Portugueses gastam em média 360 euros em produtos em segunda mão, acima da média europeia

A prática abrange quase 80% dos consumidores portugueses que também gastam, em média, 322 euros em produtos recondicionados. Oney Bank antecipa que tendência aumente no próximo ano.

Os portugueses estão entre os europeus que mais produtos em segunda mão e recondicionados compra, gastando, em média 360 euros e 322 euros, respetivamente – valores acima da média europeia. Os dados, divulgados esta terça-feira pelo Oney Bank, revelam que esta prática abrange a maioria dos consumidores a nível nacional, 78%. Os portugueses surgem assim atrás dos franceses (85%) e à frente dos espanhóis (73%) no barómetro.

Segundo a entidade, o consumo em segunda mão e a venda de produtos recondicionados “cresceu significativamente no último ano”, traduzindo-se num aumento de 50%. Enquanto os europeus gastam em média 301 euros por ano em produtos em segunda mão, os portugueses investem 360 euros. Já nos produtos recondicionados, os consumidores europeus gastam em média 297 euros em produtos recondicionados, e em Portugal são gastos 322 euros, em média. “Estas compras são principalmente para produtos de lazer, cultura, mobiliário e decoração”, informa a nota.

No próximo ano, estima o Oney Bank, esta tendência deverá continuar a crescer: mais de metade dos europeus quer comprar mais produtos em segunda mão (57% no caso dos portugueses), especialmente nos setores doméstico e de lazer.

Portugueses mais atentos ao consumo sustentável

Além do consumo em segunda mão, o barómetro do Oney Bank, realizado em parceria com a Harris Interactive, adianta ainda que, em 2022, 96% dos consumidores portugueses estão particularmente atentos à sustentabilidade do produto (90% no caso dos consumidores europeus) e mais especificamente quando se trata de eletrodomésticos e tecnologia (telefones, computadores, etc).

O barómetro revela também que quase a totalidade dos consumidores portugueses (94%) está preparada “para alterar o seu consumo diário”, um valor que volta a ficar à frente da média europeia (86%). Esta predisposição “notória” refere-se ao cuidado em não comprar produtos e serviços de que não necessitam (90%); em comprar produtos sustentáveis (96%) ou em reduzir o seu consumo diário (96%).

O Oney Bank informa que nos últimos 12 meses, dois critérios de compra estão a tornar-se cada vez mais considerados pelos europeus como fatores determinantes no seu consumo: em primeiro lugar o combate ao desperdício (56% a nível europeu e 57% em Portugal) e a sustentabilidade do produto (47% dos europeus e 45% dos portugueses). Entre os critérios de responsabilidade, a redução da pegada de carbono dos produtos comprados é assinalada como o menos importante para os consumidores europeus.

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