda que o limite ibérico ao preço do gás deve ser “contido no tempo”.

Miguel Stilwell d’Andrade falou na inauguração da central solar fotovoltaica flutuante de Alqueva, na qual estiveram também presentes o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

Para o CEO da EDP, são necessárias “regras estáveis” para o processo de transição energética, dado que é um processo de longo prazo. Neste âmbito, afirma que apesar de reconhecer que “o modelo marginalista não é perfeito” – aquele em que assenta o mercado grossista ibérico da eletricidade, onde produtores vendem eletricidade aos comercializadores – acredita que intervenções neste, como é o caso do limite ibérico que foi decretado por Portugal e Espanha nos preços do gás natural que é usado para gerar eletricidade, “pode ter intervenções mas devem ser contidas no tempo”.

Além disto, indica que “se pudéssemos prever nos próximos anos quando vão haver leiloes, as empresas podiam melhor alocar recursos”. Por fim, considera que os cinco anos “ou mais” que os projetos têm demorado até à implementação “é muito tempo” e “não são assim tão complicados”.