Wall Street em baixa penalizada pelas ações de redes sociais
As bolsas dos EUA fecharam em terreno negativo mas, ainda assim, os três principais índices registaram ganhos semanais. As ações do Snapchat caíram quase 40%.
Os principais índices de Wall Street acabaram por encerrar a semana em baixa, com os títulos do setor das redes sociais a perderem terreno após a gigante queda do Snapchat. Os investidores aguardam agora pela reunião da Reserva Federal dos EUA, agendada para a próxima semana, da qual deverá resultar uma nova subida das taxas de juro.
O índice de referência S&P 500 perdeu 0,97%, para 3.959,99 pontos, e o industrial Dow Jones caiu 0,46%, para 31.890,55 pontos. O tecnológico Nasdaq registou o pior desempenho da sessão, recuando 1,96%, para 11.823,33 pontos.
No entanto, olhando para os números da semana, os resultados foram positivos: o S&P 500 subiu 2,56%, o Dow Jones ganhou 1,96% e o Nasdaq avançou 3,33%.
As ações do Snapchat derraparam 39,13%, para 9,96 dólares, depois de, na quinta-feira, a rede social ter reportado um crescimento dos lucros de 13% no segundo trimestre, para 1,11 mil milhões de dólares, números que ficaram abaixo das expectativas dos analistas.
A penalizar o setor tecnológico estiveram ainda as ações da Meta, ‘dona’ do Facebook, e da Alphabet, empresa-mãe do Google, com ambas a deslizarem 7,59% e 5,63%, respetivamente.
Já o Twitter, que anunciou na manhã desta sexta-feira um prejuízo de 270 milhões de dólares entre abril e junho, mas lucros de 243,3 milhões de dólares no primeiro semestre de 2022, inverteu as perdas do início da sessão e ganhou 0,81%, para 39,84 dólares por título.
Os resultados trimestrais das empresas cotadas em bolsa estão a ser um mal menor face ao que se temia, “mas estão a deteriorar-se a partir daquilo a que nos habituámos nos últimos trimestres”, disse Bob Doll, CIO da Crossmark Global Investments, citado pela Reuters.
Esta sexta-feira, foram divulgados os dados sobre a atividade empresarial nos EUA, que dão conta de uma contração em julho, a primeira em quase dois anos, o que agrava as preocupações sobre a possibilidade de uma recessão económica face à inflação elevada, taxas de juro crescentes e a diminuição da confiança dos consumidores.
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