Wall Street em baixa penalizada pelas ações de redes sociais

  • Joana Abrantes Gomes
  • 22 Julho 2022

As bolsas dos EUA fecharam em terreno negativo mas, ainda assim, os três principais índices registaram ganhos semanais. As ações do Snapchat caíram quase 40%.

Os principais índices de Wall Street acabaram por encerrar a semana em baixa, com os títulos do setor das redes sociais a perderem terreno após a gigante queda do Snapchat. Os investidores aguardam agora pela reunião da Reserva Federal dos EUA, agendada para a próxima semana, da qual deverá resultar uma nova subida das taxas de juro.

O índice de referência S&P 500 perdeu 0,97%, para 3.959,99 pontos, e o industrial Dow Jones caiu 0,46%, para 31.890,55 pontos. O tecnológico Nasdaq registou o pior desempenho da sessão, recuando 1,96%, para 11.823,33 pontos.

No entanto, olhando para os números da semana, os resultados foram positivos: o S&P 500 subiu 2,56%, o Dow Jones ganhou 1,96% e o Nasdaq avançou 3,33%.

As ações do Snapchat derraparam 39,13%, para 9,96 dólares, depois de, na quinta-feira, a rede social ter reportado um crescimento dos lucros de 13% no segundo trimestre, para 1,11 mil milhões de dólares, números que ficaram abaixo das expectativas dos analistas.

A penalizar o setor tecnológico estiveram ainda as ações da Meta, ‘dona’ do Facebook, e da Alphabet, empresa-mãe do Google, com ambas a deslizarem 7,59% e 5,63%, respetivamente.

Já o Twitter, que anunciou na manhã desta sexta-feira um prejuízo de 270 milhões de dólares entre abril e junho, mas lucros de 243,3 milhões de dólares no primeiro semestre de 2022, inverteu as perdas do início da sessão e ganhou 0,81%, para 39,84 dólares por título.

Os resultados trimestrais das empresas cotadas em bolsa estão a ser um mal menor face ao que se temia, “mas estão a deteriorar-se a partir daquilo a que nos habituámos nos últimos trimestres”, disse Bob Doll, CIO da Crossmark Global Investments, citado pela Reuters.

Esta sexta-feira, foram divulgados os dados sobre a atividade empresarial nos EUA, que dão conta de uma contração em julho, a primeira em quase dois anos, o que agrava as preocupações sobre a possibilidade de uma recessão económica face à inflação elevada, taxas de juro crescentes e a diminuição da confiança dos consumidores.

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